domingo, 29 de maio de 2011

Robalo

Tive períodos em que surfava todos os dias mais do que uma vez por dia.

Noutras fases, duas vezes por semana.

No último ano foram poucas as vezes. (coisa de sete vezes no período de Maio do ano passado a maio deste ano)

Acontece que... no mesmo dia, na ultima vez que surfei, fui prendado com dois eventos que para alem de me fazerem malhar e vir a rebolar vergonhosamente até à costa, elevaram as minhas histórias de Surf para o patamar- oh não, tu não tás a falar a sério...

Adiante...

O primeiro dos eventos já o escrevi por aqui, não preciso de repetir o que me saiu pelo fato no pescoço...

Vamos ao segundo evento que devido à awesomeness do primeiro me esqueci de relatar aqui.

-
O mar estava bom.
Ordenado e coisa de metro e meio, o que para um maçarico bastante enferrujado como eu parecia um cenário assustador.

Antes o kraken porra.

Estou no mar com 3 amigos, todos eles já desenvolveram o chamado "ouvido de surfista" e estou obviamente, mesmo pondo-me de pé e ensaiando um muita tosco cutback sem me espalhar... intimidado.

(Intimidado porque eu preocupo-me em sobreviver, um deles passa por mim a remar para ir sacar um tubo - tá filmado - e pergunta-me se não tou a ficar com fome ou é apenas ele)

O mar subitamente muda. Se já me estava difícil, passou a ficar fodido.

Estou cansado de remar e empurrar o bico da prancha para baixo onda após onda, estou a ficar para trás, enrascado na rebentação.

Sinto um toque áspero na perna, a água está limpa e vejo um peixe bonitão a fazer o que não consigo - sacar uma granda onda.

Olho em frente, preparo-me para inspirar o que conseguir e mergulhar à pato...

- Curte só o peixe na onda!! granda patrão!!!

Diz-me o Pedro à minha direita, olho em frente, e a onda eleva-se e a puta de um robalo vem direitinho a mim e acerta-me na testa.


Nota - Hoje, partilhavam-se histórias de surf num circulo de amigos e duas das testemunhas deste "evento" confirmaram-me que era um Robalo.

Longe de mim querer passar a vergonha de me enganar no peixe...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Diálogo

Pensou em organizar as coisas por partes, seguir o rasto dos pensamentos num vector lógico e bem organizado.
As folhas arrumadas sobre a mesa, escrever tudo bonitinho com uma letra corrida e trabalhada como quem aprendeu a escrever antes de 1950.

Olhou para os gatafunhos que já escrevera até então e suspirou.

Retomou a escrita, procurando um impulso natural e não um forçado artificial nas primeiras frases.
Felicitou-se pelo sucesso da contenda e desconcentrou-se ao sentir o telemóvel vibrar sobre a mesa.

Pensou para si- lês depois, estavas a ir bem...

Encostou a caneta sobre a folha e o telemóvel vibrou outra vez.

- Mas que porra...

Pegou no telemóvel e polegarizou irritado o mesmo até ás mensagens.

- "Foda-se!"

Esbugalhou os olhos, e avançou para a segunda mensagem:

- "Foda-se para ti porra!"

Respondeu confuso, curto mas sincero, um singelo "?" que não sabia mais o que escrever.

Poisou o telemóvel diante de si sobre a mesa. Fitou-o aguardando uma resposta que não tardou a chegar.

- "Fazes-me ser uma besta, fazes-me odiar-te profundamente."

Mas... não... mas não fazia sentido nenhum, tinh...

Vibrou-lhe o telemóvel nas mãos, recebera outra mensagem.

- " Sabes porquê? queres saber ao menos porquê? interessa-te? tem-te algum afecto?"

Bem, era simpático saber o porquê...
Escreveu em resposta - Explica-me - mas antes que tivesse tempo de enviar a mensagem... tinha outra para ler.

- " Eu não te dou o direito de me falares bem comigo, como se fosses meu amigo ou mais para além disso como já foste, me falares no teu jeito cúmplice de quem sabe como mexer comigo... e tu sabes disso!"

