Cheguei 20 minutos atrasado ao restaurante.
O que não seria nada do outro mundo não fosse o Chinês de telheiras onde se combinara o jantar de turma ser a 2 minutos de minha casa...
E isto se fosse a pé...
Pelas escadas...
Entro, chego ao pé da mesa onde me aguardavam os meninos da minha turma do terceiro ano da faculdade e reparo que a Ana me fulminou com o olhar espetando de seguida o dedo à frente do rosto do namorado - com quem haveria de casar, numa bonita história de amor...- dizendo-lhe que não queria que me sentasse ao pé deles e que qualquer coisa que não teve tempo de lhe dizer antes dele puxar para trás a cadeira para me sentar ao seu lado estendendo-me a mão...
- Porquê que ela tá fodida contigo? o quê que tu lhe disseste? ela passou a tarde toda... meu... tás... com a camisa que tinhas na faculdade toda amarrotada... não foste a casa trocar de roupa?
- Oh Ana... não sejas assim!!! - estico-lhe a mão, ela vira-me o rosto e manda-me à merda.
- Eu disse-te para não te meteres com a J., eu gosto dela, é minha amiga e tu és um putanheiro de merda e...
- Quem é a J.?
- Uma colega de segundo ano da tua namorada...
- Com quem o André passou a tarde...
- E?
- E tiveste sexo com ela, eu sei...
- Foda-se! mas como é que tu sabes isso??
- NÃO SABIA MAS FIQUEI A SABER AGORA! TU ÉS UM CABR...
-Ana... - interrompeu o namorado - estás a esquecer-te do mais importante nesta história toda...
- Mais importante que eu lhe dizer que a J. não era para o bico dele e ele...
- Sim, mais importante...
Eu fico confuso, a namorada cruzou os braços e encostou-se na cadeira aguardando a conclusão
- O mais importante... o mais importante é saber se a J. é boa!!...
A Ana deixa cair o queixo e antes que tivesse tempo de dizer o que quer que fosse aqui o vosso mais do que tudo disse:
- Eh pá... eu ia lá...
Nota- A Miss J. - de quem já falei aqui no blog mais do que uma vez, tornou-se por sua vez minha namorada, com que fui e me alcoolizei - a um ponto de acabar com ela a dançar de calções e havaianas (eu) e um de nós os dois (ela) adormecer à mesa durante o copo de água- no casamento do casal em questão.
A Ana que tem o meu número pediu ao marido para me ligar porque viu numa série uma personagem dar exactamente a mesma resposta.
A Ana nunca me perdoou.
terça-feira, 29 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
Iron Sky
A um porto azul recomenda entusiasticamente o visionamento do filme Iron Sky.
Não é apenas uma comédia.
Não é apenas um épico de ficção cientifica.
Não é apenas uma acutilante e inteligente critica à politica actual
Não é apenas uma acutilante critica ao racismo, aos Mídia, a patriotismos idiotas ou à durabilidade da bateria dos smarphones...
É também aquele filme que malha nos Finlandeses por serem uns enconados do caraças, porque alguém tinha que o fazer.
Não é apenas uma comédia.
Não é apenas um épico de ficção cientifica.
Não é apenas uma acutilante e inteligente critica à politica actual
Não é apenas uma acutilante critica ao racismo, aos Mídia, a patriotismos idiotas ou à durabilidade da bateria dos smarphones...
É também aquele filme que malha nos Finlandeses por serem uns enconados do caraças, porque alguém tinha que o fazer.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Vida
Inacção não trás nada de bom.
Acontece que muitas - demasiadas - vezes, acção nada de bom trás também, obtendo o mesmo resultado que ter ficado amorfo, parado e quieto.
Por isso agradeço antes de me deitar todas as noites a Odin ter prendado - generoso - o homem nesta sua vida de fugaz desespero sem sentido com a Samantha fox, o Batman, gajas com vestidos de primavera, a Cláudia Black, o Uncharted 2 e filmes com o Jackie Chan.
A cena de ter inventado o " Bar Aberto" também foi 5 estrelas.
Acontece que muitas - demasiadas - vezes, acção nada de bom trás também, obtendo o mesmo resultado que ter ficado amorfo, parado e quieto.
Por isso agradeço antes de me deitar todas as noites a Odin ter prendado - generoso - o homem nesta sua vida de fugaz desespero sem sentido com a Samantha fox, o Batman, gajas com vestidos de primavera, a Cláudia Black, o Uncharted 2 e filmes com o Jackie Chan.
