terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Living on a Prayer
Queria escrever algo simpático em homenagem ao João e à Andreia que fizeram nove anos de namoro mas fico preso ao imaginar o que seriam nove anos de namoro com a ex, que nem um mês conseguiu aguentar sem iniciar as suas patifarias... provavelmente nesta altura já me teria gamado um rim... (de mal o menos, ainda teria outro e eu gosto mesmo é do pancreas...)
Também poderia fazer uma piada fácil com o facto de o João actualmente ter muito menos cabelo, sofrer de taquicardia compulsiva e conseguir que vá de gatas ao frigorifico buscar-me uma cerveja quando ameaço contar uma tanga qualquer à namorada...
Nove anos é muito tempo, ou como o FC Porto chama - sete campeonatos, uma taça uefa, uma liga dos campeões, um campeonato do mundo de clubes...etc... ou no caso do benfica e do sporting - Um torneio do Guadiana...
Imaginar nove anos com alguém... Imaginar não é o dificil quando se escolhe bem o alguém com quem se imagina - principalmente quando esse alguém não é ruim ao ponto de não recearmos que nos game um rim, já que tudo o que nos fez, apesar de criativo admito foi mesmo só naquela de não estar a dar nada melhor na televisão ou Born evil always evil... ou para finalizar a minha favorita - I'm So booooooooooored
Nove anos sem sentido de humor... sem segurança de não nos mentirem por maldade - ou apenas porque sabem que confiamos e podem, sem termos alguem que não nos julgue ou ataque e culpabilize de tudo incluindo o aquecimento global e o conflito do médio oriente.
Apocalipse Now parece uma comédia romântica...
Nove anos é magnifico, admito que invejo, afinal, todos temos sonhos... fantasias... eu tenho os meus sonhos e fantasias... três deles são quase legais - não fossem umas estúpidas leis de protecção aos animais...
resumindo e finalizando:
Não é para onde se vai ou como se vai, e com quem e com que vontade se faz a viagem.
"...She says: We've got to hold on to what we've got
'Cause it doesn't make a difference if we make it or not.
We've got each other and that's a lot for love -
We'll give it a shot.
We're half way there - Livin' on a prayer
Take my hand and we'll make it
I swear - livin' on a prayer..."
Ao João e à Andreia... Os meus sentidos e sinceros Parabêns
Nota - não é facil encontrar quem tenha coragem de fazer uma viagem de nove anos ou mesmo de um ano e meio... ok, trinta minutos já era o suficiente, mas é bom sonhar e procurar alguém que se disponha, que seja sincera e diga - Até os comemos carago!, nos agarre na mão sem recearmos acordar com um orgão a menos.
É bom imaginar nove anos com alguém assim - tipo Claudia black, Jennifer Esposito, Matt Damon...
Já que estou a sonhar... eu queria um ponei.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Iria doer muito...
"...You're black eyed soul
You should know
That theres nowhere else to go
My black eyed boy
You will find
Your own space and time.."
black eyed soul.
Abriu o armário com receio. tinha acima de tudo receio do que podia encontrar enquanto estava à procura. tropeçar em fragmentos do passado pelo meio e divagar sobre estes... porra, eram somente uns bilhetes, cartas curtas e de pouco texto, coisas pequenas e frágeis que não arrumara e havia muito que não olhava para elas... eram os restos dela, da presença dela...
podia simplesmente agarrar numa pá e sem olhar atirar tudo para a fornalha...
podia tambem não ser masoquista e ser um gajo esperto o que teria dado para evitar esta ansiedade dolorosa por antecipação, mas isso já era pedir muita coisa.
não lhe bastava a dificuldade de em sitios, sitios por onde passava ser envadido por recordações boas mas tristes, saudade mas dolorosa saudade, agora era perseguido por essas mesmas emoções dentro do seu quarto.
não os leu enquanto os encontrava, juntou os manuscritos num monte e colocou-os sobre a cama.
respirou fundo e sentou-se ao lado do monte de papeis... mais uma vez porra, eram somente papeis! folhas de cadernos, pequenas notas, pequenas coisas que por acaso tinha guardado consigo...
