quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Phones

De pé no Wc executo a operação- aliviar a bexiga do André quando me foge o phone esquerdo da orelha, caindo num bonito semi-circulo paralelo ao meu corpo...

Interceptando em cheio a operação aliviar a bexiga do André...

(o que de propósito não conseguia, foi mesmo pontaria)

Deu-se um dilema...

É que os phones são caros...

E eu não ia passar o phone por água já que continuava a funcionar, corria o risco de estragar aquilo de vez...

Conclusão: Foi uma pena ter deixado cair uma caixa em cima deles a semana passada arruinando os phones de vez porque aquilo mesmo com o som mais baço do lado esquerdo era phone para durar uma vida...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pipocas

Se colocamos um pacote de pipocas no micro-ondas, marcamos 3 minutos e ao fim deste tempo elas estão todas boas e iguais...

Se tiramos as pipocas aos 3:10 e elas estão queimadas...

Porquê que as pipocas que rebentaram aos 1:30... não estão queimadas aos 3 minutos??????


são noites em branco sem dormir à procura de respostas...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Q'esta merda?

A coisa não me tava a correr desde que se pegou comigo no Hard Rock insinuando qualquer coisa sobre os Soundgarden em Relação à melhor banda da actualidade - que nem devia ser preciso de dizer que são os Pearl Jam.

(Ponto.)

(de sempre- Queen, em actividade Pearl Jam)

Depois a coisa azedou no Irish Pub quando trazem uma imperial e um Cupccino para a nossa mesa e ela faz questão de vincar à empregada que o Cupccino é para mim... numa tentativa - sempre em vão - de me emascular em público.

Agora...

O que acho simplesmente inaceitável...

É entrar na MINHA sala, dizer-lhe que está na MINHA cadeira...

E ela mandar-me passear à frente dos meus pais e do baby-bro que ela quer ver o jogo do Porto e que se eu quiser sento-me n'outra cadeira...

E depois oiço a Sra Dona MINHA MÃE dizer- Olhe, é assim mesmo, você tem que vi cá jantar mais vezes...

E mandam-me sair da frente da televisão...

E ir buscar as bebidas ao frigorífico...

E chama-me princesa quando finalmente me sento ao seu lado a ver o jogo...

E riem-se das piadas dela sobre a minha pessoa...

E comeu-me as Gomas todas vindas expressamente da Alemanha aqui para o Je...

E comeu-me os Pretzels todos quando as Gomas se acabaram

E passou a noite a dizer que tava mal disposta com a mistura dos Pretzels, das Gomas e da garrafa de Jaggermeiters que também era suposto ser para eu a beber e provar que me despachou quase de Penalty...

Tendo a simpatia de dar a provar a toda a MINHA familia...

E generosa... deu-me a cheirar o copo vazio- "isto não te cheira como aquela cena para bochechar... o elixir...olha lá, mas porquê que estás mal disposto? tu és tão gaja porra!"

E antes de se ir embora diz - pipocas de microondas! estas são boas?

E a minha mãe oferece-lhe as pipocas...

(e eu vi os Oscares a seco)

 E depois de a deixar em casa...

Na rua ao frio, cansado, ainda com um longo caminho a percorrer até casa...






É que reparo que ela me tinha ficado com o casaco...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Touché...

Irritou-se antes de chegarmos ao Estoril quando íamos para cascais pela marginal...
Chamou-me de puto, de infantil exasperada, disse-me que ao menos podia ser menos previsível com as piadas.

Respondo-lhe que não sou previsível! que as minhas piadas são fantásticas e argumento com estonteante (muito retardada) retórica, com argumentos e factos, duas analogias - uma Sinestesia e uma parábola, desencanto um eufemismo e louco, até lhe atiro um Epifonema para ela ter uma noção de quem manda ali..  

Mas ela indiferente...

Procura e retira da mala um bloco de notas...

Vejo-a escrever no bloco enquanto me diz" não, não és previsível André... que ideia".

Foi rude, não me disse o que escrevera nem me deixou ler e guardou o bloco de novo na mala.

Obviamente que depois de estacionado, fruto do meu carisma, do meu irresistível charme e capacidade de sedução a consegui demover da ideia vil e maldosa de me negar o acesso à sua boca, ao seu corpo...

Qualquer tipo de resistência é fútil, inútil, apenas e somente uma perca de tempo...

Ela então -  presumindo eu por generosidade - diz-me puxando da sua mais melosa voz - "faço questão de irmos à Santini comer um gelado..."

Faço, porque Eu sou Eu uma piada sobre cones e bolas e estou novamente impedido de lhe invadir a proxémica...

