Tentou reconfortar o amigo de rosto enterrado nas mãos sentado na
mesa da esplanada à sua direita.Colocou a mão sobre os ombros deste e
disse-lhe que pedia outra cerveja se quisesse.
Um sim baixinho deu assentimento à sugestão.
- Show me that river... and take me across... and watch aaaaaall my troubles aaaawwway...
Levantou o rosto das mãos olhou para o amigo.
- Estás a fazer?
- Achei pertinente... é do Louis Armstrong - That Lucky Old Sun... olha, aquela... não é a...
Poucos metros da esplanada onde estavam, vestido de primavera e fedora de palha da qual escorria um ondulado e inconfundível cabelo castanho claro, enquadrando-lhe o rosto onde óculos deslizaram para a ponta do nariz para os fitar quando os reconheceu sentados.
- Saudações! - levantou a mão, acenando.
- Estás uma visão... juro que se não tivesse um jantar cinema café contigo para sexta...
- Assediavas-me ate te dizer que sim por cansaço
- Amo-te...
- ahahaha primeiro o Jantar, depois vemos isso - deu-lhe um beijo demorado no rosto que arrastou saltitando com os lábios pela cara até à boca.
- Sabes bem... posso-me sentar? estou cheia de sede...
- Por mim - olhou para o combalido amigo que como se acordasse acenou efusivamente que sim ao aumento de membros na mesa.
Ela sentou-se, ajeitou a mala e o chapéu na cadeira vaga, tirou os óculos escuros e com as mãos soltou o cabelo, refrescando os ombros.
- Eu trouxe-os aos dois aqui hoje... - disse - ahahaha sempre quis fazer isso, tenho que experimentar esta num elevador com pessoal que não conheça.
- Eu vou-me casar contigo com tanta força...
- Hey! Hey! Hey! calma, primeiro quero sexo, que ninguém compra um carro sem ver se... o que se passa homem? tás com cara de...
- Enterro?
- Não...
- Batizado?
- Não! está com cara de... de... Pargo!
- Pargo?????
- Sim, ontem no marcado tava lá um pargo com uma cara tão infeliz... mas um infeliz tipo ausente, de quem está meio anestesiado... o que se passa?
Fitou o amigo, este anuiu positivamente.
- Espera, já contas... acenou ao empregado apontando para uma das cervejas sobre a mesa. - já podes, mas esmera-te! quero isso bem contado!
- Em que sentido? detalhes ou líricos?
- Ambos! quero que me contes como se eu usar o vestido vermelho que tu gostas fosse dependente disso...
- Eu não estou bem... vocês os dois... não estão a ajudar...
- Ok ok... vamos lá.. .deixa-me ver...
Olhou para o amigo, fitou-a, olhou para o amigo, fitou-a e sorriu.
- Como se tivesse renascido outra vez. Viu-a sentada na mesa do café e esse momento quase que o viu em câmara lenta, pelo menos depois, tentou recorda-lo assim muitas vezes.
Voltou a esse mesmo café vários dias, umas vezes encontrava-a lá, outras não. Umas vezes ela sorria-lhe de volta e outras... era como se não tivesse sequer reparado que estava ali... mas quando o fazia, quando o rosto dela se abria, iluminava quando chegava... tudo estava bem, tudo era bom bonito e belo...
- Aaawww
- Os meses passaram, não a tinha voltado a ver, demasiado tempo sem a ver. Os meses tornaram-se anos e um dia, sem que a tivesse no pensamento, diria até que estava distraído... Sentou-se na mesa de sempre, no sitio do costume e uma mala caiu-lhe da cadeira da mesa ao lado aos seus pés. Como num filme, ao apanhar a mala ficou preso no pé, subiu-lhe pela perna, pelo vestido, o corpo, o decote voluptuoso-so e...
- Ca exagero...
- EU É QUE TOU A CONTAR A HISTÓRIA!! ... dizia, subiu-lhe pelo decote para o pescoço e para sua surpresa, o rosto que encontrou foi o dela...
- Ok... boa introdução... continua...
- De um agradecimento por lhe apanhar a mala a conversa tornou-se fácil, veloz. No dia seguinte trocaram sorrisos e cumprimentos, uns dias depois ela convidou-o para a sua mesa e...
- Chupou-o logo ali...
- Também tu? não me basta este gajo a gozar comigo, também tu? a sério? eh pá, casa-te com ele foram feitos um para o outro!
- Posso continuar?- disse fechando o punho na direcção dela, ao qual ela de punho fechado respondeu. - dizia...
- Ela chup...
