Há um bicho novo a perdoar.
Não sou eu, és tu.
Pessoas de personalidade ciclica funcionam bem com pessoas em evolução (regressão? mutação?), pessoas estas que com ou sem rumo trilham um rumo... menos previsível.
O oposto, não sei, depende.
Um não te perdoo por quem está em falta a quem em falta se está... mesmo que previsivel...
Bah.
Ficas a aprender - eu.
Mais vale nunca - não sei, talvez.
E por ai fora.
Um dia quando morrer para além de ter na minha lápide - ele estava a pedi-las.
Quero numa rua com meu nome - André de Sousa Real, Arquitecto, Escritor, Retardado... e um ganda maluco!.
Enfim.
As minhas sinceras e sentidas melhoras.
Onde é que eu ia?
E olha para o que eu faço... mais vale nada...
Nunca escolher...
Mais vale nunca mais crescer...
quarta-feira, 29 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
Se o puto sai á Mãe...
Tentou reconfortar o amigo de rosto enterrado nas mãos sentado na
mesa da esplanada à sua direita.Colocou a mão sobre os ombros deste e
disse-lhe que pedia outra cerveja se quisesse.
Um sim baixinho deu assentimento à sugestão.
- Show me that river... and take me across... and watch aaaaaall my troubles aaaawwway...
Levantou o rosto das mãos olhou para o amigo.
- Estás a fazer?
- Achei pertinente... é do Louis Armstrong - That Lucky Old Sun... olha, aquela... não é a...
Poucos metros da esplanada onde estavam, vestido de primavera e fedora de palha da qual escorria um ondulado e inconfundível cabelo castanho claro, enquadrando-lhe o rosto onde óculos deslizaram para a ponta do nariz para os fitar quando os reconheceu sentados.
- Saudações! - levantou a mão, acenando.
- Estás uma visão... juro que se não tivesse um jantar cinema café contigo para sexta...
- Assediavas-me ate te dizer que sim por cansaço
- Amo-te...
- ahahaha primeiro o Jantar, depois vemos isso - deu-lhe um beijo demorado no rosto que arrastou saltitando com os lábios pela cara até à boca.
- Sabes bem... posso-me sentar? estou cheia de sede...
- Por mim - olhou para o combalido amigo que como se acordasse acenou efusivamente que sim ao aumento de membros na mesa.
Ela sentou-se, ajeitou a mala e o chapéu na cadeira vaga, tirou os óculos escuros e com as mãos soltou o cabelo, refrescando os ombros.
- Eu trouxe-os aos dois aqui hoje... - disse - ahahaha sempre quis fazer isso, tenho que experimentar esta num elevador com pessoal que não conheça.
- Eu vou-me casar contigo com tanta força...
- Hey! Hey! Hey! calma, primeiro quero sexo, que ninguém compra um carro sem ver se... o que se passa homem? tás com cara de...
- Enterro?
- Não...
- Batizado?
- Não! está com cara de... de... Pargo!
- Pargo?????
- Sim, ontem no marcado tava lá um pargo com uma cara tão infeliz... mas um infeliz tipo ausente, de quem está meio anestesiado... o que se passa?
Fitou o amigo, este anuiu positivamente.
- Espera, já contas... acenou ao empregado apontando para uma das cervejas sobre a mesa. - já podes, mas esmera-te! quero isso bem contado!
- Em que sentido? detalhes ou líricos?
- Ambos! quero que me contes como se eu usar o vestido vermelho que tu gostas fosse dependente disso...
- Eu não estou bem... vocês os dois... não estão a ajudar...
- Ok ok... vamos lá.. .deixa-me ver...
Olhou para o amigo, fitou-a, olhou para o amigo, fitou-a e sorriu.
- Como se tivesse renascido outra vez. Viu-a sentada na mesa do café e esse momento quase que o viu em câmara lenta, pelo menos depois, tentou recorda-lo assim muitas vezes.
Voltou a esse mesmo café vários dias, umas vezes encontrava-a lá, outras não. Umas vezes ela sorria-lhe de volta e outras... era como se não tivesse sequer reparado que estava ali... mas quando o fazia, quando o rosto dela se abria, iluminava quando chegava... tudo estava bem, tudo era bom bonito e belo...
- Aaawww
- Os meses passaram, não a tinha voltado a ver, demasiado tempo sem a ver. Os meses tornaram-se anos e um dia, sem que a tivesse no pensamento, diria até que estava distraído... Sentou-se na mesa de sempre, no sitio do costume e uma mala caiu-lhe da cadeira da mesa ao lado aos seus pés. Como num filme, ao apanhar a mala ficou preso no pé, subiu-lhe pela perna, pelo vestido, o corpo, o decote voluptuoso-so e...
- Ca exagero...
- EU É QUE TOU A CONTAR A HISTÓRIA!! ... dizia, subiu-lhe pelo decote para o pescoço e para sua surpresa, o rosto que encontrou foi o dela...
- Ok... boa introdução... continua...
- De um agradecimento por lhe apanhar a mala a conversa tornou-se fácil, veloz. No dia seguinte trocaram sorrisos e cumprimentos, uns dias depois ela convidou-o para a sua mesa e...
- Chupou-o logo ali...
- Também tu? não me basta este gajo a gozar comigo, também tu? a sério? eh pá, casa-te com ele foram feitos um para o outro!
- Posso continuar?- disse fechando o punho na direcção dela, ao qual ela de punho fechado respondeu. - dizia...
- Ela chup...
- Ela convidou-o para a mesa dela e para o seu mundo... e isto está a demorar imenso tempo...
- Não! estou a gostar! estás a marcar pontos comigo... gosto quando te desfazes assim em palavras...
- Ele está no gozo... e está-me a doer mais...