sorriu ao pensar que provavelmente somente ele teria esta dificuldade ao olhar para o seu passado comum, ela de certeza que já tinha soltado esse lastro, e sem cerimónias ou este receio estúpido... mas enfim, era o que era e já não lutava contra si mesmo nestas coisas... aceitava e fosse o que fosse... (ou te casas comigo ou enforco-o... seja como for há festa!)
podia era não ser tão dificil...
olhou para dois postais, colónia... onde jogava o madsen... onde ela fora tropeçando e aniquilando a ideia de irem os dois juntos para outra viagem qualquer... estávam vazios, somente imagens...
foram faceis de por de lado.
preparou-se para a placagem, segurou com força a bola e deixou que o Chabal emocional o atingisse...
está a ser rápido pensou... e não esta a custar assim tanto afinal... meus senhores estamos de parabens! despachou os bilhetes, um natural e esperado aperto (suave aperto o que era bom) na garganta, alguma melancolia, mas nada de um vagalhão, nada que já não fosse o seu natural estado de espirito nos ultimos tempos...
faltava somente um para fechar o estaminé e podermos todos ir para casa com o sentimento de dever comprido.
este era diferente, pressentiu quando o segurou entre os dedos.
dobrado, dentro de um envelope improvisado com o seu nome escrito.
abriu o envelope com cuidado, com vagar. abriu a folha de caderno dobrada e sentiu-se prometeu diante de um fosforo, não era a chama eterna mas era parte desta... e tinha o poder de o esmagar, de o prender e dominar...
sinceramente tentou, tentou ler a carta, sabia que poderia perder o combate e não sobreviver ao confronto mas tentou mesmo assim - cyrano dizia que por ser em vão é que é belo... - mas antes de começar, de linha após linha da letra redonda saber estar a enterrar-se nas rápidas e implacáveis correntes do vazio... do vazio que fica a quem não vai embora.
tentou ler mas uma frase e somente uma o prendeu, uma fora o suficiente e tropeçara nela por acaso, mas era tudo o que havia para ler...
"nunca te separes de mim... iria doer muito"
ignorou o amo-te que se seguia, era somente essa frase, essa simples frase, essa... coisa... cruel.
era cruel.
durante uns largos minutos não sabia como pegar no bicho, leia-se a situação. não sabia o que pensar ou fazer.
havia a vontade de dizer - mas e se fores tu já podes? tá mal...
havia a vontade de perceber que personagem de ficção (ciêntifica) era esta que lhe escrevera uma carta apaixonada, numa folha de um caderno com uma letra redonda sobre uma prenda que lhe fizera pelos anos...
Romeiro romeiro quem és tu que me pedes para não te dar solidão?
tinha sido simpático ao tempo ter corrido veloz sobre o assunto e voltar a si de manhã, teria sido sem dúvida mais dramático para a situação, mas somente se tinham passado uns minutos... e como uns minutos chegavam para tudo mudar de rumo, de vida e disposição.
colocou de parte o envelope, guardou numa caixa o resto das cartas e coloco-a de molho entre outras várias caixas para outro dia. tinha a ideia que não se deitam fora sentimentos - pelo menos faz-se uma fogueira com eles, não só é mais dramático como é sempre hipnotizante o comsumir das coisas pelo fogo, como se renascessemos das cinzas do que queimámos - fenix Oldschool.
sobrava o envelope, imóvel sobre a cama como se nada fosse com ele, e então, num suspiro com força mas determinado, vestiu o casaco e colocou o manuscrito no bolso deste.
estava frio na rua, normal no mês de fevereiro. tranquilo e sem pressas caminhou para o carro.
sentou-se e ligou o rádio, não muito alto, não num posto em particular, somente pela companhia.
ligou o carro. refez mentalmente a lista de tudo o que precisava e se o tinha trazido.
estava tudo pronto, warp speed, weapons at maximum... era destravar o carro e comprir o combinado. o auto-combinado pois fora um pacto solitário.
retirou do bolso o envelope, fitou-o sem o abrir, sabia bem o que lá estava escrito não havia a necessidade de o abrir mais uma vez.
sorriu, sorriu maliciosamente e arrancou veloz.
primeira curva, segunda curva, terceira curva e meteu a quarta mudança, estava livre.
