"...porquê que demoraste tanto tempo..."
Não há chegada triunfante... entrada majestosa
ou sorrateira e silenciosa...
tipo ninja
Aquele teu toque suave no meu ombro
Ou uma placagem Chabaliana...
Marcando a tua presença, vincando-te
Sublinhando.
Travo quente que saboreio
Inspiro,
Inspiro-te... e inspiro-me.
Passo ao lado mas não distante, divago...
... naquele outro sítio que não aqui,
outro sítio sem ti.
(olha eu cheio de entusiasmo)
ah... olha-me aqui tão quieto.
Agora e em muitos outros...
outros tantos...
outros tantos e demasiados dias.
Quieto e derrotado
Vencido por gesto nenhum, pela ausência deste ou qualquer gesto
e de qualquer outra coisa...
... ou então dá-se o caso de poucas actividades com que preencher os tempos livres.
Mas é pior no movimento, quando venço a inacção
no gesto audaz
Como quem tenta ver se consegue qualquer coisa de diferente, que não isto.
que não isto assim...
Mas nada muda, nada se cria, nada se perde e nada se transforma.
Nada.
Ficando eu, somente eu
Singelo e bonitão
nem um pouco revoltado (somente um pouco magoado)
sim, magoado contigo...
até que tu finalmente, presente e desconcertante...
me enlaces no enredo dos teus braços e perguntes com toda a lata (sorridente) do mundo porquê que eu demorei tanto tempo...
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