Mas que merda? isto não lhe fazia o menor sentido, um reencontro fortuito, uma hora ou duas separados pela mesa de um café não...

Outra mensagem...

-" É que para ti é fácil, é fácil dizeres-me que está tudo bem, que tiveste saudades de estar comigo ou daquelas merdas que me dizes como se fosses um gajo simpático sabendo tu que me fodes quando me fazes sentir que sou a tua pessoa favorita no mundo inteiro só quando me perguntas o que almocei nesse dia e ficas a ouvir o que digo e nada mais te é importante..."

E outra...

- " E depois vais-me dizer que não faz sentido após todo este tempo, e eu é que fico mal, eu é que fico destroçada"

Sentiu que tinha que lhe responder qualquer coisa, mas o quê? o que dizer perante isto? tão sem estar à espera... e... e como é que ela escrevia tanta coisa tão depressa??????
Talvez lhe fosse melhor pensar um pouco antes e dar a resposta certa... aguardar uns minutos...

Pressionou com o polegar outra vez até ás mensagens...

- " Tu sabes como é importante que me oiças e fales assim comigo, que te sou impaciente"

Realmente, impaciente era imagem de marca dela, demasiadas camisas foram sacrificadas pela sua incapacidade de aguardar que se abrissem os botões... outra mensagem...

- " Desculpa, precisava de tirar o que te disse do sistema..."

Menos mau, estava a ser terapêutico, estava a ajudar a exorcizar ... oh porra, nem quinze segundos de intervalo?

- " Desculpa."

20 segundos depois

- " Desmarcaram-me uma coisa hoje à noite, o que dizes de te cobrar o jantar que me deves desde 2007 com uma pizza em carcavelos?"

Esta tinha que responder, era loucura pensar ou colocar a hipótese de o que quer que fosse depois de...

Levou uma mão à testa quando o telemóvel lhe vibrava na outra.

- " Vou correr para a expo, não vou levar o telemóvel e fica para as 20h30 para tomar um duche, até logo!"

Bem, parece que acabar o que começara a escrever era para esquecer e tinha um jantar...

Suspirou exasperado, deixou que acabasse de vibrar e fitou a luz intermitente de aviso no telemóvel, rezou, implorou com ganas e empenho que fosse uma porcaria qualquer da operadora...

- " Porra, tu consegues-me dar a volta com uma limpeza quando conversamos... até logo! e... ainda te odeio"

Mariano






Ficava-me mal, defender o Mariano estes anos todos - desde o primeiro dia memo à gajo muita valente - e não deixar aqui uma nota sobre o seu ultimo jogo pelo Porto.

Na malfadada segunda mão - 15/04/2009 - frente ao Man Utd que assisti rodeado dos meus no Dragão, jogo que infelizmente perdemos, o Mariano jogou na segunda parte do lado direito do ataque do Porto, do lado da bancada onde me encontrava. Mais do que o golo que marcou perto do final da primeira mão dessa eliminatória, na segunda parte de desespero do Porto, o não desistir, o antes quebrar que torcer e cair de rastos no fim, mas só no fim, depois de o jogo acabar...

Foi a primeira e única vez que sai de uma derrota do Porto com um sorriso na cara e paz na alma.

Estava orgulhoso.




Agora para despedida - The White Stripes e...

Ma-ri-ano Gon-za-lez!!!!


Nota - o Panisga que um gajo fica no que toca a futebol, já não me lembro da última vez que disse alguma coisa moderadamente simpática a uma mulher sem estragar com um NO HOMO! no fim da frase.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Regra nº 17

Na aparência de, no meio de uma família de loucos, ela/e ser a excepção...

Não cair na ilusão, no engodo, pois eles partilham os mesmo genes.


(é uma espécie de bomba relógio...)

terça-feira, 10 de maio de 2011

Momento de Pausa #2

Dor na perna direita... checked.
Dor na coxa esquerda, double checked.

Manteve o ritmo, manteve-se em corrida.

Corrigiu a postura, concentrou-se em apoiar apenas a parte da frente do pé, descartando o apoio do calcanhar e projectou os pés para trás, como se puxasse o chão debaixo de si para as suas costas.