Livre de uma sombra que o seguia à tanto tempo por ter sido parvo e de boa vontade deixar-se levar por coisas... idiotas como pactos feitos num só sentido - como quando o irmão era novo e podia pedir as cartas todas sem que se lhe pudesse pedir reis ao peixinho - desses pactos mirambólicos que soam bem na ocasião desde que não haja chuva, faça sol e estejamos entre o meio dia e as quinze horas e meia do dia 30 de fevereiro.
estava livre, finalmente livre. era uma longa viagem até berlim, muitas horas, muitas horas sozinho para uma vida nova, para qualquer coisa que não isto que o rebentava dia após dia, direta após direta sem dormir, entregue aos seus pensamentos e às repetidas perguntas que fazia sem nunca ter resposta de quem as devia responder.
soltara todas as amarras do passado que agora finalmente era mesmo passado! eram ténues memórias que teria lá para trás na sua mente, depois das memórias da colecção de bollycaos que fez na quarta classe e de quando chegou ao fim do street fighter na mega drive pela primeira vez.
apenas levava consigo desses tempos - tempos idos de apenas meia hora atrás mas adiante, algo para não se esquecer nunca dos erros que cometera para nunca mais os fazer outra vez - ter boa memória não chega quando alcool, vitórias do porto e a claudia black o levavam a perder totalmente o discernimento.
era importante ter essa amarra ao passado, era importante não esquecer nunca o que se sofreu e o que se perdeu para não se ir novamente pelo mesmo caminho, era importante ter trazido o cacto consigo, era um amigo que tinha e lembrava-se sempre que o mudava de vaso... que as coisas que vêmos crescer e cuidamos também picam, afinal já o brel dizia que as rosas têem espinhos...
não se atiram papeis para o chão... vale mais parar o carro e meter-se no lixo!
notas - o cacto é real e chama-se rambo, sebastien chabal é um mágnifico e assustador jogador de rubgy francês, peter madsen é dinamarquês e joga no FC Koln de colónia, a música black eyed boy é do grupo texas, não comento o romeiro romeiro porque é impensável que alguém não o compreenda ou não saiba de onde surge essa referência!, fenix é uma ave mitológica que se acreditava renascer das cinzas e também o primeiro quadro que pintei no remoto ano de 1999, warp speed é uma referência à série e aos filmes Star treek, a citação "weapons at maximum" é uma piada da Série Stargate Sg-1 pois não faz o menor sentido dizer weapons at maximum mas fica fixe dize-lo, street fighter é de longe o melhor jogo de luta de sempre para consolas e a mega drive a melhor consola alguma vez criada, Cyrano de bergerac é um belissimo filme com gerard depardieu - pelo menos a citação a que me refiro pois cyrano existiu e escreveu um excelente livro, o Porto ganha sempre mas dá sempre pica - melhor clube do mundo na ultima decada só em nivel de titulos conquistados, prometeu roubou o fogo aos deuses (que não ficaram propriamente satisfeitos que ele o tivesse Palmado), a claudia black... eh pá... a claudia black, nenhum papel foi atirado para o chão na criação desta história, o papel existe realmente e a frase citada foi retratada fielmente à realidade actual - os factos não são pura coincidência, o jorge (irmão) realmente fazia batota ao peixinho e tinha essa regra estranha dos reis.
(Sebastian Chabal - ao centro na foto)
(Claudia Black)
"ou te casas comigo ou enforco-o... seja como for ha festa" - robin hood men in tights pelo grande prince john
FIM
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Nefertiti...
Hipnotizado. sentia-se hipnotizado, incapaz de desviar a atenção dos olhos azuis que o amarravam.
via-a ondular o corpo ao som da música à sua frente, as mãos dela soltaram o cabelo louro ondulado sobre os ombros bronzeados, partindo de seguida para para o seu pescoço, rodeando-o, puxando-o para si. sorriu, aproximou-se e beijou-o arrebantando-o. Se estava hipnotizado... rendia-se, sem condições "e de boa vontade".
Sentiu a lingua dela dentro da sua boca, suave mas determinada, voraz mas carinhosa... o cheiro doce do cabelo dela em seu redor, a tensão quando o corpo dela se comprimia contra si sem deixar de acompanhar a música...
era demais para conter, agarrou-a firme contra si, apertando-a na ânsia de a consumir e de algum modo aplacar a vontade que não havia forma de controlar.
