O relato verídico que se segue sucedeu entre as 23h00 do dia 9 e as 01h00 do dia 10 de Outubro de 2011
-
Subia graciosa a rampa do metro de telheiras na minha direcção.
Ela sorriu e estragou-me o nó. Olhou-me fixamente e fiquei meio com medo, meio assustado mas de um modo bom...em zonas sensíveis do corpo.
Terminada a chamada puxou-me pela mão a reboque atrás de si.
Fomos fazer tempo para as esplanadas de telheiras.
E ela sorria.
Ela sorria e falava.
Sinceramente, ela não se calava um minuto!
Eu bebia o meu café aparvalhado.
Levei o polegar e o indicador a boca dela e obriguei-a a uns segundos de silêncio.
- Quem és tu e o que fizeste à...
Ela tirou-me a mão da boca, disse-me que estava apenas bem disposta...
Eu disse-lhe que era a terceira personalidade diferente que via nela no espaço de uma semana... a partir do momento que uma mulher começava a criar heterónimos ficava automaticamente qualificada com os requisitos mínimos para um dia vir a ser minha namorada.
(isto é tão verdade que sinceramente, não tem graça.)
(quer dizer, se não fosse comigo era hilariante...)
(mas como é... não tem.)
(nenhuma)
Saímos da esplanada- "para a direita não" digo-lhe pois estava desse lado uma gaja que conhecia a quem não queria falar, viro-me para a esquerda e ... merda, também conhecia uma gaja daquele lado e disse-lhe para não parar.
Faltavam 20 minutos para a meia noite, para o meu trigésimo aniversário.
(eu nasci oficialmente às 00h de dia 9 para dia 10, dai fazer questão de comemorar no momento certo)
Há meses que lhe requisitara a companhia nessa noite, nesse momento para mim importante.
Há meses que lhe assediava inconvenientemente o corpo... a boca, a paciência e a franja com piadas deploráveis, de baixo nível e simplesmente...
Lamentáveis.
(hey! tenho uma reputação a manter, eu nem quero...)
Entrámos no hall do prédio, eu chamei o elevador.
Ela ficou em silêncio pela primeira vez o que eu estranhei...
A porta abriu-se, ela indicou-me que entrasse primeiro.
Entrei, virei-me de frente para a porta, para a ver entrar e...
e...
Ela colocou a mão direita no meu peito... suave mas tensa e qualquer coisa começou a gritar dentro de mim- DANGER!!! DANGER!!
Ela empurrou-me com força para a parede, contra o vidro.
Encostou os lábios nos meus e entrou-me pela boca adentro.
Eu gritei desesperado...RAPE! RAPE! RAPE! RAPE!
Mas como tinha a boca ocupada não se ouviu - ou percebeu - o que eu em desespero gritava.
A porta abriu no meu piso, ela ajeitou a roupa e como se nada tivesse acontecido... de sorriso timido e inocente cumprimentou a sra dona minha Mãe.
Fez uma festa carinhosa na minha cadela.
Perguntou se havia bolo brigadeiro...
Perguntou porquê que não me sentava ao seu lado, deu-me um pacote de gomas
(eram tubarões já agora)
Desfez-se em sorrisos, que gaja tão simpática! tão querida! estranharam todos o porquê de não a levar lá a casa mais vezes...
Trouxeram o bolo.
Eu ainda estava com falhas na coordenação motora.
E na cabeça já agora.
Cantaram-me os parabéns.
Eu esqueço-me de apagar as velas, ela pergunta- hey! onde vais princesa? as velas??
A minha família ri.
E eu ali...
Molestado.
Nota 1- A primeira ironia da coisa é eu ter escrito isto
Nota 2 - A segunda ironia consiste no facto de meses antes do meu aniversário ter ido com a mesma simpática e formosa... muito "afável" senhora ver o filme Horrible Bosses.
5 comentários:
Soa tao bem cada detalhe. Parece perfeita para te tirar da orbita :D
porque é que me parece que esse aniversário foi com entrada nos inta em grande? :P confessa lá foi dificil de adormecer certo? :P
ps: gosto de gajas com "tomates"
ps: lembrei-me desta musica ao ler o texto, mesmo que a detestes a seguir tenho de a partilhar.
http://www.youtube.com/watch?v=KHpILkfDYIs
ps: p\ quando um regresso ao porto?
Parece-me um aniversário muito bem passado ;)
é tudo à grande xD
Postar um comentário