Café e morango e o André sentado com a Miss ao seu lado num dos bancos da rua ao pé da gelataria.

Atiro-me ao gelado feroz e determinado e...

E...

Dá-me "aquela" simpática dor de cabeça.

A Miss abre a mala...

Tira desta o bloco, apresenta-me a folha...


" Comes o gelado depressa à retardado... e agora doí-te a cabeça meu anormal!"


True Story.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Pensei em casar...

Com a ex que um dia me fitou nos olhos já farta e fartinha das coisas que o André diz às mulheres só porque elas... tadinhas, precisam de ouvir e...

(Adiante)

com a ex que me disse: - "Olha André, eu tenho duas mãos e posso-te bater com qualquer uma delas... "


Foi um grande amor...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Buca Fail

Comecei a ensinar à Sra Dona Buca a sentar-se ao meu comando - se consegui com a ex, porque não com a cadela?.

Acontece que...

A cadela percebeu mal a coisa.

Ela senta-se quando mando...

Mas...

Quando lhe apetece biscoitos, senta-se sem ninguém mandar diante de mim e fica a olhar para mim de boca aberta...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Shake it up

Não estava propriamente a gostar do livro mas gostava do ambiente do mesmo.
Gostava da ideia da viagem, do largar tudo e partir.

Gostava disso e da ideia de si mesma sentada, distante e ausente, perdida no livro.
Gostava de naquele momento não se ter presente na força de todas as suas duvidas e receios de um futuro que não fazia a menor ideia do que ia ser...

Como um "fortune cookie" dos filmes...

Ou uma piada dele quando esbugalhava os olhos antes de dizer asneira.

Já estava outra vez fora do livro a pensar no seu ser presente, existente.

E ela que gostava tão mais do seu ser imaginário...

E aquele jardim era tão porreiro, a árvore tão presente e compreensiva no seu jeito estático de...

Parou o que ia dizer, o que havia uma árvore de fazer que não fosse estático?

Agitar-se ligeiramente com o vento...

Bateu o livro e suspirou-se, que porcaria de capacidade de concentração, devia um destes dias quando lhe pesassem menos as aulas focar-se e dar um jeito no assunto.

Olhou para a capa do livro, deslizou a mão sobre a mesma.

Dava-lhe mesmo um jeito do caraças ele ter-lhe enviado um livro em português.
Estava demasiado enferrujada com a sua própria língua.

Sentiu que era o momento de partir, regressar a casa.

Afastou da árvore onde a encostara a bicicleta.
Atirou para o cesto no guiador da mesma o livro e enrolou sobre o ombro o longo cabelo que ele lhe desfiara com a ponta dos dedos, sentados meses antes na relva dos jardins da Gulbenkien.

E ela agora ali tão distante...

Em Oxford... sem ele, sem graça, sem brilho.

Sentou-se, empurrou o pedal.

Suave e silenciosa acelerou mas sem grande pressa.

Parou quase se esquecendo de firmar os pés no chão para estabilizar a bicicleta.

Retirou o telemóvel do bolso das calças e para sua surpresa... era dele a mensagem...

- "hey! lembrei-me de ti...Shake it up... Florence... pensa nisso e espero que esteja frio ai!"

Sorriu.
Voltou aos bolsos das calças e puxou os phones.

Procurou a música, aguardou.

Arrepiou-se quando ouviu "Regrets collect like old friends"

Arrancou retomando o seu caminho.

Caminho que cantou em voz alta e a gosto:

It's always darkest before the dawn...


And I've been a fool and I've been blind
I can never leave the past behind
I can see no way, I can see no way...

Largou o guiador por uns segundos... deixando-se flutuar.

Shake it out, shake it out...
Shake it out, shake it out...






terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Sobre as mulheres

Uma mulher quando anda e faz seu caminho diante dos olhos de um homem...deve ser para um homem um evento, um momento de saboroso desconforto visual.

Bamboleando esta ou não as ancas.

Uma mulher não deve ser apenas graciosa a dançar...
Quando uma mulher dança deve ser SEMPRE um misto de luxúria e pecado para lá de uma inerente elegância feminina.


Senão é como um pão de ló.

O que não tem graça nenhuma.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

No dia de carnaval...

Subíamos a Fernando Namora em telheiras do lado oposto da ciclovia vindos do Sushi.

Chegados ao infantário, reparo pelo gradeamento que é só miudinhas vestidas de princesa.

A Miss Repara que para além de princesas... é a festa da Branca de neve, pelo menos umas 3.