- Eu vou-me despachar! prometo!... Ele mais tarde beijou-a sem aviso, ela gostou e pediu encore, ele...
- Encorou-a toda...
- Foda-se tu és uma gaja terrivel!
- Eu sei...continua.
- Ele foi-se perdendo, enamorando, foi ficando pelos lados dela, apaixonando-se.
- Aaawww, uma cena platónica que se tornou real... giro...
- E ela...
- ELA NÃO SE CALA FODA-SE! EU NÃO AGUENTO MAIS!!! ela tá sempre sempre sempre sempre seeeempre a falar, ela fala de manhã quando acorda, fala quando se deita, quer adormecer a falar, ela fala-me antes do sexo, FALA-ME DURANTE O SEXO! liga-me depois de estar comigo, ela liga-me antes de estar comigo... ela envia-me mensagens.. ela pergunta-me o quê que eu tenho e não aceita um nada... ela fala e fala e... - levou o rosto ás mãos novamente...
- Conto eu ou contas tu?
- Foda-se...
- Ok, conto eu... ela... ele estava já saturado e...
- Porquê que não acabou com ela? sei que é triste quando um sonho morre... mas caramba...
- Ela está com o período atrasado.
...
Fitaram-se em silêncio. Semblantes sérios e carregados.
Ela mordeu o lábio, afagou o cabelo do amigo destroçado de mãos na cabeça. Fitou o seu cúmplice e desviou os olhos, ia-se rir.
Ele tentou não se rir, não olhar para ela por respeito ao drama do amigo mas estava a ficar complicado suster.
Subitamente o infeliz, o pobre coitado... o pai da criança levantou-se das mãos, de olhos bem esbugalhados.
- O que foi?
- Estás bem?
- Eh pá... e se o puto sai à Mãe... se o puto sai à Mãe e não se cala?
Levantaram-se os dois, ela deu-lhe um beijo no rosto, ele bateu-lhe com a mão no ombro, disseram-lhe que voltavam em 5 minutos, era uma questão de respeito.
Saíram da esplanada, contornaram o prédio do café, olharam um para o outro e juntos choraram a rir.
Um sim baixinho deu assentimento à sugestão.
- Show me that river... and take me across... and watch aaaaaall my troubles aaaawwway...
Levantou o rosto das mãos olhou para o amigo.
- Estás a fazer?
- Achei pertinente... é do Louis Armstrong - That Lucky Old Sun... olha, aquela... não é a...
Poucos metros da esplanada onde estavam, vestido de primavera e fedora de palha da qual escorria um ondulado e inconfundível cabelo castanho claro, enquadrando-lhe o rosto onde óculos deslizaram para a ponta do nariz para os fitar quando os reconheceu sentados.
- Saudações! - levantou a mão, acenando.
- Estás uma visão... juro que se não tivesse um jantar cinema café contigo para sexta...
- Assediavas-me ate te dizer que sim por cansaço
- Amo-te...
- ahahaha primeiro o Jantar, depois vemos isso - deu-lhe um beijo demorado no rosto que arrastou saltitando com os lábios pela cara até à boca.
- Sabes bem... posso-me sentar? estou cheia de sede...
- Por mim - olhou para o combalido amigo que como se acordasse acenou efusivamente que sim ao aumento de membros na mesa.
Ela sentou-se, ajeitou a mala e o chapéu na cadeira vaga, tirou os óculos escuros e com as mãos soltou o cabelo, refrescando os ombros.
- Eu trouxe-os aos dois aqui hoje... - disse - ahahaha sempre quis fazer isso, tenho que experimentar esta num elevador com pessoal que não conheça.
- Eu vou-me casar contigo com tanta força...
- Hey! Hey! Hey! calma, primeiro quero sexo, que ninguém compra um carro sem ver se... o que se passa homem? tás com cara de...
- Enterro?
- Não...
- Batizado?
- Não! está com cara de... de... Pargo!
- Pargo?????
- Sim, ontem no marcado tava lá um pargo com uma cara tão infeliz... mas um infeliz tipo ausente, de quem está meio anestesiado... o que se passa?
Fitou o amigo, este anuiu positivamente.
- Espera, já contas... acenou ao empregado apontando para uma das cervejas sobre a mesa. - já podes, mas esmera-te! quero isso bem contado!
- Em que sentido? detalhes ou líricos?
- Ambos! quero que me contes como se eu usar o vestido vermelho que tu gostas fosse dependente disso...
- Eu não estou bem... vocês os dois... não estão a ajudar...
- Ok ok... vamos lá.. .deixa-me ver...
Olhou para o amigo, fitou-a, olhou para o amigo, fitou-a e sorriu.
- Como se tivesse renascido outra vez. Viu-a sentada na mesa do café e esse momento quase que o viu em câmara lenta, pelo menos depois, tentou recorda-lo assim muitas vezes.
Voltou a esse mesmo café vários dias, umas vezes encontrava-a lá, outras não. Umas vezes ela sorria-lhe de volta e outras... era como se não tivesse sequer reparado que estava ali... mas quando o fazia, quando o rosto dela se abria, iluminava quando chegava... tudo estava bem, tudo era bom bonito e belo...
- Aaawww
- Os meses passaram, não a tinha voltado a ver, demasiado tempo sem a ver. Os meses tornaram-se anos e um dia, sem que a tivesse no pensamento, diria até que estava distraído... Sentou-se na mesa de sempre, no sitio do costume e uma mala caiu-lhe da cadeira da mesa ao lado aos seus pés. Como num filme, ao apanhar a mala ficou preso no pé, subiu-lhe pela perna, pelo vestido, o corpo, o decote voluptuoso-so e...
- Ca exagero...
- EU É QUE TOU A CONTAR A HISTÓRIA!! ... dizia, subiu-lhe pelo decote para o pescoço e para sua surpresa, o rosto que encontrou foi o dela...