A cena de ter inventado o " Bar Aberto" também foi 5 estrelas.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Sobre a idade
"Pessoas não mudam, envelhecem, adaptam-se... mas são sempre o mesmo... algumas aprendem a desfrutar melhor das pequenas coisas, dos pequenos prazeres..."
...Que pontualmente nos concedemos... quando não são esses momentos a nos surpreender sem aviso.
Ter-te como recordação e não desejo, tu despenteada do vento ao meu lado no carro enquanto fugíamos pela marginal para cascais num dia de sol...
O Johnny a tocar, embalando o silêncio de quem desfruta sorvendo com sede e gosto o momento a Hang on in there baby...
E conseguir prender-nos nesse instante...
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Feng Shui
Exasperamos nos correios.
A senha não é alta mas os números não avançam.
Ela suspira ao meu lado, bate com os pés no chão.
- Aaaaaah não - Diz-me levantando a mão aberta para as costas de uma senhora quatro senhas à nossa frente de quem era a vez - aquela gaja não vai colar os selos todos ali no balcão... quer dizer, porquê que não fez isso quando tava sentada... eh pá... PORRA EU VOU COMEÇAR A AGREDIR PESSOAS ANDRÉ!!!
- Hey! calma! só faltam quatro senhas... olha, lê um livro... tens aqui um de Feng Shui...
Entrego-lhe o livro, ela fita-me desconfiada e abre o livro.
Ela lê várias páginas e coloca o livro aberto ao meu colo
- Olha lá... sr Arquitecto... diz aqui que não deves ter portas de frente para a porta de entrada da casa para as energias positivas não fugirem... tu que és expert da coisa... confere?
- Claro que sim! eu tenho a porta da sala de frente para a porta da rua e posso-te confirmar que uma vez comprei uma pizza e deixei-a no móvel do hall e ela arrefeceu mais depressa enquanto pagava ao sr... onde é que tu vais????? não te vás embora que já só falta uma senha! anda cá!! se abres a porta as energias posi... aaaah, não me batas porra!! era suposto não começares a agredir pesso... olha tás a ver, já tá na tua vez...
A senha não é alta mas os números não avançam.
Ela suspira ao meu lado, bate com os pés no chão.
- Aaaaaah não - Diz-me levantando a mão aberta para as costas de uma senhora quatro senhas à nossa frente de quem era a vez - aquela gaja não vai colar os selos todos ali no balcão... quer dizer, porquê que não fez isso quando tava sentada... eh pá... PORRA EU VOU COMEÇAR A AGREDIR PESSOAS ANDRÉ!!!
- Hey! calma! só faltam quatro senhas... olha, lê um livro... tens aqui um de Feng Shui...
Entrego-lhe o livro, ela fita-me desconfiada e abre o livro.
Ela lê várias páginas e coloca o livro aberto ao meu colo
- Olha lá... sr Arquitecto... diz aqui que não deves ter portas de frente para a porta de entrada da casa para as energias positivas não fugirem... tu que és expert da coisa... confere?
- Claro que sim! eu tenho a porta da sala de frente para a porta da rua e posso-te confirmar que uma vez comprei uma pizza e deixei-a no móvel do hall e ela arrefeceu mais depressa enquanto pagava ao sr... onde é que tu vais????? não te vás embora que já só falta uma senha! anda cá!! se abres a porta as energias posi... aaaah, não me batas porra!! era suposto não começares a agredir pesso... olha tás a ver, já tá na tua vez...
terça-feira, 15 de maio de 2012
Auge Musical
Ao contrário do que presumem os meus fãs e a minha Mãe- ela diz que sou especial, os outros meninos é que são invejosos - o meu auge musical não foi cantar a I touch myself ao colo da aniversariante como contei aqui no blog.
...nem quando andei enroscado com a pandeireta da tuna feminina da faculdade...
O meu auge musical aconteceu no bar da Escola A Voz do Operário prai há 14 anos atrás, pelas 5h30 numa festa onde actuaram... não vou ser xibo e dizer que eram os Moonspell, mas eram os Moonspell entre outras bandas.
(não estavam todos no palco quando aconteceu o que vou relatar a seguir, mas também conta, adiante...)
Eu fazia parte da organização da festa, era suposto dar o exemplo, controlar entradas e problemas na sala... acontece que a certa altura...eu estava a sangrar da perna, tinha levado uma biqueirada de umas botas de biqueira de aço na canela a meio do moche... que comecei, para dar aquele exemplo...nessa altura estava fortemente alcoolizado e subo para o palco e grito para a sala cheia de fãs - já na altura os tinha- de braço no ar o meu mítico grito de guerra que desde então me precede sempre que o André vai fazer qualquer coisa de extraordinário - o que a Ex achava meio estranho e desconfortável antes de fazermos o sexo um no outro...