Paramos. Encontro uma quarta Branca de neve, chamo-lhe a atenção para uma rapariga vestida de pirata.

Ela aponta para o que corre atrás dos outros todos a grunhir e pergunta-me do que está disfarçado...

Fico na dúvida se é um lagarto ou...

O miúdo abre os braços e...







E temos automaticamente um vencedor.

(Ela não sei, mas eu fiquei logo com vontade de ovular e fazer putos para os vestir de dragão no Carnaval)

Pára no semáforo atrás de nós uma mota.

Desvio do Rei Deus Dragão na terra a minha atenção para a mota e vejo que o Sr das Pizzas está a rebarbar-se com o alçado posterior da Miss.

A Miss olha para mim, eu olho para ela, olho para ele e digo

- Olha este ganhou, veio mascarado de gajo da telepizza!!!!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Let my love

Estava nervoso.

Respirou fundo e pesado e abriu-lhe a porta do quarto.

A primeira coisa que reparou foi no pé de fora dos lençóis.

Ela estava enrolada e desconjuntada nos lençóis que puxara para fora do sítio, dormia selváticamente de barriga para baixo.

Esqueceu-se do nervoso perante imagem de tamanha candura.

Lentamente, com o cuidado de não fazer barulho, subiu-lhe o estore.
Parou a meio.

Era luz suficiente para a ver bem, para por ela ser visto e para o que ia fazer.

Com cuidado e respeito... e também instinto de sobrevivência, retirou da cadeira da secretária o acumular da uma constante preguiça de guardar a roupa e ...

E fitava a camisola que ela vestira na passagem de ano...

E depois ele é que era um granda porco e desmazelado e...

Ela roncou.

Forte, muito forte, como se recapitulasse uma ideia.

Fechou os olhos e apertou a camisola com força contra a boca, tentando não rir.

Foi invadido pelo perfume, imerso no toque da sua pele com a lã.

Sorriu.

Puxou a cadeira para ao pé da cama.

Ia deixar-se levar pelo reflexo do sol no cabelo dela, na pele.
Ia-se deixar conquistar pelos dedos da sua mão suaves e tranquilos sobre a almofada ou na memoria destes que o arrepiava quando ela deslizava os mesmos pelo seu cabelo...

Ia mas reparou no bonito -  não muito grande ao menos isso - fio de baba que lhe escorria pelo canto da boca.

Odiou-a em segredo pelo momento e todo o glamour da cena o ter feito gostar um pouco mais dela.
Com mais força.
Até a dormir e a manchar a almofada...
Que cabra.

Inspirou, puxou a guitarra e expirou depois de se sentar.

Ia correr mal, só podia.

Se calhar... se calhar podia esperar que ela acordasse e...

E,.. todas as vezes que lhe ela pedira para a acordar.

Todas as vezes que acordara com ela aninhada no seu peito dentro da sua cama, já sem roupa e a dormir profundamente.

E aquele pensamento mágico que ela o podia ter morto e não tinha dado por isso...

Concentrou-se.

Colocou os dedos e tirou-os das cordas.

Respirou e voltou à posição inicial.

Ela roncou.

Deslizou a mão direita suavemente e aguardou.

Dedilhou a flutuação da melodia devagar tímido e a medo.

Tinha tocado a música pelo menos umas 40 vezes na vespera.

Deixou-se ficar na introdução, repetindo-a aguardando pelo momento certo...

A qualquer momento...

A qualquer momento...

E ela, sem abrir os olhos, sem mexer o corpo... sorriu.

- The people keep repeating... That you'll never fall in love...

E ela sem abrir os olhos espreguiçou-se. Esticou os braços e arqueou as costas.

- When everybody keeps retreating... and you can't seem to get enough...

Viu-a abrir os olhos, girar o corpo dentro dos lençóis deitando-se de lado sem perder o sorriso



- Let my love open the door... let my love open the door...

Reparou que ela o acompanhava baixinho... não cantava sozinho...

- Let my love open the door...

... to your heart

When everything feels all over...
Everybody seems unkind...

Destapou-se.

Teve que se concentrar perante a imagem do seu corpo... do teu seu cabelo tão perfeito e desalinhado.
E da ideia de ter ali a pele dela tão quente e...


-I'll leave you a four-leaf clover ...


Enganou-se, era give e não leave... mas a culpa era dela.

- Take all the worry out of your mind...

Let my love open the door...
Let my love open the door...
Let my love open the door...

To your heart...
To your heart...

I have the only key to your heart...

Viu-a primeiro sentar-se sobre os calcanhares.
Viu-a depois morder o lábio e erguer-se ficando de joelhos.
Começou por sacudir somente as ancas, depois o cabelo e por fim todo o corpo.

