sábado, 26 de fevereiro de 2011
Isso foi o que ela disse!!
Cometo o erro dia 19 deste mês ao jantar de explicar à Sra Dona minha Mãe o que é uma piada - isso foi o que ela disse!.
No dia 20 deste mês, dia do aniversário de meu Pai, Sra Dona minha Mãe utilizou a piada - Isso foi o que ela disse - frase sim, frase não, perante uma casa apinhada de convidados, conversas inocentes que foram arruinadas, desconforto na inconveniência do momento e eu...
Bem, eu ao menos, ganhei a certeza que os meus genes não enganam.
"- queres uma fatia grande ou pequena?
- pequena, gosto delas pequenas..."
"- não ponhas toda, mete apenas metade"
"- isso está mole!"
"- às vezes quando aleija é que tem piada"
"- fazes isso por detrás"
"- utilizas uma chave inglesa"
"- pega nisso com as duas mãos"
"- Eles estão há uma hora e não a (jogo de futebol) conseguem meter lá dentro"
"- É feia, engelhada e não... Mãe porra, eu estou a falar da cadela!"
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Momento de Pausa.
Sentou-se e descalçou o téni.
Massajou a sola do pé direito e pensou que para ser uma massagem com um final muito feliz...
Alguém o levava ao colo até casa.
Abriu os braços e deixou-os repousar sobre as costas do banco.
Encheu o peito de Tejo, daquele travo a maresia que o transportava para o fim da Damasceno Monteiro ou da Angelina Vidal, quando triunfava a subida até à graça numa manhã que ficara a dormir em casa da Avó e tinha que subir aquilo tudo a pé.
Era uma boa recordação.
Alinhou a franja fustigada pelo vento fresco, verificou sensitivamente se estava tudo em conformidade operacional para continuar a corrida, sem dores no peito, nas pernas ou falta de pulmão.
Apetecia-lhe levantar e correr todo o dia por ali, mas ainda não.
Deixou-se estar sentado.
Deixou-se estar sossegado.
Deixou-se estar... bem.
Apreciou o conforto dos bolsos marsupiais da camisola.
Apreciou o gorro da mesma camisola que lhe envolvia o pescoço.
Estremeceu ao dar por si sem pressa, com espaço e tempo.
Deu por si onde escrevera que caíra ao rio...
Lembrou-se dela e interrogou-se se fora por ela que escolhera aquele sítio a caminho de Belém para correr...
Lembrou-se que era um sítio seu muito antes de a ver, paralelo à Junqueira... à cordoaria...
Torceu o pescoço para trás e riu-se - porra, eu nasci neste Hospital!!
Será que também estava relacionado com ela?
Suspirou-se e afastou-a do pensamento.
Concentrou-se numa gaivota, num trafarilheiro lento e provavelmente atrasado.
Concentrou-se na música e...
Não havia música há muito tempo.
Gostou da ideia.
Tirou o mp3 do bolso marsupial e...
Optou por tirar os phones.
Calçou o téni.
Levantou-se, ajeitou-se dentro da roupa e respirou uma vez... avançou um passo.
Respirou outra vez... e avançou outro passo... e outro e recomeçou a correr.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Uma questão de tempo.
Entrou no café e acenou-lhe enquanto contornava uma mesa.
Deu-lhe um beijo na testa e tirou o casaco.
Desenrolou o cachecol.
Sentou-se diante da irmã no outro lado de uma mesa castanha e sorriu quando vislumbrou o que ela pedira por si, como sempre, exactamente o que iria pedir.
- Como é que ele está?
- Amanhã vai com a Mãe ao médico... que merda André.
- Sim, mas já era expectável.
- Uma questão de tempo? outra vez?
- Sim, mais uma vez... parece que nos habituamos ao momento que nos dizem que é uma questão de tempo... e aguentamos o peso do mundo até o tempo... já não ser uma questão.
- Já somos tão poucos...
- Acho que sentimos mais a ausência onde estava algo, onde estava alguém... do que aquelas famílias pequenas, onde tudo é ganho, tudo é lucro...
- Tem sido horrível...
- Não te casas em setembro? emprenha depressa e começamos a recuperar os números...
- Três putos cada?
- Hey calma! tu tens os que quiseres, que putos dão muito trabalho... mas fica combinado... Mando vir o Pequeno Nikita quando encomendar a Russian Bride aos 35, depois arranjo mais dois para fazer número e... já só falta convencer o teu outro irmão para fazermos o pleno.
- E fora de brincadeiras?
- Fora de brincadeiras... o teu plano parece-me bem, mas tu começas primeiro... por hierarquia de idades...
- Quando te dá jeito, é uma questão de idades...
- Hey! o resultado vai ser o mesmo, é uma questão de tempo.
Deu-lhe um beijo na testa e tirou o casaco.
Desenrolou o cachecol.
Sentou-se diante da irmã no outro lado de uma mesa castanha e sorriu quando vislumbrou o que ela pedira por si, como sempre, exactamente o que iria pedir.
- Como é que ele está?
- Amanhã vai com a Mãe ao médico... que merda André.
- Sim, mas já era expectável.
- Uma questão de tempo? outra vez?
- Sim, mais uma vez... parece que nos habituamos ao momento que nos dizem que é uma questão de tempo... e aguentamos o peso do mundo até o tempo... já não ser uma questão.
- Já somos tão poucos...
- Acho que sentimos mais a ausência onde estava algo, onde estava alguém... do que aquelas famílias pequenas, onde tudo é ganho, tudo é lucro...