Seguro o microfone, estico a mão, encho o peito de ar e grito...
BOOOOOOOOA NOOOOOOOOITE BAAAARRRREEIRO!!!
A multidão vai ao rubro, sento-me na bateria e nos 2 minutos seguintes partilhei o palco com quem já citei acima a tocar...
...A minha sogra é um boi.
...nem quando andei enroscado com a pandeireta da tuna feminina da faculdade...
O meu auge musical aconteceu no bar da Escola A Voz do Operário prai há 14 anos atrás, pelas 5h30 numa festa onde actuaram... não vou ser xibo e dizer que eram os Moonspell, mas eram os Moonspell entre outras bandas.
(não estavam todos no palco quando aconteceu o que vou relatar a seguir, mas também conta, adiante...)
Eu fazia parte da organização da festa, era suposto dar o exemplo, controlar entradas e problemas na sala... acontece que a certa altura...eu estava a sangrar da perna, tinha levado uma biqueirada de umas botas de biqueira de aço na canela a meio do moche... que comecei, para dar aquele exemplo...nessa altura estava fortemente alcoolizado e subo para o palco e grito para a sala cheia de fãs - já na altura os tinha- de braço no ar o meu mítico grito de guerra que desde então me precede sempre que o André vai fazer qualquer coisa de extraordinário - o que a Ex achava meio estranho e desconfortável antes de fazermos o sexo um no outro...
Seguro o microfone, estico a mão, encho o peito de ar e grito...
BOOOOOOOOA NOOOOOOOOITE BAAAARRRREEIRO!!!
A multidão vai ao rubro, sento-me na bateria e nos 2 minutos seguintes partilhei o palco com quem já citei acima a tocar...
...A minha sogra é um boi.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Eu
Ela pergunta-me se encontrei a casa de banho enquanto lhe retiro o menu das mãos, respondo-lhe que sim, mas fui à primeira à direita...
Ela bloqueia na ideia e sublinha-me que essa era a das senhoras...
Eu respondo sorrindo com a coincidência de ter sido exactamente o que me gritaram as 3 senhoras que estavam lá dentro: - Eu sei...
Ela bloqueia na ideia e sublinha-me que essa era a das senhoras...
Eu respondo sorrindo com a coincidência de ter sido exactamente o que me gritaram as 3 senhoras que estavam lá dentro: - Eu sei...
sábado, 12 de maio de 2012
A gaja mais boa de sempre...
Vi-a de costas, ao entrar na Discoteca Alcântara - sou velho, bué.
Tínhamos ido sair em grupo, éramos à volta de 10, mas quis o acaso que eu e o António fossemos do nosso grupo os primeiros a chegar à pista.
Recém chegados, putos de 17 anos cheios da pica somos prendados com uma visão dos deuses...
As calças creme à boca de sino justas ao corpo, as ancas, as covinhas nas costas, o top de alças e o cabelo loiro longo solto enquanto gingava as ancas...
O António puxa-me o braço e diz- CA GRANDA GAJA PÁ!
Eu confirmo a afirmação levantando o polegar em entusiástica aprovação.
Em passo rápido contornamos a deusa para lhe descobrirmos o rosto e...
Ela tinha barba...
Atrás dela, o resto do nosso grupo chegava à pista e de olhos bem esbugalhados contempla a gaja mais boa de sempre com gosto e satisfação...
Gesticularam a perguntar se era ok de cara...
Olho para o António, o António olha para mim...
Mas não fica por aqui...
O resultado disto foi que um dos membros do grupo foi à confiança encaixar-se nos quadris da "gaja" a dançar bem juntinho...
Valente o homem.
Nunca nos perdoou...
E nunca o deixamos esquecer...
Tínhamos ido sair em grupo, éramos à volta de 10, mas quis o acaso que eu e o António fossemos do nosso grupo os primeiros a chegar à pista.
Recém chegados, putos de 17 anos cheios da pica somos prendados com uma visão dos deuses...
As calças creme à boca de sino justas ao corpo, as ancas, as covinhas nas costas, o top de alças e o cabelo loiro longo solto enquanto gingava as ancas...
O António puxa-me o braço e diz- CA GRANDA GAJA PÁ!
Eu confirmo a afirmação levantando o polegar em entusiástica aprovação.
Em passo rápido contornamos a deusa para lhe descobrirmos o rosto e...
Ela tinha barba...