- I can stop you falling apart
Try to say in my own way...
Somebody give me the chance to say ...
Let my love open the door
It's all I'm looking for..

Release yourself from misery
Only one thing's gonna set you free...

Ela levantou-se, saltou  ficando de pé em cima da cama. Aguardou a entrada do acorde para esticar o braço e indicador no timing certo para cantar e entrar com o refrão

- That's my love...

Oh that's my love...

Let my love open the door...
Let my love open the door...

Viu-a descer da cama sem parar de dançar, sem perder o sorriso.

- Mas tu... mas tu não sabes tocar guitarra!


Segurou-o com as mãos, suave e carinhosa.
Beijo-o.

Sentia o sorriso dela contra a sua boca a meio do beijo.
Viu-a cair sentada na cama à sua frente.
Estava confusa, trocada das ideias mas notoriamente feliz.

- When tragedy befalls you...
Don't let them bring you down...
Love can cure your problem...
You're so lucky I'm around...

Foram horas e horas a lutar com a guitarra para ter um momento, este momento...

E fora tudo por causa de um momento...

O momento em que a vira sacudir a anca para a esquerda primeiro, para a direita depois ao som do Eddie Vedder sozinha no quarto...

Momento em que ela não sabia que a via do corredor.

Não sabia que primeiro fora a demanda para descobrir qual era a música- perguntar qual era tinha tirado a magia.

Depois fora a cruzada de aprender a tocar guitarra.
Depois ganhar a coragem e todas as outras coisas que tiveram que ir ao sítio para poder estar ali, antes dela acordar e dizer-lhe...

Let my love open the door...

Let my love open the door...

Let my love open the door...






...To your heart


Nota - A música, como não podia deixar de ser.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Um Homem a sério...

Um homem a sério não precisa de engatar 300 gajas diferentes para aumentar o score mas sim de conquistar a mesma mulher muitas vezes... todas as vezes.

Arrebatar-lhe o corpo, destroçar-lhe as defesas da mente e ser tudo o que lhe ocorre ao pensamento cada vez que ela respira.









O que é uma bela merda.

Porque um gajo tá a ter o mesmo trabalho e o score é sempre o mesmo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Feedback do blog

Ok, eu aceito que isto tenha voltado à sua origem, poucos ou nenhuns comentários no aqui blog...

ao mesmo tempo que no mundo real - naquele em que pessoas se sentam com uma mesa de intervalo e conversam umas com as outras - uma avalanche de observações e criticas - incluindo as sempre bem vindas correcções ao meu português...

( as saudades que tinha das já clássicas sms às 04h porque não gostaram de algo que publiquei...)

Tudo bem, escrevo para meu capricho - apesar de actualmente me limitar a publicar textos de 2011 pós final do blog...

Acontece que...

Hoje, ao entrar no café após um complicado dia de trabalho pelas 20h30...

Decido parar a música no ipod, levo a mão direita enluvada à boca, trinco e retiro a mão deixando a luva pendurada na boca.

Enfio a mão livre no casaco, empurro a porta do café com o ombro.

Entro, avanço para a mesa onde me esperam com a luva ainda pendurada na boca e sou prendado com um - EEEEEEEW CAAAA NOJO!!!! depois do que meteste no blog... tu hoje não me dás beijos com essa boca!

e eu fico...





Mas em vez de ficar magoado e sentido como a princesa que sou...
Deslizo pelo sofá onde se encontra sentada, coloco-me ao seu lado e...




E...


E é óbvio que não fiz isto!

( de certeza que não estava aqui a escrever isto agora... estava mais para os lados do Hospital Santa Maria...)

( isto num cenário em que tinham encontrado o meu corpo ainda com vida...)









Fiz pior...


Já que tinha a mão quente e sem luva...

Deslizo a mão pelas suas costas, delicado e desinteressado, pergunto-lhe o que está a ler quando os meus dedos tacteiam pela sua camisola...

Até lhe encontrar o fim da mesma...

Até ter a mão debaixo da camisola pela qual passeava um pouco antes...

Num gesto rápido e decidido...








E totalmente suicida...










terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Com açúcar... com afecto.

Entro-lhe pela casa dentro apressado..
Beijo-a rápido de fugida para sua surpresa e justifico-me a caminho da casa de banho com um- já falamos, tenho meeeeesmo que ir à casa de banho

Entro na casa de banho de casaco, cachecol e luvas...

Dois minutos depois ela vê-me sair sorridente e aliviado e...