Afastou-o. fitou-o, mordeu o lábio. tinha-o onde queria.
puxou-o pela mão para a praia, para longe da música de da multidão, queria-o para si e só para si. longe do mundo, longe de onde o pudesse perder.
- estás a pensar no quê agora? - perguntou-lhe enquanto percorria com o indicador o peito dele.
- ah... em ti...
- mentiroso! diz-me no que estás a pensar... e diz-me a verdade... mesmo que estejas a pensar noutra... quero saber o que estás a pensar...
- em ti... a sério...
- és tão mentiroso... não me contas nada... porquê que nunca me falas da tua ex? quero saber e não me contas...
- queres saber o quê da ex? não há nada a dizer...
fitou-o cruzando os braços - estou à espera, conta-me qualquer coisa...
- bem... ela dizia-me que queria que eu a tratasse com uma princesa... estava sempre a dizer-me isso... chegava a ser chata... um dia disse-lhe que não a ia tratar como uma princesa... ia tratá-la como uma rainha! uma rainha egypcia...
- e então?
- então nunca mais me chateou... agarrei nela, mumifiquei-a, enfiei-a numa caixa e enterrei-a no quintal...
Nefertiti (c. 1380 - 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egipto, esposa principal do faraó Amen-hotep IV, mais conhecido como Akhenaton
via-a ondular o corpo ao som da música à sua frente, as mãos dela soltaram o cabelo louro ondulado sobre os ombros bronzeados, partindo de seguida para para o seu pescoço, rodeando-o, puxando-o para si. sorriu, aproximou-se e beijou-o arrebantando-o. Se estava hipnotizado... rendia-se, sem condições "e de boa vontade".
Sentiu a lingua dela dentro da sua boca, suave mas determinada, voraz mas carinhosa... o cheiro doce do cabelo dela em seu redor, a tensão quando o corpo dela se comprimia contra si sem deixar de acompanhar a música...
era demais para conter, agarrou-a firme contra si, apertando-a na ânsia de a consumir e de algum modo aplacar a vontade que não havia forma de controlar.
Afastou-o. fitou-o, mordeu o lábio. tinha-o onde queria.
puxou-o pela mão para a praia, para longe da música de da multidão, queria-o para si e só para si. longe do mundo, longe de onde o pudesse perder.
- estás a pensar no quê agora? - perguntou-lhe enquanto percorria com o indicador o peito dele.
- ah... em ti...
- mentiroso! diz-me no que estás a pensar... e diz-me a verdade... mesmo que estejas a pensar noutra... quero saber o que estás a pensar...
- em ti... a sério...
- és tão mentiroso... não me contas nada... porquê que nunca me falas da tua ex? quero saber e não me contas...
- queres saber o quê da ex? não há nada a dizer...
fitou-o cruzando os braços - estou à espera, conta-me qualquer coisa...
- bem... ela dizia-me que queria que eu a tratasse com uma princesa... estava sempre a dizer-me isso... chegava a ser chata... um dia disse-lhe que não a ia tratar como uma princesa... ia tratá-la como uma rainha! uma rainha egypcia...
- e então?
- então nunca mais me chateou... agarrei nela, mumifiquei-a, enfiei-a numa caixa e enterrei-a no quintal...
Nefertiti (c. 1380 - 1345 a.C.) foi uma rainha da XVIII dinastia do Antigo Egipto, esposa principal do faraó Amen-hotep IV, mais conhecido como Akhenaton
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Sensação
Sensação forte que se mantem como se fossemos nós os dois sozinhos num sitio e o resto do mundo noutro... mas depois e agora, é como se estivesse à espera que voltasses para o nosso sitio e tudo tivesse norte como antes...
estranho sitio esse o nosso
se somos este instante, este momento
sem futuro ou passado
Sensação de esse nós os dois ter sempre sido apenas um com boa vontade
e o resto capricho dos deuses
estranho sitio esse o nosso
se somos este instante, este momento
sem futuro ou passado
Sensação de esse nós os dois ter sempre sido apenas um com boa vontade
e o resto capricho dos deuses
sábado, 2 de fevereiro de 2008
As Palavras que eu nunca te teria dito...(mas pensei)
Primeiro o que vem primeiro e faxavor de colocar a música (i wanna take) Forever tonight do Peter Cetera a bombar para dar ambiente... ou então também sugiro a pinneaple song dos good size (youtubem a música que não se vão arrepender)
tinha despachado três tubos de mentos de enfiada e como tal sentia-se irritadiço. um ligeiro desconforto no estomago a chamar pela casa de banho mas calhou olhar para o ecra do portatil e reconhecer o nick na janelinha.
