O copo vazio sobre a mesa, e tanto para andar até casa...
E não sinto a necessidade de camuflar, disfarçar qualquer impulso meu.
Está tudo bem, sem eu estar coisa nenhuma... aqui... agora...
Não é o vento que me despenteia e salpica de mar o rosto.
Não é o que não entendo e que sei merecer tanto mais do que aquilo que me rodeia.
Há que tentar outra vez mesmo quando não apetece.
Há que acreditar que sou bem mais do que o suficiente para tudo aquilo que é suposto eu ser.
... mas não tem graça ser sozinho.
Não tem graça nenhuma ser só.
Posso até saber que não faz mal, que não tenho a culpa que carrego.
Não preciso de me enganar e culpar de tudo o que não me fiz.
e ás vezes...
Muitas vezes não preciso de saber o porquê, é indiferente.... eu afinal, resto sempre aqui tão quieto e calado.
Não preciso de justificar o que naturalmente aceito.
Mesmo quando há qualquer coisa que me diz que é real, que é algo a acreditar que no fim do caminho...
A poeira assenta em meu redor e verei qualquer coisa acima de deslumbrante, triunfante...
Mas agora parece-me tão surreal, tão mirabolante como um se apenas a vontade criasse as coisas, e não a crua realidade de nada que em silêncio, ficou permanente aqui sentada, quieta e calada...
Cabeça no meu ombro encostada.
Uma certa ausência vincada num tempo que passa por mim até eu saber que será tarde de mais.
Já começa a ser tarde demais...
E fui o que sou afinal, nesse meu final...
Em Vão.
Nota - nada é o suficiente.
Nota 2 - amanhã raleio isto e vou-me querer auto infligir uma mangueirada para ganhar juízo e ver se isto não volta a acontecer...
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