- André... diz-me que tu ao menos tiraste as luvas...

ao qual eu respondo...

- Eh pá... tá bueda frio...




E depois recusou-me todos os afectos e gestos que eu, carinhoso...
Com ternura, com afecto...

Uma pequena festa no rosto...

Entrelaçar-lhe os seus dedos nos meus...

(porque quando se gosta sabe bem sentir que a outra pessoa está ali...)

Alinhar-lhe o cabelo que o vento lhe despenteou...

Procurar-lhe a carne da sua perna sentada ao meu lado quando conduzo para jantar e ouvir um cruel, quiçá monstruoso - "tu não me tocas com essas luvas!!! tira a mão de cima de mim!" -e depois agride-me física...

E pior... emocionalmente, ao recusar-me assim os meus espontâneos e nada forçados para irritar gestos com açúcar... com afecto.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Troll - Edição: "Deixai vir a mim as criancinhas..."

 - Os eventos relatados a seguir sucederam-se numa segunda feira à noite no Colombo -

- Só uma das crianças envolvidas se aleijou mas a culpa não foi mais-ou-menos minha -


Em piloto automático executo o meu pedido.

Oiço-a refilar quando capricho na dose de azeitonas - não sei qual é o problema de pedir 3 doses de azeitonas...


Pago o(s) jantar(es) e arranco com o tabuleiro para a mesa.

Sento-me e aguardo que se sente diante de mim, elogio-lhe a camisola e o quão bem ela combina com a saia.
Interrompo-lhe a resposta.
Confesso-lhe que a maneira como tem o cabelo é jogo sujo e só me calo quando vejo que a desconcentrei e lhe dei um pouco de cor ao rosto.

Ela fita-me sem conseguir responder...

Ela não me fita sozinha.

À sua esquerda, numa mesa atrás de si sentado com os paizinhos está uma criancinha a fitar-me intensamente.

Olho para o puto, faço cara séria e agressiva.

Ela pergunta-me se as azeitonas com massa estão boas, eu trago a minha atenção do pequeno infante para o jantar.

Minutos depois reparo que ainda sou o centro das atenções da criança.

Olho bem nos olhos do imberbe, levo o indicador ao queixo dizendo-lhe  "estás sujo no queixo..."

Vejo-o tentar limpar o queixo onde não estava sujo.

Insisto.

Ele volta a insistir e faço-o escaranfunchar a cara durante saborosos minutos até que...

- Mas o quê que tu tás a fazer?????????

- Xiiu... tou a trollar o puto...

- Mas... - virou-se para trás - mas o puto não tá sujo!!!

- Eu sei boneca... eu sei...

- Mas o quê que o puto te fez?

- Tava a olhar para mim estranho...

E levo o guardanapo ao queixo.

Ela bate-me na mão e obriga-me a acabar de comer sem levantar os olhos do prato ou olhar para a sua esquerda.

(Não posso pedir 3 doses de azeitonas, não posso trollar crianças... não posso ficar a dormir na tua cama quando tu vais trabalhar e ficar a dar bufas e atirar fotos de mim a dormir na tua cama...

A dormir de lado, de bruços, a dormir de barriga para cima...

porra não posso fazer nada mulher!!)

Visto o casaco

Ajudo-a com o dela, deixo que se abstraia de mim e fico para trás... obviamente para retocar e reafirmar ao puto que continuava sujo...

Ela vê, apanha-me e eu apanho.

-
Sentados no Café di Roma aguardo que me diga se o café mocca corresponde à publicidade que lhe fiz. quando distraída... 

Se suja no rosto com as natas..

Oh... generosos Deuses, não sou digno de tal oferta.

Aponto-lhe para a bochecha.

- Mau... André... não tens graça.

- A sério, tás mesmo suja de lado.. não sentes?

- Não tem graça! se estamos a falar de... pára de apontar e de te rir!!

Tiro-lhe uma foto com o telemóvel.

Limpo-lhe o rosto com o polegar.

Mostro-lhe a foto.

- Olha André... vai à merda...

- Vai tu...

-


Separamos-nos na Springfield quando vou para a fila da caixa com o cachecol ultra sexy e fofo que encontrei e ela decide que quer que eu veja uma camisola que viu que me fica bem de certeza e tenho que experimentar e...

E eu vou para caixa, antes que ela encontre a camisola.

Entram 3 putos a correr pela loja adentro.

Os três juntos às cavalitas uns dos outros não faziam o meu 1.80.

O primeiro, uma miúda loirinha bolachuda com coisa de 4 aninhos dá uma marrada no balcão.
O irmão também loirinho e com cara de serial killer encaixa-se na minha perna direita e começa a trepar por mim acima.