- Tem sido horrível...
- Não te casas em setembro? emprenha depressa e começamos a recuperar os números...
- Três putos cada?
- Hey calma! tu tens os que quiseres, que putos dão muito trabalho... mas fica combinado... Mando vir o Pequeno Nikita quando encomendar a Russian Bride aos 35, depois arranjo mais dois para fazer número e... já só falta convencer o teu outro irmão para fazermos o pleno.
- E fora de brincadeiras?
- Fora de brincadeiras... o teu plano parece-me bem, mas tu começas primeiro... por hierarquia de idades...
- Quando te dá jeito, é uma questão de idades...
- Hey! o resultado vai ser o mesmo, é uma questão de tempo.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Desconfortável...
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Aqui, agora.
Volto aqui.
o mesmo tempo, espaço onde espero.
Amanhã guia o caminho, regresso e movo-me para ti.
Eu não te deixo, não posso deixar-te passar...
Enquanto eu finto os meus demónios.
Chegar tão longe e querer correr para trás.
Chegar tão perto e eu juro que apesar de devagar... eu fui acelerando...
Até chegar aqui.
Agora...
Agora fica a imagem da poeira que assenta em meu redor.
"I'm comming waltzing back and moving into your head...
Please, I wouldn't pass you by
Oh and I wouldn't take anymore, than
What sort of man goes by?
Well, I will... bring you water
Why won't you ever be glad?
It melts into wonder!!
Oh no, I'm praying for you
Why won't you run in to rain and play?
And let tears splash all over you"
o mesmo tempo, espaço onde espero.
Amanhã guia o caminho, regresso e movo-me para ti.
Eu não te deixo, não posso deixar-te passar...
Enquanto eu finto os meus demónios.
Chegar tão longe e querer correr para trás.
Chegar tão perto e eu juro que apesar de devagar... eu fui acelerando...
Até chegar aqui.
Agora...
Agora fica a imagem da poeira que assenta em meu redor.
"I'm comming waltzing back and moving into your head...
Please, I wouldn't pass you by
Oh and I wouldn't take anymore, than
What sort of man goes by?
Well, I will... bring you water
Why won't you ever be glad?
It melts into wonder!!
Oh no, I'm praying for you
Why won't you run in to rain and play?
And let tears splash all over you"
Vous Les Femmes I
Aproximou-se dela e tentou dar-lhe um abraço, um beijo.
Afastou-o e sentou-se no sofá cruzando os braços sobre o peito.
- O que tens? o que se passa??
- O que tenho? ainda tens a lata de me perguntar??? eu sonhei que me traías... como é que te justificas??
- Como é que me justifico?? mas o sonho é teu!! que culpa é que eu tenho...
- Que culpa é que tens? fazes o que fazes com as outras gajas e nem me pedes desculpa?? odeio-te.
Com um grande bem haja para a Sofia.
Afastou-o e sentou-se no sofá cruzando os braços sobre o peito.
- O que tens? o que se passa??
- O que tenho? ainda tens a lata de me perguntar??? eu sonhei que me traías... como é que te justificas??
- Como é que me justifico?? mas o sonho é teu!! que culpa é que eu tenho...
- Que culpa é que tens? fazes o que fazes com as outras gajas e nem me pedes desculpa?? odeio-te.
Com um grande bem haja para a Sofia.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Desesperado ( 1995 )
A um porto azul recomenda e volta a recomendar um filme onde os homens são machos - Banderas - e as gajas - Salma Hayek - são boas.
Os maus - Joaquim de Almeida e o mítico Danny Trejo - não usam desodorizante e fumam cubanos na cara da rameira que estão desinteressadamente a comer antes de darem um tiro numa criancinha...
( peço desculpa mas emocionei-me...)
Para finalizar e resumindo o filme numa frase - the story of my life...
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Forevaaa
E desconheço o que fazer.
Nem baixos ou altos, maus e desconfortáveis momentos, intervalo da calma de tudo o resto em que para surpresa do grande artista...
Tudo é perfeito.
Bora lá desejar um pouco mais, hora de (talvez) tentar um pouco mais.
Não é agarrar-me a algo para me prender ao chão.
Gostava apenas que fosse... apenas diferente.
Que fosse catita.
Que fosse o meu presente...
Forevaaaa...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Soa tudo a pouco...
Não podes ficar ai.
Coloca o braço à volta do pescoço da madame, faz-lhe dois comentários baixinho ao ouvido, louva-lhe o vestido azul e lóbulo direito e não te deixes perder confuso com o recheio que saboreias ao deslizar a mão pela sua cintura.
Ela pára diante de ti a meio da rua - consegues ouvir a música?
Dá-lhe um sorriso de troco, sabes que ela dança...
Ignora que já é tarde e havia coisas para fazer, ignora se o passeio é inclinado e se ela se enganou na letra quando a levas a rodar devagar em teu redor.
Aproveita que ela notou que se enganou - se gozas comigo bato-te! - e finge que nem pensaste no assunto, distraído...
Não a deixes cair melancólica quando se lembrar que mais tarde te vais embora, lembra-lhe que tem tanto para fazer e é importante...
O tempo passa depressa mulher.
... e não tarda estamos os dois em setembro, ali ao pé do palácio, tu de vestido preto eu com a camisa cinza...
Deixa que seja ela que te diga que a música já acabou há tempos...
Diz-lhe um firme- eu sei...
...mas tu ainda estás à minha volta.
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