Atrás dela, o resto do nosso grupo chegava à pista e de olhos bem esbugalhados contempla a gaja mais boa de sempre com gosto e satisfação...
Gesticularam a perguntar se era ok de cara...
Olho para o António, o António olha para mim...
Mas não fica por aqui...
O resultado disto foi que um dos membros do grupo foi à confiança encaixar-se nos quadris da "gaja" a dançar bem juntinho...
Valente o homem.
Nunca nos perdoou...
E nunca o deixamos esquecer...
sexta-feira, 11 de maio de 2012
...
Pedi, desejei com força e empenho que fosse um saco no meio da estrada.
Era coisa das 03h30, Lisboa vazia de gente e carros e descia a Estados Unidos da América quando o vi.
Um gato, caído, imóvel na faixa do meio pouco depois da saída do túnel.
Não tenho como parar o carro, contorno a rotunda prestes a passar o vermelho que entretanto se abriu.
Paro do lado do quarteto, corro na sua direcção.
Coloco o joelho sobre a estrada, vejo-lhe uma pata com sangue, aproximo-me e é então que lhe vejo o focinho... não havia nada a fazer.
Recordo-me do rosto de um casal que abrandou ao ver-me de mãos na cabeça ali no meio da estrada...
Não me lembrei até estacionar há pouco ao pé de casa que estava pouco depois da saída de um túnel no meio da estrada.
Não me lembrei de piscas ou de ligar o rádio ou de qualquer coisa que não fosse o vento a despentear o pelo do gato ali tombado sem vida, sem reacção até estacionar na minha rua...
Olhem... foda-se!
Nota - tinha um texto para publicar hoje muito idiota, fiquei sem disposição e há momentos que é preciso é por para fora e desintoxicar de nós certas coisas.
Retomo amanhã a idiotice do costume, hoje não.
Era coisa das 03h30, Lisboa vazia de gente e carros e descia a Estados Unidos da América quando o vi.
Um gato, caído, imóvel na faixa do meio pouco depois da saída do túnel.
Não tenho como parar o carro, contorno a rotunda prestes a passar o vermelho que entretanto se abriu.
Paro do lado do quarteto, corro na sua direcção.
Coloco o joelho sobre a estrada, vejo-lhe uma pata com sangue, aproximo-me e é então que lhe vejo o focinho... não havia nada a fazer.
Recordo-me do rosto de um casal que abrandou ao ver-me de mãos na cabeça ali no meio da estrada...
Não me lembrei até estacionar há pouco ao pé de casa que estava pouco depois da saída de um túnel no meio da estrada.
Não me lembrei de piscas ou de ligar o rádio ou de qualquer coisa que não fosse o vento a despentear o pelo do gato ali tombado sem vida, sem reacção até estacionar na minha rua...
Olhem... foda-se!
Nota - tinha um texto para publicar hoje muito idiota, fiquei sem disposição e há momentos que é preciso é por para fora e desintoxicar de nós certas coisas.
Retomo amanhã a idiotice do costume, hoje não.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Yellow Ledbetter
Unsealed on a porch a letter sat.
Then you said, "I wanna leave it again."
Then you said, "I wanna leave it again."
-
Estava exausto, suado e cansado, tinha o estômago a pedir comida.
Tinha - como sempre - abusado na corrida, homem que corre para fugir... não, para se vencer a si mesmo, tem uma certa dificuldade em reconhecer o seu limite, o seu ponto de cansaço.
Parado no semáforo de frente para o rio... atrás de si o hospital onde nascera.
Meditava na pergunta que ela lhe fizera na noite anterior antes de a deixar em casa- já foste ver a tua Avó?
Tinha-lhe respondido sincero, admitindo reticente no orgulho de homem forte em admitir a sua fraqueza que duas das três vezes foram fruto da circunstância, não sua iniciativa.
Verde, arrancou.
Estava pouco transito, podia mas não se apressou.
Mudou de música.
Surpreso mas agradado com a escolha aleatória do ipod aumentou o volume.
Deslizou na melodia sobre o alcatrão, viu o aqueduto e antes da ter que tomar a opção já a sabia que ia tomar, perante o aqueduto, seguiu para a direita, não para sua casa, opção da esquerda.
Acompanhava dentro do possível a letra da música, sorria, agradecia estar só no carro.
(porque cantar certas músicas sem ser o artista original é sempre muito complicado...)
Estacionou, teve sorte no lugar não muito longe da porta do Cemitério do Alto de São João.
Fechou o casaco e guardou a chave do carro no bolso.
Entrou, atalhou pelos jazigos até ao seu.