- Ok... boa introdução... continua...
- De um agradecimento por lhe apanhar a mala a conversa tornou-se fácil, veloz. No dia seguinte trocaram sorrisos e cumprimentos, uns dias depois ela convidou-o para a sua mesa e...
- Chupou-o logo ali...
- Também tu? não me basta este gajo a gozar comigo, também tu? a sério? eh pá, casa-te com ele foram feitos um para o outro!
- Posso continuar?- disse fechando o punho na direcção dela, ao qual ela de punho fechado respondeu. - dizia...
- Ela chup...
- Ela convidou-o para a mesa dela e para o seu mundo... e isto está a demorar imenso tempo...
- Não! estou a gostar! estás a marcar pontos comigo... gosto quando te desfazes assim em palavras...
- Ele está no gozo... e está-me a doer mais...
- Eu vou-me despachar! prometo!... Ele mais tarde beijou-a sem aviso, ela gostou e pediu encore, ele...
- Encorou-a toda...
- Foda-se tu és uma gaja terrivel!
- Eu sei...continua.
- Ele foi-se perdendo, enamorando, foi ficando pelos lados dela, apaixonando-se.
- Aaawww, uma cena platónica que se tornou real... giro...
- E ela...
- ELA NÃO SE CALA FODA-SE! EU NÃO AGUENTO MAIS!!! ela tá sempre sempre sempre sempre seeeempre a falar, ela fala de manhã quando acorda, fala quando se deita, quer adormecer a falar, ela fala-me antes do sexo, FALA-ME DURANTE O SEXO! liga-me depois de estar comigo, ela liga-me antes de estar comigo... ela envia-me mensagens.. ela pergunta-me o quê que eu tenho e não aceita um nada... ela fala e fala e... - levou o rosto ás mãos novamente...
- Conto eu ou contas tu?
- Foda-se...
- Ok, conto eu... ela... ele estava já saturado e...
- Porquê que não acabou com ela? sei que é triste quando um sonho morre... mas caramba...
- Ela está com o período atrasado.
...
Fitaram-se em silêncio. Semblantes sérios e carregados.
Ela mordeu o lábio, afagou o cabelo do amigo destroçado de mãos na cabeça. Fitou o seu cúmplice e desviou os olhos, ia-se rir.
Ele tentou não se rir, não olhar para ela por respeito ao drama do amigo mas estava a ficar complicado suster.
Subitamente o infeliz, o pobre coitado... o pai da criança levantou-se das mãos, de olhos bem esbugalhados.
- O que foi?
- Estás bem?
- Eh pá... e se o puto sai à Mãe... se o puto sai à Mãe e não se cala?
Levantaram-se os dois, ela deu-lhe um beijo no rosto, ele bateu-lhe com a mão no ombro, disseram-lhe que voltavam em 5 minutos, era uma questão de respeito.
Saíram da esplanada, contornaram o prédio do café, olharam um para o outro e juntos choraram a rir.
domingo, 26 de maio de 2013
FILME DO ANO! - e só vi o trailer...
Passo a explicar o porquê:
1- Tem o Jay Jay Levitt - sempre interessante
2-
Promissor
3 -
Vendido! (e abençoado seja )
4 - They give awards for porn too..
5- Tony Danza
6- A cena no fim do trailer- que quem conduz... admitam, já vos aconteceu.
7- Marky Mark, good vibrations... WIN!.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
Eu Sei - Ballerina
Reconheceu-a, sorriu e mudou de direcção para a cumprimentar.
Ela levantou-lhe a mão para esperar, sentou-se no muro e poisou a mão ao seu lado, para que ele se sentasse ali.
- Fica aqui um pouco comigo, já falamos.
- Nem um beijo primeiro?
- Nem um beijo primeiro.
Sentou-se, enroscou o seu braço no dele.
- Vamos ficar aqui um bocado ok? deixar o tempo passar enquanto está sol...
- Como quiseres...
Suspirou, encostou a cabeça no ombro dele.
- Não te parece que o passado mesmo distante está às vezes perto demais?
- Se calhar o tempo passa é depressa, nem temos tempo de mudar de música, mas até que gosto de recordações.
- Eu odeio, odeio quando são apenas isso.
- Nunca são apenas isso... acho eu... deixa-me pensar...
- Força, não tenho pressa, e está-me a saber bem o sol e o teu ombro.
- Aqui por estes lados, saboreia-se o teu cheiro... aviva-me memórias e recordações... boas, dai se conclui que as recordaç...
- Não, ainda não tens razão, pensa lá mais um bocadinho na coisa e depois dá-me um feeback em condições.
Fez-lhe uma festa no rosto, Beijou-a sobre o cabelo, concentrou-se num cacilheiro que se arrastava rio fora para a margem sul.
Desencostou-se dele, bateu com a palma das mãos nas pernas
- Então? a conclusão chegaste?
- Ser crescido não tem graça.
- Morreram-te os sonhos todos... e não ficaste comigo... é triste... ao menos tens recordações para...
- Ah... Ah... não. Lá no fundo, as recordações que tenho mais ou menos aqui contigo, não há muito tempo atrás
- Cinco anos é muito tempo?
- Não, mas dizia...
- Dizias...
- Estava dizendo... essas mesmas recordações ainda tão perto, ainda são parte do meu Eu actual, ainda te qualificam como uma identidade continua.
- Awww isso é uma declaração? podias ter sido ligeiramente mais claro... digo eu.
- Bitch, u its fine?
- Sabes tão bem como me por quente... e agora?
- Depende, onde ias?
- À papelaria do CCB comprar umas canetas, depois ia beber um chá para a esplanada, porquê? o que estás tu fazendo aqui em Belém homem?
