segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Portas, avencas e demasiada informação.




- Pensando nisso... há qualquer coisa que me dá conforto, abrir a janela do lado da parede, desviar o cortinado um pouco, abrir ligeiramente o vidro e enfiar o nariz a ver se está fresco e visto aquele meu casaco que ela gosta e odeia que as outras se tentem quando passeio o sharpei ao fim da noite.

Depois coloca-se uns vasos assim ao canto, com o estore meio aberto e deitados na cama... parece que temos um terraço do caraças...

E ai lembramos-nos que ela gosta de Gerberas cor de laranja...

E ai lembramos-nos que temos que regar as avencas...

Podemos já que o estore está a meio e tivemos preguiça de o baixar, abrir o vidro e deixar a cadela sentar-se à beira por um bocado, sentarmos-nos ali ao seu lado também até a miss nos trazer aquele cupccino no ponto e olha... ficar ali connosco a fazer nestum em silêncio.

Também dá mais jeito, quando é preciso arejar as sapatilh... os ténis depois de ir correr, é só puxar a fita do estore - que se não for de fita eu dou cabo daquilo a brincar com o botão no sobe e desce - e atirar os Ténis para fazerem o arejamento externo...

- Eu só te perguntei de que lado querias desenhar a porta para a varanda... e o critério costuma ser pelo mobiliário...


True Story #3

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Que se lixe.

Não agora, talvez depois.

Não é tempo de palavras vazias mas também não é o momento para as encher numa torrente de momentos, de sentimentos com ou sem tormentos, palavras em "entos" que se encaixam tão bem...

Era pior estar mais preso numa imagem tão covarde do passado, daquelas que puxamos para a frente e sentimos o quanto somos pequenos.

É Imutável.

É algo que apenas nós sabemos e não há ninguém a quem dizer.

Nem palavras que o definam.

É impossível de alcançar, nunca depende de mim.

Não há um respirar cansado, um descansar resignado, derrotado.

Há que ter aceitação.

Pior esse sentimento quando até então nada houve, nada surgiu suficientemente forte para suster a vontade, o engenho ou a sorte do acaso que conquistou, ajudou a transpor aqueles dias tão solarengos por fora e carregados a cinza - com pinceladas de preto - por dentro.


Talvez agora, que se lixe...

Um passo rápido mas seguro, um sorriso tranquilo, boa camuflagem e um extraordinário sentido de orientação.

Saber sempre para que lado se vai, sem um endereço ou confirmação de chegada.

Ir indo por ai, intenso... feroz e intenso...


E saborear(te?) bem...

Com ganas.





"When you ain’t got nothing, you’ve got nothing to lose
You're invisible now, you’ve got no secrets to conceal."

- Bob Dylan -

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Informação a mais e Hífens a menos



Travo o carro e preparo-me para tirar a chave, desligar o rádio e abotoar o casaco.

Arranca o Let's get it on do Marvin Gaye e obviamente, deixo-me ficar sentado por respeito ao que começou a tocar.

É momento e oportunidade de às 12 mensagens que a minha antipatia natural deixou em falta dar a resposta há muito ansiada, uns presumem falta de tempo, outras presumem que as deixo a marinar não porque me esqueci delas, mas porque tenho dificildades em mostrar o que sinto... afinal, "somos todos pessoas sensíveis com muito a dar"...

Dou por mim a sorrir quando me apercebo que se mudar o nome... reciclo a mesma mensagem três vezes...

Tudo por um mundo melhor.

Tenho o cuidado de me certificar que escrevo o nome certo no idioma correcto.

Nunca confundir Villas-Boas com Hífen e o grande timoneiro do Porto com vilas boas sem o mesmo que joga no Maritimo.

Importante o Hífen, mesmo depois das 02h sobre efeito de um decote.

(sim pá, coisa que uma mulher se chateia é com o Hífen, chama Natacha à Mariana a meio do funkytime e... adeus funky)

Há uma curva estranha a acontecer ao meu redor, uma manobra de estacionamento desconcertante que... tinha que ser uma gaja.

Ela pára o carro dois lugares à minha direita.

Dou-lhe o desconto do género e dos Óculos mosca a caírem periclitantes na ponta do nariz, o tamanho da viatura mas... ela tinha 4 lugares livres e estacionou mal em dois.

