Empatia.
Não se foi, não se perdeu, simplesmente não havia.
Fez um esforço danado e o melhor que conseguiu foi uma dor de cabeça, isso e o desconforto de que podia estar a fazer qualquer coisa melhor, como passear o cão à chuva.
Mentiu(-se), repetiu para si mesmo que tudo estava bem. Passear o Cão à chuva não lhe parecia assim tão mau, mesmo quando era demorado e ficava ali parado a ensopar.
Até o cheiro a cão molhado lhe parecia cativante.
Empatia, não havia.
Não estava a fazer sentido nenhum, mas era teimoso.
Suspirou a situação sem dar muito nas vistas, concentrado na ideia de não desviar do outro lado da mesa a atenção, por mais e melhor que a envolvente pudesse ser.
Oh... e como era melhor a envolvente...
Mas já não interessava, já tinha deixado de ser importante.
Tinha a determinação de ficar ali até ao fim, Mentiu(-se) e disse a si mesmo que era importante.
Mas não tinha nada onde se agarrar, Ela não lhe dava nada onde se segurar.
Empatia, não havia.
5 comentários:
e nunca houve? ou foi-se perdendo?
Temos poeta :)
Never Told Words - Nunca houve, por mais que tivesse predisposto e de mente aberta, empatia nunca se encontrou.
Escreveste mal vontade. Ou paciência. Ou vontade, mesmo. A empatia não é para aqui chamada.
C. - Era Empatia, eu sou uma mulher financeiramente independente e tu não mandas em mim.
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