- Ela convidou-o para a mesa dela e para o seu mundo... e isto está a demorar imenso tempo...
- Não! estou a gostar! estás a marcar pontos comigo... gosto quando te desfazes assim em palavras...
- Ele está no gozo... e está-me a doer mais...
- Eu vou-me despachar! prometo!... Ele mais tarde beijou-a sem aviso, ela gostou e pediu encore, ele...
- Encorou-a toda...
- Foda-se tu és uma gaja terrivel!
- Eu sei...continua.
- Ele foi-se perdendo, enamorando, foi ficando pelos lados dela, apaixonando-se.
- Aaawww, uma cena platónica que se tornou real... giro...
- E ela...
- ELA NÃO SE CALA FODA-SE! EU NÃO AGUENTO MAIS!!! ela tá sempre sempre sempre sempre seeeempre a falar, ela fala de manhã quando acorda, fala quando se deita, quer adormecer a falar, ela fala-me antes do sexo, FALA-ME DURANTE O SEXO! liga-me depois de estar comigo, ela liga-me antes de estar comigo... ela envia-me mensagens.. ela pergunta-me o quê que eu tenho e não aceita um nada... ela fala e fala e... - levou o rosto ás mãos novamente...
- Conto eu ou contas tu?
- Foda-se...
- Ok, conto eu... ela... ele estava já saturado e...
- Porquê que não acabou com ela? sei que é triste quando um sonho morre... mas caramba...
- Ela está com o período atrasado.
...
Fitaram-se em silêncio. Semblantes sérios e carregados.
Ela mordeu o lábio, afagou o cabelo do amigo destroçado de mãos na cabeça. Fitou o seu cúmplice e desviou os olhos, ia-se rir.
Ele tentou não se rir, não olhar para ela por respeito ao drama do amigo mas estava a ficar complicado suster.
Subitamente o infeliz, o pobre coitado... o pai da criança levantou-se das mãos, de olhos bem esbugalhados.
- O que foi?
- Estás bem?
- Eh pá... e se o puto sai à Mãe... se o puto sai à Mãe e não se cala?
Levantaram-se os dois, ela deu-lhe um beijo no rosto, ele bateu-lhe com a mão no ombro, disseram-lhe que voltavam em 5 minutos, era uma questão de respeito.
Saíram da esplanada, contornaram o prédio do café, olharam um para o outro e juntos choraram a rir.
Um sim baixinho deu assentimento à sugestão.
- Show me that river... and take me across... and watch aaaaaall my troubles aaaawwway...
Levantou o rosto das mãos olhou para o amigo.
- Estás a fazer?
- Achei pertinente... é do Louis Armstrong - That Lucky Old Sun... olha, aquela... não é a...
Poucos metros da esplanada onde estavam, vestido de primavera e fedora de palha da qual escorria um ondulado e inconfundível cabelo castanho claro, enquadrando-lhe o rosto onde óculos deslizaram para a ponta do nariz para os fitar quando os reconheceu sentados.
- Saudações! - levantou a mão, acenando.
- Estás uma visão... juro que se não tivesse um jantar cinema café contigo para sexta...
- Assediavas-me ate te dizer que sim por cansaço
- Amo-te...
- ahahaha primeiro o Jantar, depois vemos isso - deu-lhe um beijo demorado no rosto que arrastou saltitando com os lábios pela cara até à boca.
- Sabes bem... posso-me sentar? estou cheia de sede...
- Por mim - olhou para o combalido amigo que como se acordasse acenou efusivamente que sim ao aumento de membros na mesa.
Ela sentou-se, ajeitou a mala e o chapéu na cadeira vaga, tirou os óculos escuros e com as mãos soltou o cabelo, refrescando os ombros.
- Eu trouxe-os aos dois aqui hoje... - disse - ahahaha sempre quis fazer isso, tenho que experimentar esta num elevador com pessoal que não conheça.
- Eu vou-me casar contigo com tanta força...
- Hey! Hey! Hey! calma, primeiro quero sexo, que ninguém compra um carro sem ver se... o que se passa homem? tás com cara de...
- Enterro?
- Não...
- Batizado?
- Não! está com cara de... de... Pargo!
- Pargo?????
- Sim, ontem no marcado tava lá um pargo com uma cara tão infeliz... mas um infeliz tipo ausente, de quem está meio anestesiado... o que se passa?
Fitou o amigo, este anuiu positivamente.
- Espera, já contas... acenou ao empregado apontando para uma das cervejas sobre a mesa. - já podes, mas esmera-te! quero isso bem contado!
- Em que sentido? detalhes ou líricos?