Endireitou a coluna, corrigiu a postura e tudo isto feito, concentrou-se apenas no vento fresco ao pé da água, na maresia, um dos motivos que o levavam a sair de casa tão cedo e ir correr ali, paralelo à Rua da Junqueira, do lado do Rio.

Sem surpresa, deixou de sentir dor, os pulmões renasceram e sentiu-se invencível, capaz de correr sem parar de Lisboa a Tóquio, quem sabe fazer uma loucura e ir a correr até ao Barreiro...

São horas pouco próprias para correr. São horas, momentos no tempo que estar só somente com os seus passos sobre o alcatrão, sobre a relva e um pouco de gravilha também, sozinho com o lastro que teima em não se soltar.

A correr contra si mesmo, contra os seus pensamentos.

Em esforço, tentar de algum modo aumentar a cadência, acelerar até não poder mais e o coração rebentar. Puxar de dentro da pele a carne e ser livre.

Livre, distante e correr mais depressa e...
E não conseguir mais.

Rebentou, quebrou e estoirou.

Tombou de joelho sobre a relva e apoiou o braço na outra perna.
Fora derrotado, vencido e perdedor.

Varreu da testa o cabelo suado para trás com a mão, tentou controlar a respiração.
Viu um banco e num hercúleo esforço cambaleou até ao mesmo.

Era o mesmo banco da outra vez.

Se tinha diante de si o Tejo, atrás tinha o Hospital onde nascera.
Tinha à direita todo um mundo de recordações, à esquerda todo um mundo do que podia ter sido (com ela) e nunca o fora.

Estava então ao centro do seu mundo.

Riu-se e tossiu, cansados e maltratados os pulmões.

Apeteceu-lhe levantar-se mas não conseguiu.

Estava preso no centro do cruzamento simbólico do seu ser.

"I'll chop off my hands too;/For they have fought for Rome and all in vain"

Seria então em vão como Titus? tudo o que o levara até aquele ponto, naquele instante, sentado sem forças para continuar?

Respirou fundo e não tossiu.
Era uma longa caminhada até ao carro e não se via a levantar, muito menos a andar todos os quilómetros que o separavam da viatura...
Era só levantar-se, virar para a esquerda... e sempre em frente.

Disse para si mesmo- bem, mais vale agora que nunca.

Apoiou o braço no encosto de pedra, firmou a mão e levantou-se.
Ficou por uns instantes de olhos fechados ao sabor do vento.

"fought for Rome and all in vain"...

Virou-se para a sua esquerda e avançou a perna, sentiu o pé firme no chão.
Avançou a outra perna e... era só ir devagarinho até ao carro, era aceitável não conseguir mais e admitir que não conseguia, que afinal era apenas um homem, um homem muito cansado e fora de forma e...
E era perfeitamente desculpável, não tinha por que se sentir mal ou...

- Juro que não te perdoo!!

Gemeu e inverteu a direcção.

Em crescendo acelerou os passos e recomeçou a correr.

Era tudo menos aceitável, era tudo menos o seu jeito de ser.
Haveria um dia que ia desistir de si mesmo, não hoje.

Um pé e depois o outro, era só repetir a mecânica da coisa e se possível, mais veloz.
Viu finalmente a fonte, o palácio e atravessou aproveitando o verde do sinal.
Contornou a fonte e avançou para o banco de pedra onde nasceu O Belenenses.

Sorriu. Lembrou-se da Hanane Sentada a refilar-lhe em Marroquino que lhe tava a dar cabo dos pés e lhe devia uma massagem.
Lembrou-se que o pessoal gosta de vê-lo é no Restelo, mas se for fora jogar lá estaremos com ele a vibrar...

Lembrou-se da bola de borracha da inauguração do estádio! que tinha guardada na mesa de cabeceira, bola que em tempos fora do seu tio que nunca conheceu com quem partilhava o primeiro nome...

Abrandou e deslizou a mão pelas costas do banco e acelerou outra vez.

Lembrou-se que esse tio morrera nos braços da sua Avó com 8 anos.

Lembrou-se de viver apavorado até aos 9...