Sentou-se à buda no chão, diante da porta, colocou nos ouvidos os phones, ligou a música.
Pensou e repensou no que devia ou podia dizer.
Alinhou novidades mas não as disse, parecia tudo tão pouco importante...
Lembrou-se do jogo do dia anterior, do Porto com o Sporting...mas o Sá Pinto não bateu em ninguém ela não ia achar piada...
O seu outro neto tinha um álbum novo... mas isso não era a ele que competia dizer...
Lembrou-se do gato que ela tinha quando viva.
Todo preto, de rua.
Lembrou-se dele cheio de pulgas deitado sobre o seu peito a dormir.
Lembrou-se dos domingos, em que depois de uma corrida, ia fazer um arrastão de bolos ao café e lhe batia à porta de casa para a ver esbugalhar os olhos perante o saque, manjar de mil folhas miniatura que devorava selvaticamente enquanto ele lhe encontrava aquela palavra que lhe faltava para terminar a sopa de letras que lhe estava a dar cabo da tensão arterial encontrar.
Pensou em mil e outras coisas vagas, memórias com o passar do tempo cada vez mais distantes...
Deixou a música terminar, estava ali somente à 5 minutos, mas era a altura de se ir embora.
Levantou-se.
Viu o seu reflexo no vidro da porta e estranhou-se, não se reconheceu... tinha feito a barba antes de ir correr e sentiu-se tão idiota por esse instante...
-Olha! - disse, satisfeito por se ter lembrado antes de partir- antes que me esqueça... eu ontem reguei-te as avencas!!!
Enfiou as mãos nos bolsos do casaco, meteu a música a tocar outra vez, subiu o volume e partiu.
E ele sorria... ah, se sorria.
Nota - quando digo que não é fácil cantar se não for o artista original, obviamente que me refiro ao modo Sui Generis do Eddie de arrastar uma palavra...
terça-feira, 8 de maio de 2012
Game of Thrones
Confesso que achei a primeira temporada apenas... ok.
Faltava-lhe qualquer coisa...
Qualquer coisa como... isto!
Faltava-lhe qualquer coisa...
Qualquer coisa como... isto!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Impermeável
Eu - ca chuva de trampa
Ela - a Chamada chuva molha parvos...
Eu- Ah sim? então... EU SOU IMPERMEÁVEL CARALHO!!!... heeeey... onde é que tu vais? volta aqui com o chapéu... era uma piada!
Ela - a Chamada chuva molha parvos...
Eu- Ah sim? então... EU SOU IMPERMEÁVEL CARALHO!!!... heeeey... onde é que tu vais? volta aqui com o chapéu... era uma piada!
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Um homem inteligente
Falava há coisa de 15 minutos.
Estava-lhe a explicar tudo direitinho, convicto e determinado... bem assoado e até tinha tomado banho.
Ela fitava-o de braços cruzados do outro lado da mesa, em silêncio, paciente.
Deixou que ele fosse com o argumento para cima, para baixo.
Deixou que andasse com a retórica para o lado e às voltas, tipo cão a deitar-se na cama.
O sacana conseguia ter sempre alguma razão nas suas coisas, nas coisas que lhe dizia quando se irritava... e desta vez... ele até tinha a razão toda.
Mas ela era ela, não outra qualquer.
Não ia desperdiçar o que havia conquistado
Sorriu, ele atrapalhou-se a meio da frase e tentou não perder o segmento da ideia
Inclinou-se para a frente, levantou o dedo esboçando a ideia de que ia falar.
Ele calou-se, suspirou, rendeu-se no momento.
- Óptimo, agora que já estamos conversados... leva-me a almoçar que estou cheia da fome!
Estava-lhe a explicar tudo direitinho, convicto e determinado... bem assoado e até tinha tomado banho.
Ela fitava-o de braços cruzados do outro lado da mesa, em silêncio, paciente.
Deixou que ele fosse com o argumento para cima, para baixo.
Deixou que andasse com a retórica para o lado e às voltas, tipo cão a deitar-se na cama.
O sacana conseguia ter sempre alguma razão nas suas coisas, nas coisas que lhe dizia quando se irritava... e desta vez... ele até tinha a razão toda.
Mas ela era ela, não outra qualquer.
Não ia desperdiçar o que havia conquistado
Sorriu, ele atrapalhou-se a meio da frase e tentou não perder o segmento da ideia
Inclinou-se para a frente, levantou o dedo esboçando a ideia de que ia falar.
Ele calou-se, suspirou, rendeu-se no momento.
- Óptimo, agora que já estamos conversados... leva-me a almoçar que estou cheia da fome!
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