sorriu. fazia algum tempo que não falava com ela e uma eternidade que estivera com ela... sorriu maliciosamente com o chegar das recordações do dia que tinham partilhado numa peça com pouco texto - alguns apontamentos guturais - e muito contacto fisico... não fosse a distância que os afastara e talvez não tivesse sido somente uma vez...
comprimentou-a. aguardou e nada. fez um cupccino, saboreou-o e então a resposta chegou - não me apetece falar contigo por isso nem tentes- estranhou e franzio o sobrolho - mas está tudo bem? o que se passa? - sentia que ia mais uma vez ser vitima do bom humor e feitio da moiçola mas estava bem disposto - depois da ultima vez que falamos ainda tens lata? - respondeu-lhe ela como já era de esperar. não era a primeira vez, enviou-lhe um mail como quem diz - minha, psicotropicos fazem mal ao figado... e rapidamente fez zapping pelas recordações que lhe trazia este atrofio, já tinham sido tantos... e era estúpido o que se sentia ao continuadamente manter a vontade de dizer - olá... tudo bem?
saiu de casa. ajeitou o casaco contra o corpo ao sentir o embate de um vento fresco e com personalidade.
reconheceu o andar gingão e apressado que a caracterizava ao longe. duas ex namoradas no mesmo dia era azar a mais...
suspirou e fez uma mezinha para que não o reconhecesse... o que não teve sucesso.
olá! tas bom... faz algum tempo - fez tenção de o comprimentar com dois beijos. fingiu surpresa e retirou os phones dos ouvidos enquanto respondia - tou optimo e tu? faz tempo realmente... tá tudo bem? - não se aproximou para lhe dar dois beijos, cheirava a baunilha como era custume e era enjoativo o cheiro denso e demasiado intenso - perfumes é como maquiagem, um ligeiro toque, ligeira nuance e está perfeito, mais do que isso é exagerado.
- ah... tou optima! tou mesmo bem agora - sem perder o sorriso indagou-se onde teria perguntado se estava melhor por comparação ou se apenas tinha respondido educadamente, mas já que estava lançada... - alias, estou mesmo feliz... estou mesmo bem...
- optimo... fico satisfeito - mentia, era-lhe ou indiferente ou estava a fixar demasiado o olhar nos pelos que ela não aparara no nariz... alias, já tinha reparado neles antes de namorarem mas ela tava com calças brancas e sem soutien logo pareceu-lhe totalmente segundario nessa altura...
- então e tu o que tens feito? tens sentido a minha falta?
mas afinal era para saber o que andava a fazer ou se sentia a falta? sabia que tinha em relação às pessoas uma maneira errada de ver as coisas, ou lhes dava importãncia para não lhes mentir e respeitava-as ao ponto de tomar a iniciativa de dizer as coisas, ou eram insignificantes ao ponto de não se dar ao trabalho de contar o mau momento e ai dizia - está tudo bem - quando não estava, ou entao como era o caso... estava-se totalmente a borrifar e era o mais honesto possivel - sinceramente, sim. sinto a tua falta como é natural depois de ter namorado contigo um ano e mais qualquer coisa, e tenho estado ocupado... mas se ta tudo bem contigo optimo! vá... - tentou recomeçar a marcha sem sucesso
- eu já não te amo... - disse em tom de gravidade segurando-o pelo braço, deitei fora as coisas que me tinhas feito, os quadros, as prendas... foi tudo fora
- bem... isso é contigo... tenho pena, muita pena - estava magoado, era estupido dizer-lhe isto mas estava lançada... e uma vez lançada... - mas não me admira, acho que até tens namorado agora... pelo que me disseram...
- não te vou responder a isso... alias... tu deves tar a divertir-te com as tuas amiguinhas como fazias quando namoravamos...