Abre a porta e vejo-lhe uma bota à robin hood com uns bonitos 8cm de salto - seria uma atenuante para a condução, vejo-lhe a outra bota e ... porra, mas a gaja não tem frio??? de collans e mini vestido com um grizo dest...

E a zona onde estou é ventosa.

E vejo a mais quando se lhe levanta o vestido a lingerie que ela tem vestida a menos.



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Legendary #14




Quando parei de rir senti-me porco, senti-me a precisar de um banho para lavar de mim o nojo de ter sido cúmplice de algo muuuuito errado

sábado, 22 de janeiro de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Timing




Estava há coisa de uma hora a desesperar por dar uma mija, finalmente consigo o tempo e o espaço, o momento de prazer no alivio quando 1 segundo depois de começar a operação...

Tenho um ataque de espirros.


Nota - era muito mau ter posto esta foto insinuando que ...

sábado, 15 de janeiro de 2011

True Story #2



Era o Dexter ou Mark Twain - "...Vivamos a nossa vida de tal forma que, quando morrermos, até o cangalheiro tenha pena..."

I go with Dexter.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Fingir de Morto

Hoje à saida de um Starbucks com um trapaccino ou um mokagnoff na mão.

Avanço gingão e galante, acerto o passo com a moça que me acompanha, espero que se aproxegue e giro 180 graus mantendo o passo ao seu lado.

- O que estás a fazer? - pergunta-me de braços aberto

- Olha para a montra... moonwalk baby!! uma vez cometi a proeza de entrar assim num café apinhado esquecendo-me que havia mais gente para além dos sentados na mesa para qual me dirigia...

...ovação de pé... fuck yeah!

- Sinceramente... não sei se te pergunte como é que fizeste isso ou te bata... tou farta de fazer figuras contigo...

- Então porquê que me havias de bater? se tu é que fazes as figuras eu é que apanho... foda-se... merda, não olhes...

- Aquela não é a tua ex????

- Não te mexas!!! se não te mexeres ela não te vê...

- Ela está a vir para aqui...

- Achas que se me fingir de morto ela não me ataca??

- Porquê que namoraste com ela?

- Ela tinha uma panca por arrumação, pensei que se a trancasse no quarto.. heeey! olá!

- Olá... - abanou a cabeça e cruzou os braços - quem é a tua amiga?

- O meu Gps...

- Ele não sabia onde era a Toshiba.. eu moro aqui perto.. olá

- Ah... - deixou cair o maxilar para o lado - neste momento o autor do blog pergunta: mas porquê que as gajas cruzam os braços, deixam cair o maxilar e abanam a perna quando tão ca neura? - pensei que não me ias falar... não me aceitaste no facebook...

- O meu antivirus bloqueia o teu...

- Ele tá com o portátil avariado dai precisar de mim para ir à toshiba...

- Olha, eu já o conheço, não preciso que o defendas... bem, só vim para ser educada, ficas ai com a tua amiguinha... e depois diz-me qualquer coisa pelo facebook se quiseres, se não quiseres não digas... tens mais alguma coisa para me dizer?

- Tirando que ainda não descobri a resposta para - are we human... or are we dancer... nope. espero que esteja tudo bem com a tua cadela, a que eu gosto que tu sabes qual é... a outra que se foda!

- aah, és tão mau! - a amiga, não a ex - tu gostas de todos os cães...

- Nah.. esta cadela era tipo a dona...

- Olha, eu não vim aqui... - agora era a ex - bem, tenho que ir.. - aproximou-se e deslizou a mão pelo meu braço esquerdo...

( senti medo, pánico e vontade fugir... mulheres e criança que se fodam, é cada um por si! )

... mas vê se dizes alguma coisa... tenho saudades das nossas conversas...

Virou-se e partiu.

- Hey! não foi assim tão mau... mas confesso que continuo sem perceber o que vias naquela miuda...

- Exactamente o que estás a ver quando ela se vai embora... ela bamboleia as ancas quando anda e... ela está a parar... foge!

Agarrei-a pela mão e não parei até estacionar o carro à porta de minha casa.

- Boa André, agora tens que voltar para trás e deixar-me em casa...



Nota - era suposto quando comecei a escrever acabar o texto na punchline- se fingir de morto ela não me ataca - mas como em muitas outras vezes, isto descontrolou-se e contei a história toda.