Ajoelho-me e deslizo a mão direita sobre os pulmões que não se mexem.
Viro-lhe o corpo, com cuidado.
Deixo-a de lado, como se estivesse somente a dormir.
Sinto-lhe as patas a ficarem frias.
Deslizo pelas orelhas e... fecho-lhe os olhos.
Levanto-me e respiro pesado, fito o meu irmão.
Digo-lhe que fique ali, eu vou partilhar a notícia.
-
O sol já nasceu, tenho os braços cansados de um peso inerte que carreguei no custo do que tem que ser feito e não do esforço que é pedido ao corpo fazer.
Faço-lhe uma última festa e sei que tenho que ir.
e pronto.
Acabou.
Nota - "a gente vai continuar..."
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