- Vim deixar uns livros a um amigo, tomamos café e agora ia-me embora...
- Que livros?
- Técnicos, um thriller entusiasmante sobre termos técnicos e o Gatsby, para o gajo ler antes de ver o filme.
- E agora?
- Agora? como nas imortais palavras de Van Morrison... "... all you gotta do is ring the bell... and stounuiwnrw oh uuuiweruniyw... I saw the ridiniubqwribysbfibwwogubau ooohh oohh Ballerina..."
- Boa escolha!
Levantou-se do muro, colocou-se à frente dela, sorriu.
Ela colocou os braços nos ombros e esperou que lhe segurasse a cintura.
Levantou-a, segurando-a no ar...
Deixou-a tocar suave no chão, mas não a largou.
- Aviso: se fizeres o que acho que vais fazer a seguir... há consequências, espero bem que tenhas...
Beijou-a.
- Eu sei.
Beijou-o
- Estás tão fodido comigo
- Eu sei.
Nota - Traduzindo do Van Morrison para o inglês:
All you gotta do
Is ring a bell
Step right up, step right up
And step right up
Ballerina
Crowd will catch you
Fly it, sigh it, try it
Well, I may be wrong
But something deep in my heart tells me Im right and I dont think so
You know I saw the writing on the wall
When you came up to me
Child, you were heading for a fall
But if it gets to you
And you feel like you just cant go on
All you gotta do
Is ring a bell
Step right up, and step right up
And step right up..
...Just like a ballerina
Ela levantou-lhe a mão para esperar, sentou-se no muro e poisou a mão ao seu lado, para que ele se sentasse ali.
- Fica aqui um pouco comigo, já falamos.
- Nem um beijo primeiro?
- Nem um beijo primeiro.
Sentou-se, enroscou o seu braço no dele.
- Vamos ficar aqui um bocado ok? deixar o tempo passar enquanto está sol...
- Como quiseres...
Suspirou, encostou a cabeça no ombro dele.
- Não te parece que o passado mesmo distante está às vezes perto demais?
- Se calhar o tempo passa é depressa, nem temos tempo de mudar de música, mas até que gosto de recordações.
- Eu odeio, odeio quando são apenas isso.
- Nunca são apenas isso... acho eu... deixa-me pensar...
- Força, não tenho pressa, e está-me a saber bem o sol e o teu ombro.
- Aqui por estes lados, saboreia-se o teu cheiro... aviva-me memórias e recordações... boas, dai se conclui que as recordaç...
- Não, ainda não tens razão, pensa lá mais um bocadinho na coisa e depois dá-me um feeback em condições.
Fez-lhe uma festa no rosto, Beijou-a sobre o cabelo, concentrou-se num cacilheiro que se arrastava rio fora para a margem sul.
Desencostou-se dele, bateu com a palma das mãos nas pernas
- Então? a conclusão chegaste?
- Ser crescido não tem graça.
- Morreram-te os sonhos todos... e não ficaste comigo... é triste... ao menos tens recordações para...
- Ah... Ah... não. Lá no fundo, as recordações que tenho mais ou menos aqui contigo, não há muito tempo atrás
- Cinco anos é muito tempo?
- Não, mas dizia...
- Dizias...
- Estava dizendo... essas mesmas recordações ainda tão perto, ainda são parte do meu Eu actual, ainda te qualificam como uma identidade continua.
- Awww isso é uma declaração? podias ter sido ligeiramente mais claro... digo eu.
- Bitch, u its fine?
- Sabes tão bem como me por quente... e agora?
- Depende, onde ias?
- À papelaria do CCB comprar umas canetas, depois ia beber um chá para a esplanada, porquê? o que estás tu fazendo aqui em Belém homem?
- Vim deixar uns livros a um amigo, tomamos café e agora ia-me embora...
- Que livros?
- Técnicos, um thriller entusiasmante sobre termos técnicos e o Gatsby, para o gajo ler antes de ver o filme.
- E agora?
- Agora? como nas imortais palavras de Van Morrison... "... all you gotta do is ring the bell... and stounuiwnrw oh uuuiweruniyw... I saw the ridiniubqwribysbfibwwogubau ooohh oohh Ballerina..."
- Boa escolha!
Levantou-se do muro, colocou-se à frente dela, sorriu.
Ela colocou os braços nos ombros e esperou que lhe segurasse a cintura.
Levantou-a, segurando-a no ar...
Deixou-a tocar suave no chão, mas não a largou.
- Aviso: se fizeres o que acho que vais fazer a seguir... há consequências, espero bem que tenhas...
Beijou-a.
- Eu sei.
Beijou-o
- Estás tão fodido comigo
- Eu sei.
Nota - Traduzindo do Van Morrison para o inglês:
All you gotta do
Is ring a bell
Step right up, step right up
And step right up
Ballerina
Crowd will catch you
Fly it, sigh it, try it
Well, I may be wrong
But something deep in my heart tells me Im right and I dont think so
You know I saw the writing on the wall
When you came up to me
Child, you were heading for a fall
But if it gets to you
And you feel like you just cant go on
All you gotta do
Is ring a bell
Step right up, and step right up
And step right up..
...Just like a ballerina
segunda-feira, 20 de maio de 2013
CAAAAMPEEEOONS!!!
Eu sei, eu sei, é um post repetitivo...
Mais uma alegria, mais uma vitória... (não, não me refiro à àguia que meus amigos... bazou do estádio antes do jogo com o Moreirense, presumo que foi direitinha - como eu - para a varanda da delegação do FêCêPê de Lisboa comemorar o 27 titulo)
Foi bom, docinho... docinho...
Para terminar deixo-vos com as palavras do grande, do único, do mítico, do poeta...
