segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Maniac

Os olhos abriram, voluntários, já sem sono.
Acordo, espreguiço, suspiro.
Acabei de sonhar que comia uma tigela cheia de cacau à colher, acordei enjoado da overdose.
Os olhos mais do que abrem, esbugalham assustados, o sono não me limpou a cabeça.
A música ainda está a tocar, ainda a repetir frenética no arejado espaço entre as minhas orelhas, desde que a apanhei na rádio, dois dias antes, no sábado de manhã.
Apresso o duche, empurro gargalo abaixo o pequeno almoço, sem vontade, embuchado de tanto cacau.
Regresso ao quarto, sento-me na cama com as meias enroladas em bola, como sempre na gaveta respectiva as guardei.
Calço a meia esquerda- foi a que calhou, não é um ritual começar pelo pé canhoto.
O tecido sobe pelo tornozelo, aconchegando-se, perfeito. Promessa de um dia bom. Melhor meia que alguma vez calcei.
Calço a direita, não sobe, não é par.
A música recomeça na minha cabeça.
Sentado na cama, desconforto do enjoo do cacau que abusei.
De nada me adianta vasculhar pelo par da meia, desenrolar todas as meias emparelhadas na gaveta numa busca, cujas probabilidades me deixam certo de ser em vão.
Desenrolo outro par da bola, coincidem, vão remediar não saciando a promessa em que por um pé sonhei...
Calço um téni, depois o outro, a porta abre para eu sair.

O elevador desce, a porta da rua bate atrás de mim.
Entro no escritório, suspiro, ainda enjoado, ainda com a música a repetir.
O telemóvel ficou em casa, as chaves da mesma, ficaram a fazer-lhe companhia.

Arregaço a manga, espreito a medo.
Ainda não são dez horas.

Ajeito os fones, rendo-me.
Deixo acontecer.




terça-feira, 5 de agosto de 2014

Isabella Palmgren

Paro de escrever a meio do capitulo do livro.
Afasto a cadeira da mesa, os dedos do teclado, os olhos do ecrã.

- "Diz-me, diz-me o nome que lhe deste..."

Perguntou Jéssica querendo saber o nome que o marido lhe deu à vagina.

- " Isabella... Isabella Palmgren.."

Respondeu.

Releio uma vez, releio duas. Apercebo-me que não posso colocar nunca este dialogo no livro, não posso, impossível.
Eu gosto do nome Isabella.
Eu posso um dia querer dar esse nome a uma filha..
 Seria uma conversa interessaste explicar à miúda que ela tinha o nome da vagina de uma personagem de um livro.

Espera...

Oh foda-se...




Paro de escrever a meio de um post no blog.
Afasto a cadeira da mesa, os dedos do teclado, os olhos do ecrã...

... Porque me apercebi que gostava de ter uma filha chamada Isabella...













Como a Vagina da Jéssica.


segunda-feira, 30 de junho de 2014

World Cup 2014 III - Pena

Fico cheio de pena pela eliminação do México.

Calma!, eu estava (e continuo a estar) pela Holanda.



(E pela Suécia, pela Rep. Checa, pela Noruega, pela Italia, pela Croácia...)

Mas...

Com a eliminação do México, ficámos sem isto:

 

Lord Herrera.

 



Vou sentir saudades.


Confesso que já não acreditava na reviravolta, confesso que exultei com o golo do Sjneider.


Foi muito muito bom, tenho-o revisto com atenção, com cuidado, tenho até revisto em câmara lenta...





Nota - viram?, eu podia ter feito no fim a piada: "Uma sandwich de André no meio das duas..."
Mas não fiz.


Oh Wait...

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Cenas que o André se arrepende.

A primeira que me ocorre assim que penso na palavra Arrependimento...

É não ter comprado aquela camisa havaiana que experimentei, quando estava no paraguai em 2006.

Era qualquer coisa deste género:


Foda-se André, Foda-se!.


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Aquele momento mágico - Edição Mundial 2014




Se não perceberam...

Inglaterra a levar na pá do Uruguai e no meio dos adeptos sul americanos ...

 BqhZar0IQAAf9Gp

Um Escocês.