O terceiro em sprint ao passar diante de mim tropeça-me no pé esquerdo e inicia um bonito e épico voo em direcção ao chão quando o apanho pelas costas da camisola com a mão.

Porque eu sou um gajo cheio da piada digo em voz alta:

- Mário Miguel! já te disse para estares quieto!!!

Responde-me a mãe do puto que entretanto chegara à loja

- Ele não se chama Mário Miguel!!!

Puxo o que estava a subir-me pela perna para o meu colo e digo:

- Este é que é o Mário Miguel?

- Esse é o Filipe!!!

- Não me vai dizer que chamou Mário à miúda...

E de queixo caído em choque com a cena e de camisola na mão (que por acaso tenho agora vestida enquanto escrevo isto) Ela diz-me : - Ernesto!! mas tu... não te posso deixar 1 minuto...

- Hey!! eu não me chamo Ernesto!!
- E o filho da Sra não se chama Mário Miguel!!!
Avanço um passo para o balcão, entrego o cartão de cliente o cachecol e a camisola, a empregada na caixa sorri, lê no meu nome no cartão de crédito onde está escrito Rui Real e atira-me um - Obrigado e boa noite Sr.Vasco, até à próxima.



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Meia

Ela - André... diz-me que aquela meia que está no chão do teu quarto ao canto não é a mesma que estava no chão do teu quarto ao canto na semana passada...

Eu- ah... hum... não te vou mentir...

Ela - CA NOJO! CA GRANDA PORCO!!! Mas porquê... porquê que tu não metes a meia para lavar...

Eu - oh, simples, não sei do par... ia por para lavar mas não encontrei o par e andei à procura e... quando encontrar... pronto, ponho as duas, assim se meter esta quando encontrar a outra fico naquele dilema se é uma meia só ou se... o que foi mãe?

Mãe - O quê que aconteceu? porquê que ela tá a mandar vir contigo? o quê que tu fizeste agora?

Eu - hey! porquê que sou  sempre eu a fazer qualquer coisa?

Ela - Você não viu uma meia preta solta há coisa de 5 dias no quarto do seu filho?

Mãe - Sim, meti para lavar... olha lá, mas tu tens uma meia no chão do quarto porquê?


E depois as pessoas ficam a olhar para mim em reprovação...



Julgando-me...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O primo

Eu percebi que qualquer coisa não estava bem quando virou para a esquerda ao sair da minha rua.

Era suposto ter desconfiado pela forma aperaltada como estava vestida, mas eu ao sábado de manhã sou digamos.. meio para ao retardado, só depois das 15h é que entro ao serviço.

Pergunto-lhe - Onde é que tu me estás a levar? e porquê que estás... toda vamp?

- Estou.. o quê? pera... como onde vamos?

- Vamp, era uma expressão que a minha Avó usava quando via uma mulher toda arranjada...

- Aww tão fofa!! a tua Avó era altamente... gostei mesmo foi quando ela te disse " tu levas um banano pá..."

- A minha Avó rulava, eu sei... mas onde vamos?

Fugiu-se-lhe o sorriso levado por choque de incredibilidade

- André... os anos do meu Pai... que tu sabes que é hoje há pelo menos... DOIS MESES FODA-SE!!!

- Aahh... é hoje? podias ter dito que...

- EU DISSE-TE ONTEM AO TELEFONE!!!

- Falamos ao telefone ontem?

- EU JURO-TE QUE ME ENFIO CONTRA O RAIL SE TU...

- Calma bone...

- Chama-me boneca.. chama-me boneca André, força, vá... atreve-te...

- Tá um dia tão bonito...

Ela pergunta-me se quero que volte para trás para ir buscar a prenda do Pai dela... o que era obviamente uma armadilha.
A ideia era apanhar-me sem prenda como se eu me tivesse esquecido totalmente.

Respondo-lhe que já dei a prenda ao Pai dela no último jogo do Atlético.

Ela revira-me os olhos enjoada com o assunto.

Ela tem é inveja.. porque sabe que o Atlé... pronto ok, vou-me calar com as piadas do Atlético.

Chegado a casa dela, demoro mais de vinte minutos a cumprimentar-lhe a família.
Sento-me ao lado da sua Avó Paterna,  uma hilariante senhora de 68 anos cujo passatempo favorito é gozar com os netos e filhos desde que se reformou da industria farmacêutica - como a minha Avó, coincidência gira - usando e abusando da idade para prendar a família com as mais surrais afirmações... quando é inconveniente.