Paulinho Santos:
" Vimos o nosso rival festejar o nosso titulo na madeira... e isso foi bonito!"
Um grande bem haja a todos e pró ano há mais
Nota - Campeões também no Hoquei, Campeões no Andebol...
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Pensa nisso...
Abriu os braços para estalar as costas, entrou no duche e soltou um gemido panisga ao tocar na água ainda por aquecer.
Deixou-se ficar com a testa encostada à parede, com água a cair e a escorrer costas abaixo por longos minutos.
Abrandou a respiração, deixou-se levar, meio adormecer até se encontrar a pensar em nada.
E era tão bom...
Sentiu-se despertar um pouco e saiu do banho.
Vestiu-se devagar, olhou para o telemóvel- nada.
- já me respondias, mas ok.
Agarrou nas chaves de casa e saiu, ia aproveitar o sol para tomar o pequeno almoço na esplanada ao pé de casa.
Chegado ao hall de casa, inspeccionou-se para se certificar que não deixava nada fundamental em casa.
Fechou a porta de casa atrás de si e voltou a entrar - tinha-se esquecido dos óculos escuros.
Voltou a fechar a porta de casa atrás de si, estava tudo operacional e em condições de seguir viagem... era só por o cinto e podia descol...
Verificou se tinha o cinto das calças posto,checked.
Estava fresco no hall do prédio, questionou-se se ia apanhar frio.
Abriu o correio antes de sair a porta da rua, publicidade, publicidade, carta do banco, carta do seguro... olá! envelope só com o nome e morada escrito à mão... uma carta? ok, isto era uma novidade, já tinha material para ler no café.
Sentou-se bem ao sol, estava calor mas não queimava, era perfeito.
Abriu o jornal do café que tinha recolhido ao pé do balcão, a carta aguardava sobre a mesa.
Demorou-se sem pressas.
Na venezuela os imperalistas andavam a provocar uma escassez de papel higiénico, os Amaricanos continuavam... bem, esses são sempre uns retardados do caraças no que toca a politica, economicamente... devia começar a diversificar o seu portfólio de investimentos... se o tivesse.
Em Portugal casais homossexuais já podem co-adoptar criancinhas, oportunidade perfeita para enviar sms's aos amigos gajos a dizer- já podes adoptar! parabéns!.
(e receber como resposta- é uma proposta? se é... sim! estou tão feliz!)
Acabou o croassant, deu um último trago no sumo de laranja e fitou o envelope que aguardava a sua atenção.
Olhou para a letra - gaja, só pode.
Olhou para o carimbo dos correios no envelope e não decifrou a origem, teria sido uma boa pista.
Abriu.
"Hey tu..."
Sorriu ao reconhecer a expressão
" ...ainda te lembras de mim? confessa que não me reconheceste a letra à primeira.
Admite!
Admite porra!
És tão teimoso...
Não achas uma pena ninguém escrever cartas actualmente? tem o seu quê de nostálgico, romântico... aqui entre nós, acho muito muito mais pessoal., afinal, estou sentada a escrever-te, a fazer uma letra bonita e legível- não é uma indirecta à tua letra gatafunhada a partir da segunda linha quando deixas de te concentrar... não é uma indirecta porque é uma directa mesmo, é ridículo tu desenhares tão bem, escreveres tão bem e depois começas a escrever e... Odin seja piedoso, tenebroso!.
Estou sentada na minha secretária, engraçado que tenho aqui ao pé uma carta que me escreveste uns anos atrás em que começavas com uma citação do Cyrano de Bergerac - Se os beijos neste mundo viajassem... tu lias esta carta com os lábios- e eu ri-me... ri-me tanto... e beijei-te assim que te voltei a ver, beijei-te porque gosto do filme e... bem, tinhas-me levado a comer bolo de chocolate... esperto!.
Queres saber como estou vestida? podia ir já directa ao assunto que me leva a escrever-te, mas presumo... eu sei que visual como és, gostas da ideia de me saberes sentada na minha secretária, tenho um chá a fumegar, tenho a Here comes the Knight do Van Morrison a tocar de fundo - baby, baby, baby...they don't want this love to last...
Agora perguntas-me - mas isso não é como estás vestida...
E eu digo-te - não há roupa para descrever...
E tu ficas todo... uuuui..
Ok, é tanga, tou de jeans e camisola com gorro.
Sexy, eu sei...
E eu não sei, confesso, mesmo sendo uma gaja a dar para o esperta - tem dias, admito; não sei bem o que vai nessa tua mente neste instante.
Não sei bem o que te dizer, confesso-te também.
Mas seria parva não te dizer que vou fazer o que for preciso para... para que estas minhas palavras te façam sentido, para que me leias e percebas bem o que sinto, o que te quero dizer, o porquê desta carta e... medo, tenho um certo medo de não me conseguir expressar, não conseguir como tu ir directo ao assunto e fazer-te entender, fazer-te ver, deixar simples e... isto é um apelo, um desejo profundo que te faço com tudo o que sou, com tudo o que os anos construíram entre nós...
Desculpa-me ser assim, desculpa-me se não conseguir...
Mas eu só tenho estas palavras para conseguir e receio tanto não ser capaz... e tu ai... onde estiveres agora... sem mim... longe... porra, eu queria conseguir, conseguir-te... tornar fácil...
Mas eu não sei...
E depois tu... nós, como será?
Oh, é que tu... foste tão simples, tão directo, perguntaste-me - Já viste o último episódio do Game of Thrones? o Jamie Lanister tá-se a tornar tão awesome... sempre jantamos sexta?
E eu...
Eu quanto ao Jamie... ele comeu a irmã! ok que não teve mais nenhuma gaja para além dela... mas empurrou o puto stark e... ok, tens razão, tá a ficar um gajo pelo qual começas a torcer.
