terça-feira, 1 de julho de 2008


"...Leave me out with the waste
This is not what I do
It's the wrong kind of place
To be thinking of you
It's the wrong time
For somebody new
It's a small crime
And I've got no excuse..."


Como se sentisse a inquietação quando a fitava, como se de alguma forma ali ao longe soubesse que era para si que olhava, só para si...
Como se o rodopiar sobre o seu eixo fosse um truque de mágica, os movimentos ondulantes, o rosto sereno, fosse tudo direccionado para o seu lugar, a sua cadeira ali no meio de tanta gente...
sabia ser somente mais um vulto sem rosto, um corno de ombros e cabelo, sem olhos boca ou expressão... mas mesmo assim era para si que a imaginava dançar.
abanou a cabeça e regressou a si, ao mundo real, afinal porquê que haveria de ser ele, estranho ou mais que isso fonte da sua inspiração? como se sentado na praia as nuvens se formassem para desenhar diante de si as imagens que de alguma forma algo lhe indicassem, a si e somente a si.
os ventos e as nuvens esvoaçarem diante de si para o agradar...
olhava não egoísta, querendo dela para si a atenção, mas na ternura de quem saboreia o embalo de uma música prestes a chegar ao seu fim, o corpo que se move lento e vagaroso, terminando o gesto com o chegar da luz, fim de actuação.


Um comentário:

Ana das Pontas disse...

É verdade! Estão mesmo parecidas com a minha, ainda que não haja 2 nuvens iguais! =P

Gostei do blog. Vou adicionar aos favoritos e quando tiver tempo vou ler com atenção, porque dei uma vista de olhos e tens uma escrita interessante! =)

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