Ou um homem de bons principios, como quiserem.




quarta-feira, 4 de junho de 2014

Em Negação...


 - Game of Thrones Spoilers e duas piadas secas warning!!!! -
















Fez-me tão lembrar o minuto Kelvin... Basófia o tempo todo e no fim...

Agora a sério, eu confesso que não fiquei assim muito chateado.

Eu gosto de olhar para a vida de um modo práctico e positivo...

... Afinal, a boazona da namorada bisexual do Oberyn acabou de ficar solteira...

Nota - Ok, não foram própriamente duas piadas secas, a do Kelvin tem sempre graça...

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Foda-se.

A sério, Foda-se André...

Não é por alguém te dizer que "Pterodactyl Porn" existe...

Que precisas de ir confirmar se é verdade!.









quinta-feira, 15 de maio de 2014

Obviamente.



É a quarta vez que a moça do café me faz isto...



Obviamente que... 

 
 
Só pode.









quinta-feira, 24 de abril de 2014

Vergonha

Corria há 2 km, veloz, sem dor, sem esforço.
Corria após uma semana sem correr.
No céu, o azul esmeralda escurecia em degradê para o escuro, lua já no alto, começo de noite.
Estava atento às pernas, ao pé, à espera do regresso da dor que não aparecia.
Estava metros do começo da subida para a alameda, debaixo da luz daquele candeeiro que não se acende e fica, indeciso, sempre indeciso.
Venço a inclinação, acelero, ladeado à direita pelo verde da relva da alameda, ladeado pela fila de árvores salgueiro chorão.
Estou a sorrir, vitorioso.
Respiro.
Respiro fundo.
Não estou a sorrir.
Tenho ranho, muito ranho, entupido com muco da garganta ao nariz.
Desespero, nariz levantado ao ar.
Viro o rosto para a direita.
Arrepanho a nhaca espessa, puxo-a das entranhas, vai ter que acontecer.
Infâmia, vergonha, abençoada relva ali ao pé.
Arco esverdeado, enorme, imenso que começa a sua curva final e descendente para o chão.

Foda-se André, foda-se.
Foda-se para o vento.
Foda-se o bocado que me apanhou a bochecha.


Era só isto por hoje, ide na paz do senhor.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Oh Joffrey...



#Joffrey #Yes #HotAsian #Swag #Springdress2008 #DisneyPrincess #VotaPartidoPelosAnimais #BoloCasamento, #Pombas #VinhodePacote #Yes #Lover,YouShouldaComeOver #BeforeSunset #ZambujeiradoMar #LetItGo #CutePuppy #MafaldaVeiga #Yes #BitchesbeCrazy #Yolo #Tyrion #Baratheon

sexta-feira, 11 de abril de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Altruísta

"Aquele que pensa nos outros ou que pensa mais no outros que em si, solidário, caridoso, contrário de egoísta."


É o que sou.

Vejo isto:


E imediatamente, no instinto de homem generoso, predisponho-me para auxiliar com entusiasmo o crescimento da população Dinamarquesa.

Como tal, mulheres voluptuosas da terra da Legoland... Vinde de férias, vinde de férias a Lisboa.



terça-feira, 25 de março de 2014

Uma ex na esplanada do café.