- ah... tu... eu apanhei-te com outro gajo... andavas a sair com o teu ex nas minhas costas... olha, isto não leva a lado nenhum... não leva a lado nenhum mesmo ok? boa sorte com...
- és mesmo aldrabão! dizes-me que não andas a ter nada com as tuas amigas? eu acho que és bipolar! és louco! e não voltas a falar e a dizer mal dos meus ex namorados...
- eu não disse mal de ninguém... longe de mim estar a ofender quem mata as poucas celulas cerebrais que tem a consumir psicotropicos... hei... afinal tou a dizer mal dele... olha... já te disse que não leva a nada esta conversa...
- ainda me perguntas se tenho namorado... eu não te vou responder a essa pergunta! eu já não te amo já te disse...
sorriu. sorriu bem disposto. complacente um pouco, condescendente e também um pouco para o agoniado - mentos a mais - era ironico e cruel sentir saudades de tão má pessoa... alguem que o abandonara e enganara e pior... esmifrara o que pudera emocionalmente para depois... culpar de todos os defeitos e erros de uma relação onde pelo menos sabia ter sido sempre... ah...quase sempre sincero.
sentia-se estúpido, acabara de lhe passar a má disposição dos mentos e estava a beber café sem ter comido nada. abriu-se a porta do café e reconheceu o esbugalhar de olhos do amigo que este lhe presenteava sempre que o reencontrava
-então? já não te via à mais de... sei lá... meses não?
-é mesmo... como tás?
-um bocado para o chateado... acabei o namoro com a rapariga que te tinha falado e agora ela... eh pa anda-me a chatear a cabeça...
- a serio? então?
- diz que não acredita no que lhe digo
- hoje a ex chamou-me aldrabão
- ah sim? ao menos não diz que és esquizofrénico...
- bem... ela disse que eu era bipolar...
Antes demais um abraço ao DudaMeister - Sr Duarte R. pela inspiração do texto
as gajas que me fornicaram a cabeça e de quem tirei boa parte do texto não agradeço porra...
nota final - "Touch my lips, I'm on fire, You're the only one , I'll ever desire"
da música que mandei os meninos ouvir... até eu chamo ao gajo aldrabão...
Imagens - Crystal Bernard e Peter Cetera at Forever Tonight
tinha despachado três tubos de mentos de enfiada e como tal sentia-se irritadiço. um ligeiro desconforto no estomago a chamar pela casa de banho mas calhou olhar para o ecra do portatil e reconhecer o nick na janelinha.
sorriu. fazia algum tempo que não falava com ela e uma eternidade que estivera com ela... sorriu maliciosamente com o chegar das recordações do dia que tinham partilhado numa peça com pouco texto - alguns apontamentos guturais - e muito contacto fisico... não fosse a distância que os afastara e talvez não tivesse sido somente uma vez...
comprimentou-a. aguardou e nada. fez um cupccino, saboreou-o e então a resposta chegou - não me apetece falar contigo por isso nem tentes- estranhou e franzio o sobrolho - mas está tudo bem? o que se passa? - sentia que ia mais uma vez ser vitima do bom humor e feitio da moiçola mas estava bem disposto - depois da ultima vez que falamos ainda tens lata? - respondeu-lhe ela como já era de esperar. não era a primeira vez, enviou-lhe um mail como quem diz - minha, psicotropicos fazem mal ao figado... e rapidamente fez zapping pelas recordações que lhe trazia este atrofio, já tinham sido tantos... e era estúpido o que se sentia ao continuadamente manter a vontade de dizer - olá... tudo bem?
saiu de casa. ajeitou o casaco contra o corpo ao sentir o embate de um vento fresco e com personalidade.
reconheceu o andar gingão e apressado que a caracterizava ao longe. duas ex namoradas no mesmo dia era azar a mais...
suspirou e fez uma mezinha para que não o reconhecesse... o que não teve sucesso.
olá! tas bom... faz algum tempo - fez tenção de o comprimentar com dois beijos. fingiu surpresa e retirou os phones dos ouvidos enquanto respondia - tou optimo e tu? faz tempo realmente... tá tudo bem? - não se aproximou para lhe dar dois beijos, cheirava a baunilha como era custume e era enjoativo o cheiro denso e demasiado intenso - perfumes é como maquiagem, um ligeiro toque, ligeira nuance e está perfeito, mais do que isso é exagerado.
