domingo, 6 de março de 2011

Geração acomodada à rasca

Quando algo não dá, tenta-se algo diferente.

Não me formei em tecnologias neo-plasticistas do revivalismo cultural de design do estudo da psicologia geográfica do papel.

Não exijo trabalho em Tecnologias neo-plasticistas do revivalismo cultural de design do estudo da psicologia geográfica do papel.

Se me tivesse formado em Tecnologias neo-plasticistas do revivalismo cultural de design do estudo da psicologia geográfica do papel e depois não tivesse trabalho... PROCURAVA OUTRA COISA.

Trabalhar ás mesas não é vergonha.

sair de casa e ir à luta, de peito feito e cabeça erguida, enfrentarmos à puta da vida e depois de apanharmos um tareão se não correr bem...

Gabarmos aos amigos que lhe partimos a mão com a cara...

Calimerização após uma opção meramente pessoal é uma ofensa.

Uma ofensa a quem sai de casa às 06h para alimentar os filhos, não para exercer o seu sonho de ser Técnico de tecnologias neo-plasticistas do revivalismo cultural de design do estudo da psicologia geográfica do papel, mas o faz porque tem que ser e é preciso.


Estou a cometer a injustiça da generalização? não.

Podia o mundo estar cheio de oportunidades para todos os técnicos de tecnologias ... -e não vou escrever isto tudo outra vez! - e ser tudo exactamente como queríamos quando novos ou tínhamos 17 e aquele curso sobre fauna com saída apenas na Gronelândia era o nosso sonho...

... mas a porra das focas não se adaptam ao verão no Alentejo...

Eu acredito que temos direito a tudo.

Menos que estejam sempre a piar no ninho à espera que nos ponham a minhoca na boca.
Nascemos com direito à indignação? ou é algo que conquistamos?

Às vezes revolto-me com a arbitragem nos jogos do Belenenses e com gente a quem se fecham portas pela saturação de um mercado saturado de parasitas saturados de não terem o que por direito divino acham que lhes devem.

É pelas grandes épocas do tempo do Matateu e por esses que pagam pelos calimeros que me chateio ao ver agora o Belenenses na segunda divisão ou gerações de preguiçosos inspirados em músicas de intelectualismo pseudo-pupularuxo que fica tão fofo, principalmente se o nome for ultra retro como Almerinda ou Aurélia, escarrapachar num blog ou num jornal para dissimular os tiques burgueses acomodados mas a quem fica bem apregoar que se é de esquerda.

Desviei-me do assunto para refilar indignado com os Rui's Tavares deste mundo.

O que está em causa para mim, é inacção, vitimização, e falta de tomates para ir à luta.

(e com tudo isso, muitos que não tinham que ficaram enredados na falta de estágios, de estágios sem remuneração, falta de vagas, falta de saídas profissionais, dão por si presos num call center a atender os parasitas que sentados no sofá se exaltam porque perderam o sinal quando estavam a meio de um importantissimo episódio de final de temporada do Oliver...)

Mantenho, convicto, se não dá para ir por ali... encontramos outro caminho.

Calimerização é que não - vejam como isso resultou tão bem, com tão bons resultados no Sporting...

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