Caramba, era tão novo...

Atravessou novamente e voltou para ao pé do rio, de regresso ao carro.

Voltava triunfante.
Já não imaginava um tempo em que estaria toda a poeira assente em seu redor, futuro idílico de um tempo que não vem.
E que dia após dia sublinhara a forte hipótese de nunca vir.

Esse tempo é agora.

Com jeitinho... para sempre.



Nota - Se eu fosse tão expedito a vencer a preguiça de cortar o cabelo, fazer a barba como sou a rebentar-me a correr não tinha o meu look sexy de combatente revolucionário da América Latina nos anos 60.

A citação em inglês é da peça de Shakespeare - Titus.

"onde é que gostas de vê-lo, no Restelo, mas se for fora jogar lá estaremos com ele a vibrar" é parte da letra da música Ser Belenenses

A menção ao Barreiro é para a MJ.

Quanto ao poder ser em vão: - "Por ser em Vão é que é belo" - Cyrano de Bergerac

A pedido de uma leitora com a qual estava em falta

Afogo as mágoas no café, sentado a ler o fantástico livro - Metro 2033. Penso que devia ter continuado a leitura do mesmo em casa, de noite, iluminado apenas e somente por um isqueiro...

Chamas por mim que não te tinha visto- concentrado no livro - e surpreendes-me no acaso de tanto tempo depois nos cruzarmos por capricho da fortuna no mesmo café.

Perguntas-me pelo História da Mara, pela fuga para Buenos Aires e se ainda tenho o blog.

Prometes-me o teu abraço no Festival de tango que ai vem, exiges-me que transcreva o que contigo, de memórias nossas partilhei entre um cupccino e a chegada da tua amiga que se atrasou- e por ela se ter atrasado entraste no café para lá lhe fazeres uma espera. Apontaste-me o dedo autoritária e afirmaste que só me perdoarias a minha ausência do teu mundo se escarrapachasse aqui o que te recordei.

Odeio-te J, com força.


-


"
- Tenho o teu número novo agora mas não te vou ligar, vais ser tu a ligar primeiro para mim, porquê? porque tens saudades minhas, quer da pessoa, quer do corpo... desrespeitares-me a proxêmica toda...

- oh deus! tu lembraste disso?

- Como me esquecer das nossas aulas de antropologia do espaço... era fofo sermos um pseudo-casal na faculdade, nunca namorados mas sempre inequivocamente numa relação... ah, agora lembro-me, numa das aulas, estavas obviamente sentado ao meu lado e colado ao meu ouvido quando se falava da distância intima ser entre 0-45cm disseste-me - quero-te mostrar a distância intima de 26cm negativos boneca...

- Já chega, eu já me lembro, não precisas de continuar...

- Oh meu caro, eu continuo sim, eu respondi-te - no máximo uns 14, 15cm negativos fofo... e a Filipa à nossa frente ouviu a conversa toda e começa a rir alto e descontroladamente e teve que explicar o porquê à turma toda...

- Podias ter sido mais generosa no tamanho, dizias os valores reais e eu ficava satisfeito... mas não, tinhas que.

- Exagerar para efeitos cómicos? sempre. - deixou poisar a poeira da recordação em seu redor, inclinou-se para a frente e atacou- diz-me, tens alguém?

- Estás aqui comigo há o quê? sete minutos?

- Responde-me! tu sabes que é indiferente, o resultado vai ser o mesmo, é uma questão de saber o lado oficial da coisa...

- O lado oficial da "coisa" é que estou oficialmente solteiro, mas não me queres contar de Barcelona? falar-me de ti e dos teus anseios, do que te move e angustia?

- Depende da envolvente... aqui não, no suor pós coito do meu quarto, tu ofegante e eu a brincar com a penugem do teu peito...

- Não achas que estás a ser um pouco para o...

Calou-se quando viu que atingira o efeito a que se propusera, encontrava-se diante dela em desconforto e a pensar forte e detalhadamente na cena sugestionada, ela controlava claramente a conversa, apanhado com a guarda baixa, pouco ou nada preparado para a reencontrar sem aviso e requerimento prévio.
Para a reencontrar tão igualmente intensa.

