segunda-feira, 26 de julho de 2010

Its a hell of a long way home....

O copo vazio sobre a mesa, e tanto para andar até casa...

E não sinto a necessidade de camuflar, disfarçar qualquer impulso meu.

Está tudo bem, sem eu estar coisa nenhuma... aqui... agora...

Não é o vento que me despenteia e salpica de mar o rosto.

Não é o que não entendo e que sei merecer tanto mais do que aquilo que me rodeia.

Há que tentar outra vez mesmo quando não apetece.

Há que acreditar que sou bem mais do que o suficiente para tudo aquilo que é suposto eu ser.

... mas não tem graça ser sozinho.

Não tem graça nenhuma ser só.

Posso até saber que não faz mal, que não tenho a culpa que carrego.

Não preciso de me enganar e culpar de tudo o que não me fiz.

e ás vezes...

Muitas vezes não preciso de saber o porquê, é indiferente.... eu afinal, resto sempre aqui tão quieto e calado.

Não preciso de justificar o que naturalmente aceito.

Mesmo quando há qualquer coisa que me diz que é real, que é algo a acreditar que no fim do caminho...

A poeira assenta em meu redor e verei qualquer coisa acima de deslumbrante, triunfante...

Mas agora parece-me tão surreal, tão mirabolante como um se apenas a vontade criasse as coisas, e não a crua realidade de nada que em silêncio, ficou permanente aqui sentada, quieta e calada...

Cabeça no meu ombro encostada.

Uma certa ausência vincada num tempo que passa por mim até eu saber que será tarde de mais.

Já começa a ser tarde demais...

E fui o que sou afinal, nesse meu final...

Em Vão.





Nota - nada é o suficiente.

Nota 2 - amanhã raleio isto e vou-me querer auto infligir uma mangueirada para ganhar juízo e ver se isto não volta a acontecer...

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