( O que explica muito de porquê nos darmos tão bem)

A Miss deixa-me no sofá da sala com a Avó e o sobrinho.

- Quando é que me dá outro bisneto André?

- Primeiro dava jeito casar-me com a sua Neta...

- Mas vocês nunca mais resolvem a coisa... assim engravidava-me a miúda e resolvia-se o assunto... ela não está a ir para nova...

- Realmente não está... mas já viu o mau feitio dela? imaginou... hey... tava aqui a falar com a tua Avó ... é preciso ajuda?

- Não, obrigada, mas dava-me era jeito fosses ajudar o meu primo quando ele chegar...

- Estava a falar com o André que já te casavas com ele e te enchias de putos...

- Porquê com ele? posso querer qualquer coisa melhor para mim que essa... coisa...

Ia ficar ofendido mas responde-lhe a Avó

- Tu? com esse teu feitio? és igualzinha à tua Mãe...

- Mas eu pensei que gostasse de mim - interrompo - se ela tem assim mau feitio.. quer-me a sofrer e cheio de cabelos brancos como o seu filho?

- Oh, você põe-a na linha... ao contrário do primo dela que se não tivesse aqui o Filipe (o sobrinho da miss) eu dizia que gostava dos homens...

- Avó!!!!

- Dizia que ele era gay, pronto, mas não digo que está aqui o miudo...

- O seu neto... olhe que o seu neto é muito homem, ele é mais tímido... mais reservado... - digo como amigo que sou do primo em questão, defendendo-lhe a honra na sua ausência - ele agora tem uma namorada!

- Uma das tuas amiguinhas do tango... pois, essa história foi muita mal contada...

- Mal contada? conheço-a do tango e apresentei-a ao teu primo... qual é a dúvida?

- A dúvida é o mau feitio e ciume da minha neta.. .se já lhe tivesse dado um filho ela já tinha acalmado!!

A Miss puxa-me pela mão para fora da sala, encontro o aniversariante que tenta requisitar a minha pessoa para uma importante e sempre pertinente conversa sobre o mau momento do Atlético mas é-lhe negado o prazer da minha companhia e sou levado para a cozinha.

- Mãe... a Avó tá insuportável...

- Estava a tentar convencer o André a fazer-te um filho?

- Sim!!

- Mas ela tem alguma razão...

- FODA-SE MÃE! TAMBÉM TU???

- Tu falas tão mal mulher... - digo carinhosamente.. .e apanho... o que é uma estreia.

(ou não)

(quer dizer, no dia sim, ela no carro insinuou que se enfiava no rail do eixo norte sul para me calar, não me agrediu)

Chega o primo...

...com a namorada.

Aproveito a janela de oportunidade depois de os cumprimentar e fujo para a companhia do aniversariante e do resto dos homens na casa.

O primo consegue escapulir-se para ao pé de nós e desabafa-me - Porra, ela hoje tá insuportável!!!

- Ela quem? a tua nam...

- Não, a minha prima... xiça! assim que bazaste a primeira coisa que te disse foi que te matava...

- É um dom que tenho...

- E depois tava com aquele riso cínico a dizer-me para apresentar a Ana à minha Avó... qual é a cena dela?

- Esquece... gajas... como tá o teu curso? pera onde é que deixaste a tua namorada????

- Com a minha Tia... olha o curso... tá melhor que o Atlético!!

E faz-se um silêncio desconfortável na sala...

Avançando na história, os bombons de licor na caixa ao pé do sofá foram desaparecendo misteriosamente na proporção do aumento da boa disposição da matriarca da família.


Depois do jantar, a namorada do primo perguntou-lhe onde estavam os casacos para ver o telemóvel,
O namorado, atencioso e já bem amestrado, levantou-se e foi com ela - podia perfeitamente indicar e pedir-lhe uma cerveja na volta, mas não... frouxo.

Eles estavam ausentes há pelo menos 5 minutos quando a Avó sai da sala...

E vai ao quarto dos casacos...

E entra-me na sala a rir e diz...

- André! André! ELE NÃO É GAY!!!!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Naturalmente... apanhei

Numa discussão com a Miss:

Ela - Tu és mesmo estúpido... e és teimoso, tens essa fixação que nós só podemos ser sempre... contigo é tudo ou preto ou branco...

Eu- como és capaz de me dizer uma coisa dessas quando consegues ver perfeitamente que entre a camisa e a camisola tenho pelo menos dois tons de cinzento????

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Guardaremos sempre...

Connosco, por mais que o tempo passe entre nós, nos afaste...

Aquele momento em que de pé, em silêncio...

