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"segurava no filho pela mão. era o seu primeiro, o primogénito, o herdeiro...
subiram pela encosta, ingreme e dificil. Dentro dos seus passos pequenos e limitados não esmoreceu, abrandou ou deu sinais de querer desistir, sentia-se orgulhoso, de tão pequeno e tão determinado em o acompanhar.
finalmente o cume, o topo da montanha. sentaram-se lado a lado exaustos, orgulhosamente exaustos.
debaixo dos seus pés todo o vale tão pequeno, tão infinito e pequeno diante de pai e filho no topo da montanha...
- Meu filho -disse após um longo silêncio - tudo o que vês, todo este vale e para além deste, depois do rio, as colinas douradas pelo sol, o bosque negro que se perde da vista dos homens, tudo isto meu filho... tudo o que vês e para alem disso... nada disso vai ser teu..."
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