O cabelo dela ondulava sobre os ombros, um jeito diferente de lhe enquadrar o rosto, por pouco não a reconheci.
Não ajudou estar distante da mesa e de óculos escuros, ainda por graduar.
Não ajudou a carência de café e as poucas horas de sono, reconheceu-me ela primeiro, sentada com o namorado na esplanada do café, o meu sucessor no cargo.
Chego, sento duas mesas ao lado, coloco carteira e telemóvel sobre a mesa, os óculos esses, ficam onde estavam, no nariz.
Reparo-lhe no vulto ainda sem a reconhecer, silhueta de mulher tão perto, à minha frente.
Olho para a esquerda, para um bulldog branco de manchas castanhas que se lançou em fuga de cú pesado à dona pelas mesas da esplanada onde estou.
Aguardo o momento, o timming certo, o cheirar inevitável que os canideos me fazem ás pernas, afinal, cheiro a cadela Sharpei totalmente sexy e de personalidade carismática.
Levanto o pé no encaixe, com cuidado para não assustar cão e dona, fica o bulldog de patas traseiras e rabo elevado aos deuses, fica o bulldog de boca e lingua pendente na fuga que interrompi, de frente para quem não reconheci.
Espirra-me a criatura - o cão, o nariz da ex manteve-se sereno.
Ri-se a criatura - a ex, o cão espirrou segunda vez.
Chega a dona do cão, agradece, o meu pé regressa ao chão e despeço-me com um coçar simpático e afável atrás das orelhas, uma palmada na xixa do lombo e estou a falar do cão, não da dona deste.
Olho para a mesa ali mesmo à minha frente, perguntou-me se reconheço riso ou é apenas semelhante.
Ela sorri, o namorado não me mostrou os dentes.
Ela ajeita com a mão o cabelo, afastando do seu rosto o capricho do vento e das minhas dúvidas a incerteza.
Levanto-me, ajeito o casaco.
Avanço um passo e tiro do rosto os óculos escuros.
Encosto o joelho direito no chão, aos seus pés, seguro-lhe a mão com as minhas.
Atiro-me de olhos cheios de saudade ao moreno dos olhos dela
Ela sorri, conhece-me bem demais.
Ele não sorri, conhece-me bem demais.
Não hesito, não espero, pergunto:

- Mamã?, mamã és tu?

quinta-feira, 13 de março de 2014

Boas novas - Paolo Nutuni

)

Primeiro single oficial do novo álbum (sai a 14 de abril)

Amanhã, também aqui, novidades dos The Baseballs.

sábado, 8 de março de 2014

Um novo amigo.

Descobri depois da mudança de instalações do Atelier.
Descobri depois de me atrever a olhar pela janela...


Ele estava ali, à minha espera, chamou por mim, chamou-me pelo nome, apresentou-se e descobri-lhe o nome: Shane McGowan.
Ele pediu-me força e acreditar, pediu-me para partirmos os dois, para longe.
Eu sentado fiquei.
Ele regressou no dia seguinte e pediu-me o mesmo, eu continuei quieto na cadeira.
Voltou no dia seguinte e no outro depois, falou-me de terras distantes, lá para norte, onde faz mais frio e há sol pela meia noite.

Dia após dia, eu descobri-me em sonho, ambicionando voar para onde não estou.
Ele falou-me dos bolinhos em Amsterdão, mas mulheres devassas em Outubro na Alemanha, suspirei-lhe as palavras sobre a Cerveja e o calor das coxas das mulheres da Noruega, aquele cheirinho a bacalhau salgado...

Ele hoje não voltou, não me apareceu, fiquei no silêncio, sentado na minha cadeira e peço-lhe que volte amanhã, anseio-lhe o regresso.

Um dia, no mais belo e corajoso dos meus dias vou-lhe dizer que sim...
Subirei para o seu dorso, livre das amarras da terra e da minha roupa.
Ele levar-me-á (todo nú) nas suas costas, a mim e aos meus sonhos lá no alto até essa terra de mulheres devassas onde seremos reis e sultões...

Para sempre...


Para sempre!.




Nota 1 - O sacana do pombo aparece-me todos os dias, todos os dias!, hoje falhou, senti falta.

Nota 2 - Eu não devia misturar remédios com cerveja nem tomar os remédios da cadela só porque são coloridos...

Nota 3 - " Sometimes crawling, sometimes walkinh, a hungry sound came acroos the breeze... So I gave the walls a talking..."



sexta-feira, 7 de março de 2014

Living the dream...

Ou la vida loca, como lhe quiserem chamar. É o que eu faço, agora, neste mesmo instante.

São 00:20, estou sentado na minha cadeira, no meu atelier a trabalhar forte e feito.
Estou a preparar-me mentalmente para mais umas horas na faina da Arquitectura, horas que não sei quantas serão. Apenas sei que serão as necessárias até ao trabalho estar pronto e apresentável ...

O que é normal.

A particularidade de hoje é que...


É que tenho a Let it go entalada na cabeça.

Yay!.































Leeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeet it go...
LeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeettttIiiiitttttGoooooooooooooooooooooooo...