Quanto a sexta, eu não faço ideia se consigo sair antes das 20h sexta, mas envio-te uma mensagem a confirmar,
E era isto, beijo."
Abriu e fechou os olhos a olhar para o papel, pediu a conta.
Virou a folha.
"P.S. 1 - Sei que ainda é terça, deves receber a carta quinta, mas lá para sexta deve-me apetecer Ravioli, pensa nisso.
P.S. 2 - eu estar de Jeans e Sweatshirt com gorro... não implica que tenha lingerie por debaixo, pensa nisso
P.S. 2.1 - Quer dizer, tenho embaixo, que a ganga... depois ficava toda assada e ninguém quer isso... pensa nisso
P.S. 2.1.1 - Não penses! pensa em mim gira e sexy com a pele macia... tenho uma reputação e imagem a manter
P.S. 2.1.1.1 - Pensa mas respeita-me! ou não...
P.S. 3 - Tou confusa, mas isto é giro, havemos de fazer isto mais vezes."
Deixou-se ficar com a testa encostada à parede, com água a cair e a escorrer costas abaixo por longos minutos.
Abrandou a respiração, deixou-se levar, meio adormecer até se encontrar a pensar em nada.
E era tão bom...
Sentiu-se despertar um pouco e saiu do banho.
Vestiu-se devagar, olhou para o telemóvel- nada.
- já me respondias, mas ok.
Agarrou nas chaves de casa e saiu, ia aproveitar o sol para tomar o pequeno almoço na esplanada ao pé de casa.
Chegado ao hall de casa, inspeccionou-se para se certificar que não deixava nada fundamental em casa.
Fechou a porta de casa atrás de si e voltou a entrar - tinha-se esquecido dos óculos escuros.
Voltou a fechar a porta de casa atrás de si, estava tudo operacional e em condições de seguir viagem... era só por o cinto e podia descol...
Verificou se tinha o cinto das calças posto,checked.
Estava fresco no hall do prédio, questionou-se se ia apanhar frio.
Abriu o correio antes de sair a porta da rua, publicidade, publicidade, carta do banco, carta do seguro... olá! envelope só com o nome e morada escrito à mão... uma carta? ok, isto era uma novidade, já tinha material para ler no café.
Sentou-se bem ao sol, estava calor mas não queimava, era perfeito.
Abriu o jornal do café que tinha recolhido ao pé do balcão, a carta aguardava sobre a mesa.
Demorou-se sem pressas.
Na venezuela os imperalistas andavam a provocar uma escassez de papel higiénico, os Amaricanos continuavam... bem, esses são sempre uns retardados do caraças no que toca a politica, economicamente... devia começar a diversificar o seu portfólio de investimentos... se o tivesse.
Em Portugal casais homossexuais já podem co-adoptar criancinhas, oportunidade perfeita para enviar sms's aos amigos gajos a dizer- já podes adoptar! parabéns!.
(e receber como resposta- é uma proposta? se é... sim! estou tão feliz!)
Acabou o croassant, deu um último trago no sumo de laranja e fitou o envelope que aguardava a sua atenção.
Olhou para a letra - gaja, só pode.
Olhou para o carimbo dos correios no envelope e não decifrou a origem, teria sido uma boa pista.
Abriu.
"Hey tu..."
Sorriu ao reconhecer a expressão
" ...ainda te lembras de mim? confessa que não me reconheceste a letra à primeira.
Admite!
Admite porra!
És tão teimoso...
Não achas uma pena ninguém escrever cartas actualmente? tem o seu quê de nostálgico, romântico... aqui entre nós, acho muito muito mais pessoal., afinal, estou sentada a escrever-te, a fazer uma letra bonita e legível- não é uma indirecta à tua letra gatafunhada a partir da segunda linha quando deixas de te concentrar... não é uma indirecta porque é uma directa mesmo, é ridículo tu desenhares tão bem, escreveres tão bem e depois começas a escrever e... Odin seja piedoso, tenebroso!.
Estou sentada na minha secretária, engraçado que tenho aqui ao pé uma carta que me escreveste uns anos atrás em que começavas com uma citação do Cyrano de Bergerac - Se os beijos neste mundo viajassem... tu lias esta carta com os lábios- e eu ri-me... ri-me tanto... e beijei-te assim que te voltei a ver, beijei-te porque gosto do filme e... bem, tinhas-me levado a comer bolo de chocolate... esperto!.
Queres saber como estou vestida? podia ir já directa ao assunto que me leva a escrever-te, mas presumo... eu sei que visual como és, gostas da ideia de me saberes sentada na minha secretária, tenho um chá a fumegar, tenho a Here comes the Knight do Van Morrison a tocar de fundo - baby, baby, baby...they don't want this love to last...
Agora perguntas-me - mas isso não é como estás vestida...
E eu digo-te - não há roupa para descrever...
E tu ficas todo... uuuui..
Ok, é tanga, tou de jeans e camisola com gorro.
Sexy, eu sei...
E eu não sei, confesso, mesmo sendo uma gaja a dar para o esperta - tem dias, admito; não sei bem o que vai nessa tua mente neste instante.
Não sei bem o que te dizer, confesso-te também.
Mas seria parva não te dizer que vou fazer o que for preciso para... para que estas minhas palavras te façam sentido, para que me leias e percebas bem o que sinto, o que te quero dizer, o porquê desta carta e... medo, tenho um certo medo de não me conseguir expressar, não conseguir como tu ir directo ao assunto e fazer-te entender, fazer-te ver, deixar simples e... isto é um apelo, um desejo profundo que te faço com tudo o que sou, com tudo o que os anos construíram entre nós...
Desculpa-me ser assim, desculpa-me se não conseguir...