- Ambos! quero que me contes como se eu usar o vestido vermelho que tu gostas fosse dependente disso...
- Eu não estou bem... vocês os dois... não estão a ajudar...
- Ok ok... vamos lá.. .deixa-me ver...
Olhou para o amigo, fitou-a, olhou para o amigo, fitou-a e sorriu.
- Como se tivesse renascido outra vez. Viu-a sentada na mesa do café e esse momento quase que o viu em câmara lenta, pelo menos depois, tentou recorda-lo assim muitas vezes.
Voltou a esse mesmo café vários dias, umas vezes encontrava-a lá, outras não. Umas vezes ela sorria-lhe de volta e outras... era como se não tivesse sequer reparado que estava ali... mas quando o fazia, quando o rosto dela se abria, iluminava quando chegava... tudo estava bem, tudo era bom bonito e belo...
- Aaawww
- Os meses passaram, não a tinha voltado a ver, demasiado tempo sem a ver. Os meses tornaram-se anos e um dia, sem que a tivesse no pensamento, diria até que estava distraído... Sentou-se na mesa de sempre, no sitio do costume e uma mala caiu-lhe da cadeira da mesa ao lado aos seus pés. Como num filme, ao apanhar a mala ficou preso no pé, subiu-lhe pela perna, pelo vestido, o corpo, o decote voluptuoso-so e...
- Ca exagero...
- EU É QUE TOU A CONTAR A HISTÓRIA!! ... dizia, subiu-lhe pelo decote para o pescoço e para sua surpresa, o rosto que encontrou foi o dela...
- Ok... boa introdução... continua...
- De um agradecimento por lhe apanhar a mala a conversa tornou-se fácil, veloz. No dia seguinte trocaram sorrisos e cumprimentos, uns dias depois ela convidou-o para a sua mesa e...
- Chupou-o logo ali...
- Também tu? não me basta este gajo a gozar comigo, também tu? a sério? eh pá, casa-te com ele foram feitos um para o outro!
- Posso continuar?- disse fechando o punho na direcção dela, ao qual ela de punho fechado respondeu. - dizia...
- Ela chup...
- Ela convidou-o para a mesa dela e para o seu mundo... e isto está a demorar imenso tempo...
- Não! estou a gostar! estás a marcar pontos comigo... gosto quando te desfazes assim em palavras...
- Ele está no gozo... e está-me a doer mais...
- Eu vou-me despachar! prometo!... Ele mais tarde beijou-a sem aviso, ela gostou e pediu encore, ele...
- Encorou-a toda...
- Foda-se tu és uma gaja terrivel!
- Eu sei...continua.
- Ele foi-se perdendo, enamorando, foi ficando pelos lados dela, apaixonando-se.
- Aaawww, uma cena platónica que se tornou real... giro...
- E ela...
- ELA NÃO SE CALA FODA-SE! EU NÃO AGUENTO MAIS!!! ela tá sempre sempre sempre sempre seeeempre a falar, ela fala de manhã quando acorda, fala quando se deita, quer adormecer a falar, ela fala-me antes do sexo, FALA-ME DURANTE O SEXO! liga-me depois de estar comigo, ela liga-me antes de estar comigo... ela envia-me mensagens.. ela pergunta-me o quê que eu tenho e não aceita um nada... ela fala e fala e... - levou o rosto ás mãos novamente...
- Conto eu ou contas tu?
- Foda-se...
- Ok, conto eu... ela... ele estava já saturado e...
- Porquê que não acabou com ela? sei que é triste quando um sonho morre... mas caramba...
- Ela está com o período atrasado.
...
Fitaram-se em silêncio. Semblantes sérios e carregados.
Ela mordeu o lábio, afagou o cabelo do amigo destroçado de mãos na cabeça. Fitou o seu cúmplice e desviou os olhos, ia-se rir.
Ele tentou não se rir, não olhar para ela por respeito ao drama do amigo mas estava a ficar complicado suster.
Subitamente o infeliz, o pobre coitado... o pai da criança levantou-se das mãos, de olhos bem esbugalhados.
- O que foi?
- Estás bem?
- Eh pá... e se o puto sai à Mãe... se o puto sai à Mãe e não se cala?
Levantaram-se os dois, ela deu-lhe um beijo no rosto, ele bateu-lhe com a mão no ombro, disseram-lhe que voltavam em 5 minutos, era uma questão de respeito.
Saíram da esplanada, contornaram o prédio do café, olharam um para o outro e juntos choraram a rir.
Um comentário:
hahahahahahahahaha
ai se os putos saiem as mães..... hahahahahahhahahah
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