Dispersou-se desconcentrado a girar a colher na chávena

- Hey! volta para mim, o que se passa?

- Tens a pele suavemente bronzeada. Tens um travo rosado no rosto e fico a pensar se é da tua varanda nas traseiras para o jardim no teu prédio, esponjada no sofá de verga a meias com os almofadões que te dei. Gosto de imaginar que lês quando por lá te deleitas com o sol, gosto de imaginar que te espreguiças e dormes um pouco e ficas em preguiça assim muito tempo. vejo a mesa de madeira que a tua mãe te deu e imagino que caprichaste num bem calibrado jarro de Mazagran para te fazer companhia e aplacar a sede...
Mas no entanto olho para ti agora e vejo-te com o cabelo assim preso e lembro-me de março de 2008, já não me lembro se vínhamos do cinema ou apenas do café... já sei! vínhamos de casa da tua amiga, a ruiva que morava em cascais que tinha a bela da piscina... mas adiante, estávamos a descer para tua casa e choveu, lembro-me que tinhas um casaco preto comprido e estavas com o cabelo exactamente como o tens agora, aqui sentada diante de mim. Eu puxo-te para debaixo da soleira de uma porta, abraço-te e tu... tu beijaste-me o pescoço e empurraste-me para a porta e no mesmo gesto impulsionaste-te para a rua, para a chuva que caía... lembro-me de abrires o casaco e eu pasmo, em choque a ver-te a apanhar uma molha. Estavas indiferente às gotas que gradualmente te molhavam o cabelo, o rosto, a roupa. Abriste o casaco, tiras-me os óculos atenciosa e puxaste-me para ti.
Estavas de saia, tinhas umas botas de cano alto e uma camisola vermelha justa ao corpo, senti-te quente do teu calor dentro do casaco nas minhas mãos quando te invadi a proxêmica pela cintura.

Dançaste para mim à chuva, colaste o teu corpo ao meu, molhada e eu molhado.
Vejo-te assim com o cabelo preso e lembro-me de ti a dançares para mim."


-


Não me recordo de tudo.
Não me parecia bem debitar falas. Ainda pensei em desenvolver-te como uma personagem demoniaca tipo Morgana mas é tarde e estou rabugento, não te via há muitos anos e fiquei tenrinho mas não parvo.




Não parvo... lol, I wish.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Há dias.


"Que dia...

Daqueles que nos exorcizam dos demónios, nos lavam dos desgostos, está inequivocamente tudo bem.

Há outros dias em que acordamos sozinhos, há dias assim também."


Nota- Ironicamente, dei por mim quando organizava os livros que comprara na feira do livro de Lisboa por notar que entre os 8, encontrava-se um de Luis Sepúlveda (A lâmpada de Aladino) e outro de Mário Zambujal ( Primeiro as Senhoras, relato do último bom malandro).
Para quem se lembra dos gostos literários de António no Post anterior...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Cotão do Umbigo

Esponjado no sofá, Shar pei de um lado, comando do outro.
A Cadela suspira, eu tiro o cotão do umbigo.

Não esperava o que encontrei.



( António, à direita na foto, Confessa ser fã de filmes com o Jackie Chan, da literatura de Luís Sepúlveda e Mario Zambujal, louco pela música de Diana Krall e ser adepto do Belenenses )


Nota - E eu que tomo banho todos os dias...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Beltane - O pensamento cabronácio do dia

Beltane...

- O dia em que se comemorava a fertilidade da terra...

... actualmente o dia perfeito para papar uma gaja que goste da ( abominável ) Marion Z. Bradley.


Nota - Não fui eu que deturpei o dia - do seu real significado na origem ao que é comemorado hoje em dia - não fui eu que fiz culto e propaguei o conceito de panisgas literários - nomeadamente, concretamente, mormente falando do Artur nos livros da Fufalhon... Marion Z. Bradley (ou todos os outros detentores de pénis nos livros dela) que mais tarde derivaram em vampiros a brilhar ao sol com o peito cheio de raymond gel como se isso fosse aceitável.

Depois queixam-se