Mas eu só tenho estas palavras para conseguir e receio tanto não ser capaz... e tu ai... onde estiveres agora... sem mim... longe... porra, eu queria conseguir, conseguir-te... tornar fácil...
Mas eu não sei...
E depois tu... nós, como será?
Oh, é que tu... foste tão simples, tão directo, perguntaste-me - Já viste o último episódio do Game of Thrones? o Jamie Lanister tá-se a tornar tão awesome... sempre jantamos sexta?
E eu...
Eu quanto ao Jamie... ele comeu a irmã! ok que não teve mais nenhuma gaja para além dela... mas empurrou o puto stark e... ok, tens razão, tá a ficar um gajo pelo qual começas a torcer.
Quanto a sexta, eu não faço ideia se consigo sair antes das 20h sexta, mas envio-te uma mensagem a confirmar,
E era isto, beijo."
Abriu e fechou os olhos a olhar para o papel, pediu a conta.
Virou a folha.
"P.S. 1 - Sei que ainda é terça, deves receber a carta quinta, mas lá para sexta deve-me apetecer Ravioli, pensa nisso.
P.S. 2 - eu estar de Jeans e Sweatshirt com gorro... não implica que tenha lingerie por debaixo, pensa nisso
P.S. 2.1 - Quer dizer, tenho embaixo, que a ganga... depois ficava toda assada e ninguém quer isso... pensa nisso
P.S. 2.1.1 - Não penses! pensa em mim gira e sexy com a pele macia... tenho uma reputação e imagem a manter
P.S. 2.1.1.1 - Pensa mas respeita-me! ou não...
P.S. 3 - Tou confusa, mas isto é giro, havemos de fazer isto mais vezes."
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Mágia nos descontos
Há momentos que o futebol nos dá que são simplesmente extraordinários.
Podia fazer um post sobre o fim de semana passado, sobre o clássico e o golo do Kelvin que foi tão bom, tão delicioso... tão docinho...
Mas eu não sou gajo de bazofia, só falo depois de conquistar as coisas - e raramente gozo com quem perdeu - e vencer um jogo não me chega, nem vitórias morais, vamos a Paços para ganhar, para ser campeões.
Mas o post de hoje é sobre um momento fantástico que quero partilhar, mulherio que não sois do futebol, tende paciência que vale a pena.
Jogava-se o acesso à final de promoção para a Premier league inglesa.
Watford em casa precisava de um golo e sofreu um penalti contra no minuto 94- duvidoso.
E isto aconteceu.
Querem ver o lance?
Podia fazer um post sobre o fim de semana passado, sobre o clássico e o golo do Kelvin que foi tão bom, tão delicioso... tão docinho...
Mas eu não sou gajo de bazofia, só falo depois de conquistar as coisas - e raramente gozo com quem perdeu - e vencer um jogo não me chega, nem vitórias morais, vamos a Paços para ganhar, para ser campeões.
Mas o post de hoje é sobre um momento fantástico que quero partilhar, mulherio que não sois do futebol, tende paciência que vale a pena.
Jogava-se o acesso à final de promoção para a Premier league inglesa.
Watford em casa precisava de um golo e sofreu um penalti contra no minuto 94- duvidoso.
E isto aconteceu.
Querem ver o lance?
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Doente
Tossiu e abriu a porta.
- O quê que... coff... oh deus... estás aqui a fazer?
Ela sorriu, levantou o saco castanho de papel e entrou.
- Trouxe-te bolos! bolos e remédios... estás assim há dias e sendo retardado como és... aposto que não estás a tomar nada para isso.
- Achas? era bueda...
- "Bueda gay tomar remédios, macho não toma remédios é gay, bueda gay.."
- Eu não falo assim... oh foda-se, eu tou a falar assim... anda, anda para a sala... que bolos é que me trouxeste???
Já vou, sortido húngaro, coelhinhos de sortido húngaro, deixa-me poisar a mala e o casaco no teu... o que é aquilo ao lado da tua cama? O quê que aconteceu para...
- Aquilo o quê? o papel higiénico?
- Sim... oh... NOJO!
- Nojo? não... pera, não... NÃO! não é isso, já não tenho quatorze anos! não é disso, é ranho e gosma... a sério!! não te vás embora...olha vês? é amarelo aqui dentro... quer dizer... esverdeado, o amarelo deve ser pelas pastilh... volta aqui... eh pá, ao menos deixa-me os coelhinhos! coff coff...
COFF COFF COFF coff coff cofoda-secaralhoporra coff coff...
Coff...
...porra eu tou doente!
- O quê que... coff... oh deus... estás aqui a fazer?
Ela sorriu, levantou o saco castanho de papel e entrou.
- Trouxe-te bolos! bolos e remédios... estás assim há dias e sendo retardado como és... aposto que não estás a tomar nada para isso.
- Achas? era bueda...
- "Bueda gay tomar remédios, macho não toma remédios é gay, bueda gay.."
- Eu não falo assim... oh foda-se, eu tou a falar assim... anda, anda para a sala... que bolos é que me trouxeste???
Já vou, sortido húngaro, coelhinhos de sortido húngaro, deixa-me poisar a mala e o casaco no teu... o que é aquilo ao lado da tua cama? O quê que aconteceu para...
- Aquilo o quê? o papel higiénico?
- Sim... oh... NOJO!
- Nojo? não... pera, não... NÃO! não é isso, já não tenho quatorze anos! não é disso, é ranho e gosma... a sério!! não te vás embora...olha vês? é amarelo aqui dentro... quer dizer... esverdeado, o amarelo deve ser pelas pastilh... volta aqui... eh pá, ao menos deixa-me os coelhinhos! coff coff...
COFF COFF COFF coff coff cofoda-secaralhoporra coff coff...
Coff...
...porra eu tou doente!