- ah... tou optima! tou mesmo bem agora - sem perder o sorriso indagou-se onde teria perguntado se estava melhor por comparação ou se apenas tinha respondido educadamente, mas já que estava lançada... - alias, estou mesmo feliz... estou mesmo bem...
- optimo... fico satisfeito - mentia, era-lhe ou indiferente ou estava a fixar demasiado o olhar nos pelos que ela não aparara no nariz... alias, já tinha reparado neles antes de namorarem mas ela tava com calças brancas e sem soutien logo pareceu-lhe totalmente segundario nessa altura...
- então e tu o que tens feito? tens sentido a minha falta?
mas afinal era para saber o que andava a fazer ou se sentia a falta? sabia que tinha em relação às pessoas uma maneira errada de ver as coisas, ou lhes dava importãncia para não lhes mentir e respeitava-as ao ponto de tomar a iniciativa de dizer as coisas, ou eram insignificantes ao ponto de não se dar ao trabalho de contar o mau momento e ai dizia - está tudo bem - quando não estava, ou entao como era o caso... estava-se totalmente a borrifar e era o mais honesto possivel - sinceramente, sim. sinto a tua falta como é natural depois de ter namorado contigo um ano e mais qualquer coisa, e tenho estado ocupado... mas se ta tudo bem contigo optimo! vá... - tentou recomeçar a marcha sem sucesso
- eu já não te amo... - disse em tom de gravidade segurando-o pelo braço, deitei fora as coisas que me tinhas feito, os quadros, as prendas... foi tudo fora
- bem... isso é contigo... tenho pena, muita pena - estava magoado, era estupido dizer-lhe isto mas estava lançada... e uma vez lançada... - mas não me admira, acho que até tens namorado agora... pelo que me disseram...
- não te vou responder a isso... alias... tu deves tar a divertir-te com as tuas amiguinhas como fazias quando namoravamos...
- ah... tu... eu apanhei-te com outro gajo... andavas a sair com o teu ex nas minhas costas... olha, isto não leva a lado nenhum... não leva a lado nenhum mesmo ok? boa sorte com...
- és mesmo aldrabão! dizes-me que não andas a ter nada com as tuas amigas? eu acho que és bipolar! és louco! e não voltas a falar e a dizer mal dos meus ex namorados...
- eu não disse mal de ninguém... longe de mim estar a ofender quem mata as poucas celulas cerebrais que tem a consumir psicotropicos... hei... afinal tou a dizer mal dele... olha... já te disse que não leva a nada esta conversa...
- ainda me perguntas se tenho namorado... eu não te vou responder a essa pergunta! eu já não te amo já te disse...
sorriu. sorriu bem disposto. complacente um pouco, condescendente e também um pouco para o agoniado - mentos a mais - era ironico e cruel sentir saudades de tão má pessoa... alguem que o abandonara e enganara e pior... esmifrara o que pudera emocionalmente para depois... culpar de todos os defeitos e erros de uma relação onde pelo menos sabia ter sido sempre... ah...quase sempre sincero.
sentia-se estúpido, acabara de lhe passar a má disposição dos mentos e estava a beber café sem ter comido nada. abriu-se a porta do café e reconheceu o esbugalhar de olhos do amigo que este lhe presenteava sempre que o reencontrava
-então? já não te via à mais de... sei lá... meses não?
-é mesmo... como tás?
-um bocado para o chateado... acabei o namoro com a rapariga que te tinha falado e agora ela... eh pa anda-me a chatear a cabeça...
- a serio? então?
- diz que não acredita no que lhe digo
- hoje a ex chamou-me aldrabão
- ah sim? ao menos não diz que és esquizofrénico...
- bem... ela disse que eu era bipolar...
Antes demais um abraço ao DudaMeister - Sr Duarte R. pela inspiração do texto
as gajas que me fornicaram a cabeça e de quem tirei boa parte do texto não agradeço porra...
nota final - "Touch my lips, I'm on fire, You're the only one , I'll ever desire"
da música que mandei os meninos ouvir... até eu chamo ao gajo aldrabão...
Imagens - Crystal Bernard e Peter Cetera at Forever Tonight
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