Esperamos, escutamos...

Me abraçaste e suspiraste...

Enquanto esperava-mos que a água parasse de correr na dúvida se o autoclismo continuava preso ou estava só a encher o depósito.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

From Paris to London

Isto:

"So, there’s this bus stop in front of my window, and it’s on a really busy road, have no idea why they would have a bus stop there but I’ve always said the traffic organization in this city sucked. ANYWAY, I kept seeing people there waiting. BUT never saw the actual bus. So I was betting that it was a stop point for a Tardis. Boyfriend would disprove, but he was just jealous that these people would get to travel in an awesome way. The sad moment of today, was when I finally saw their means of transportation. It was in fact a bus. Saddest moment of the day. Truly was"

Que podem encontrar no original no tumblr From Paris to London que A um porto azul recomenda vivamente

Sucesso!

Sentado ao sol dou por mim a sorrir de prazer no quente do momento.
Ela coloca a sua caneca ao lado da minha na mesa e diz-me:

- fala comigo...

- Desde que despachei a ex tomei duas resoluções... melhorar o meu critério e discernimento no que toca a mulheres... e deixar crescer a barba...

Ela fita-me e responde:

- Olha lá, eu sou mulher! o quê que queres dize... pera...André... tu não fazes nada para a barba te crescer porra!!!

- Foi um estrondoso sucesso!!! metade dos objectivos cumpridos... estou claramente de parabéns!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Frases que ficam

Surgiu o rumor por culpa desta fotografia...



... que o Sr Pique e o Zlatan eram amigos e adeptos do sexo com homens.

Meses mais tarde encontrei esta pérola nas internetes já o Pique andava enroscado com a Shakira:


" ah, o Pique também era picolho e agora anda a picar na Shakira"


E pronto, são estas frases que nos marcam e ficam...


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Miss Troll

Ela atrasou-se e foi o suficiente.
Enquanto a aguardava quis o destino prendar-me com esta música...



E esta porra ficou-me a repetir na cabeça.

Já na sua companhia, sem querer - e até foi baixinho- desabafei um "we don't have to take our... clothes off to have a good time... no no".

Ao qual ela me responde - Ah ok, pena, que hoje ias ter sorte... apetecias-me... mas sendo assim...

E eu ri-me da graça...

Mas ela continuou - Alias... se soubesse tinha chegado a horas... fui fazer a depilação para nada...

E eu ri-me novamente mas sem "aquela" vontade.

E depois usou e abusou de mim, insinuando-se, confirmando-se, seduzindo e ...

E como o monstro que é, sempre que a procurei consumir e aplacar o desejo...

Limitou-se a sorrir afastando-se ao som de um - temos pena... mas tá dito... tá dito.

E encostou-me ao carro depois do café.
E assediou-me as meias com a perna durante o jantar.
E sibilou-me onde eu lhe apetecia no seu corpo durante o cinema
E derrapou as unhas pela minha barba no carro até sua casa.
E puxou-me para fora do carro, invadiu-me o casaco afirmativa com as mãos.

Fez-me subir atrás de si todos os ziliões degraus até ao seu quarto.

Fez-me sentar na sua cama, cansado e ofegante

Deixou que a visse deslizar o casaco pelas costas.

Sorriu...

Sorriu e aproximou-se.
Senti-lhe a mão no meu peito, empurrou-me.

Guiou-me entre os seus braços, as suas pernas gatinhando sobre mim até eu me encontrar deitado sobre a sua cama.

Abriu-me dois botões da camisa...

Cantou-me o refrão da música...

E deitou-se ao meu lado.
Meteu a merda da televisão na Fox life e fez-me gramar 3 episódios da clínica privada até eu perceber que...

Ela adormecera.

E eu fiquei com o braço preso debaixo dela

E eu não conseguia chegar ao comando.

E o glee é tão mau...

E as Taras de Tara...

E fiquei com vontade de ir à casa de banho...

E sede...

E foi então...

...que ela começou a ressonar.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Às vezes...

Em noites de insónias depois de me desesperar a ler daqueles fantásticos textos de gaja na blogosfera sobre o quanto os homens não prestam...

Dou por mim triste...

Não por elas estarem eternamente solteiras...

Mas por não haver maneira de as qualificar ao programa e as ajudar porque elas precisavam mesmo era disto:





Ou de uma mangueirada...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Eu

Por mais que um homem corra.
Por mais depressa que o faça ou maior que seja a distancia que percorre...

Ele nunca consegue fugir de si mesmo.

























 Portanto... estou de volta.


















 
















(medo, muito medo)