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Herança da Ex
Ah-ah! pensavam que ia fazer piadas com herpes, clamídia ou um hipotético puto que tivesse feito na ex que depois tinha nascido com traços asiáticos mas eu pensava que era meu à mesma e...
Não, não vou fazer piadas... era incapaz de brincar com isso
(acabei de fazer)
A herança da Ex, proveniente do seu lado maléfico de sempre que entravamos num taxi a madame meter conversa com o sr motorista sempre com a mesma pergunta e depois ficar calada para eu fazer conversa quer quisesse ou não...
...é sempre que entro num taxi depois de dizer para onde quero ir, só pela piada de o fazer, principalmente quando vou acompanhado pela reacção de wtf de quem vai comigo perguntar...
" atão o nosso fifica? aquele Matic..."
E depois fazer um amigo para vida.
Nota - Para quem está muito muito distraído e nem reparou no nome do blog- é uma pista -Eu sou do FC Porto...
Não, não vou fazer piadas... era incapaz de brincar com isso
(acabei de fazer)
A herança da Ex, proveniente do seu lado maléfico de sempre que entravamos num taxi a madame meter conversa com o sr motorista sempre com a mesma pergunta e depois ficar calada para eu fazer conversa quer quisesse ou não...
...é sempre que entro num taxi depois de dizer para onde quero ir, só pela piada de o fazer, principalmente quando vou acompanhado pela reacção de wtf de quem vai comigo perguntar...
" atão o nosso fifica? aquele Matic..."
E depois fazer um amigo para vida.
Nota - Para quem está muito muito distraído e nem reparou no nome do blog- é uma pista -Eu sou do FC Porto...
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Detalhes
(faxavor de colocar a tocar o vídeo ao fim do texto aquando da leitura do mesmo)
O plano era simples - entregar-se à bebida.
Tacteava os dedos sobre a mesa no silêncio de não ter mais ninguém à sua volta para torturar.
Uma sala cinza com o fumo onde dançavam ao centro um ritmo de contrabaixo vibrante e rápido, um trompete meio selvagem perdia-se em devaneios rodeando uma voz de mulher meio rouca que fazia todo o sentido a rematar o conjunto.
Sentia o cabelo a ficar branco enquanto vasculhava com o olhar pelas pessoas na sala à sua volta sem mexer a cabeça, apenas os olhos.
Bateu com o maço sobre o tampo uma, duas vezes e acendeu um cigarro.
Do outro lado da sala, sozinha numa mesa encontrou-a, foi capturado ao passar o olhar. Parou primeiro no ombro, subiu-lhe para o rosto e ficou-se por ali, fitou-a vestida de vermelho por uns instantes até que ela o encontrou.
Ela retribuiu-lhe a atenção e acrescentou-lhe um sorriso, acenou-lhe a cadeira vazia à sua frente na mesa onde estava em convite que ele acedeu.
Atravessou a sala contornando a pista de dança confiante e seguro, desatento diria que era a reencarnação do Paul Newman que avançava de fato cinza e gravata, alguém mais atento diria que puxava mais ao Macqueen.
Ironia do destino, ele era mesmo fã era do Bogard, mas isso eram detalhes.
Sentou-se, ela sorriu.
- Agradeço, não sei se da cor do vestido, se da cadeira vazia, vocês homens habituaram-se a acreditar que é uma bênção interromperem-me os pensamentos com gracejos, como se não fosse minha opção estar aqui sozinha. E é tão cansativo...dá-me lume?
Inclinou-se, deixando-a inspirar.
Ela agradeceu e reclinou-se na cadeira, apoiando o cotovelo sobre a mesa e sorriu.
- O que o trás aqui hoje? não me recordo de o ver por cá.
- Respondo-lhe que é a música mas mentiria, pelo menos parcialmente.
- Afogar fantasmas?
- Entreter os fantasmas, afinal, é vinho e não cerveja - acenou-lhe com o copo.
- Boa escolha, curiosa... pergunto-lhe, se fosse whiskey?
- Estaria perdido no Bounce da pista.
- Vou ver se não me esqueço de lhe mudar a bebida... engraçado, convidei-lhe para encaixar-mos o silêncio na mesma mesa e dissuadir corajosos que me dão cabo da paciência e no entanto ainda não me calei e... - inclinou-se sobre a mesa - parece-me que enciumei as duas senhoras que estavam naquela mesa ali atrás, diga-me, qual é o seu segredo?
- Quer que conte e lhe diga quantos homens nesta sala prendidos no intervalo do tecido da racha do seu vestido?
- Não me responde à pergunta que lhe fiz... mas pode ser um começo, como acha que isto termina?
- Parece-me óbvio.
- Verbalize, gosto de palavras e depois preencher o resto por mim.
- Acaba consigo a pedir-me lume novamente mas já sem esse vestido... e não daqui a muito tempo, afinal... já estão no segundo encore.
Ela sorriu, acenou e pediu a conta.
-
Para dar ambiente à coisa
sexta-feira, 3 de maio de 2013
A puta da idade bateu-me...
...Ao ver o cartaz do sudoeste e reparar que o Fat Boy Slim já não é cabeça de cartaz e agora parece em letras pequenas no meio de um porradão de bandas das quais nunca ouvi falar mas que os putos da cena gostam.
Sou tomado pelo pensamento esmagador que estou velho, não por pensar que sou do tempo em que ele era cabeça de cartaz...
Mas porque sou do tempo em que o Fat Boy Slim era o Norman Cook dos Housemartins...
Sou tomado pelo pensamento esmagador que estou velho, não por pensar que sou do tempo em que ele era cabeça de cartaz...
Mas porque sou do tempo em que o Fat Boy Slim era o Norman Cook dos Housemartins...
Tou velho.
Devia comprar um barco.
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